Memórias e Sentimentos

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Floresta Encantada

Regina não acreditou no que estava vendo a princípio. Um escudo com magia alheia, a impedindo de entrar no próprio castelo.

- O que é isso? - Questionou a princesa.

- Alguém tomou nosso castelo. - Falou a rainha com ódio.

- Não pode desfazer esse escudo? - David perguntou.

- Não daqui. Está vendo a torre de luz saindo do Palácio? É a fonte de poder do escudo. Só é possível removê-lo de lá.

- Então o que faremos? - perguntou Zangado. - Ordens, príncipe?

- Não podemos ficar todos aqui, estamos expostos. Vamos procurar um lugar seguro para acampar até termos uma solução para esse problema. - David falou.

No caminho, Regina procurava bolar um plano para desarmar o escudo. Ela não sabia quem estava no comando de seu castelo, mas iria recupera-lo. Se alguém achava que tomaria o que era dela estava muito enganado.

- Pensando em Henry? - Escutou a voz de Snow perguntar.

- Estou sempre pensando em Henry. - Respondeu. - Mas também estou pensando que existem túneis subterrâneos que levam ao castelo. E se estou certa, eles não devem ter sido atingidos pelo feitiço.

- Podemos mandar um exército por esses túneis. - Sugeriu David.

- Um exército seria detectado. Mas eu poderia usar os tuneis para entrar no castelo, e remover o escudo. E então você manda seu exército.

- Me parece um ótimo plano. - Concordou a princesa.

De repente eles escutaram um barulho estranho, que Snow e Regina reconheceram ser do mesmo animal que às havia atacado.

- Fera alada! Protejam-se! - Zangado gritou para a multidão.

Regina olhou para o animal que estava se aproximando. Ela tinha planos de se abaixar até ver que havia uma criança no caminho da fera, e que seria atingida se ninguém a salvasse. Ela correu o mais rápido que pode em direção ao menininho.

- Papai! - O ouviu gritar.

- Roland! - Ela escutou uma voz na multidão, que provavelmente devia ser do pai do garoto, mas nem se quer olhou para o lado.

E então, segundos antes do animal passar voando, agarrou o menino e o tirou dali, salvando-o. Se virou a tempo de ver a fera alada retornar.

- Não tão rápido. - Fez um gesto com as mãos para o lado do animal, e ele caiu no chão, aos seus pés, como um bicho de pelúcia.

Regina pegou o brinquedo no chão e se virou para o garoto. E então percebeu que o menininho estava no colo de Robin Hood, o ladrão, que o segurava como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. E então ela percebeu que aquele era o filho dele.

- Viu, não é mais tão assustador. E agora você tem um novo brinquedo. - Ela entregou o animal de pelúcia ao garotinho e sorriu para ele.

Robin que havia acabado de sair de um momento de completo desespero, só conseguia sentir alívio por ter o filho em seus braços, a salvo, e uma imensa gratidão à rainha, que o salvou.

E agora ele estava surpreso. Toda aquela pose gélida, e as respostas grossas, todos os muros, pareceram sumir pelo pequeno espaço de tempo em que ela se dirigiu a seu filho. E ele assistiu a tudo de perto. Aquele sorriso que ela ofereceu a Roland era bonito e sincero. Na verdade, Robin achou encantador.

- Obrigado. - Ele falou com uma sinceridade vinda do coração. Ela apenas acenou para ele.

Fez isso porque no segundo em que voltou a olhar nos olhos do ladrão, a rainha sentiu novamente aquela sensação estranha que ele causava. Da primeira vez, no lago, ela havia visto preocupação, e agora via gratidão e afeição, e todas as vezes sentia sinceridade.

The Missing Year - All Our Memories Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon