Capítulo 5

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  — Eu não entendi. — Joui comentou enquanto estava sentado no banco do jardim, acompanhado de Arthur e César, o moreno contava sobre o seu plano com Beatrice, sobre as flores e como era diferente conhecer alguém (que não era sua mãe) que conhecia a linguagem das flores.

  — O que você não entendeu? — O Cohen perguntou calmo.

  — Tudo. O que diabos significa dar uma flor de hibisco? Lavandas? Imperatore? Ela não achou você estranho? Ela não tem senso de perigo? — O Jouki perguntou aflito e Arthur riu.

  — Ok. Calma. — Foi a primeira coisa que César pediu. — Não, ela não me achou estranho, eu acho... Não sei se ela tem senso de perigo ou realmente acha que eu sou inofensivo, o que eu sou. Agora sobre as flores... Eu coloquei uma flor de hibisco com a foto dela, hibisco significa, meio que basicamente, “beleza delicada”.

  — Ele chamou ela de bonita na cara dura. — Arthur traduziu e Joui assentiu, ainda com a mão no queixo.

  — Agora sobre as lavandas e Imperatore... Lavanda significa desconfiança. Meu nome significa imperador, também significa cabeludo mas isso não vem ao caso. Ela colocou imperador em italiano, não sei porquê, talvez ela goste. Então na linguagem das flores, ela meio que estava com desconfiança de eu ser o cara que tirou a foto.

  — Ah, agora tudo faz sentido. — Joui ergueu os braços como se tivesse entendido a fórmula de matemática mais complicada. — Então... Você vai falar com ela?

  — Hã... N-não. — O cabeludo disse baixinho e o japonês o encarou com os olhos arregalados. — Olha, entenda meu lado, eu só meio que falei com ela duas vezes, mas tipo foi na maior casualidade; não tem como eu chegar nela e começar a conversar de boa, eu não tenho psicológico pra isso.

  — E o que você vai fazer então? — Arthur perguntou gentil e o Cohen hesitou. — Vai continuar nessa coisa das flores?

  — Acho que... Por enquanto sim. — Ele sorriu pequeno e Joui colocou a mão na cintura, indignado.

  — No seu tempo, irmãozãozão. — O Cervero colocou a mão no ombro do japonês que apenas suspirou.

  — A propósito, cês viram o Thiago e a Liz? — Os dois negaram. — Eu mandei o Thiago pesquisar a frase da lua, e também falei pra Liz que o Thiago ia pesquisar; não sei se eles se falaram, talvez estejam falando agora, espero que dê tudo certo.

  — Eles vão finalmente se pegar. — Arthur comentou e Joui desviou o olhar, dramaticamente horrorizado.

  — Quem vai se pegar? — A voz de Elizabeth soou e os três encontraram o Fritz e a Webber de mãos dadas, com seus rostos avermelhados, pareciam ainda estar se acostumando com a ideia.

  — Vocês dois. — César respondeu simplista. — Vocês vão, não vão? Nunca pensei que diria isso, mas me digam que vocês vão se pegar.

  — Credo César! Não fala dessa forma. — Liz exclamou com o rosto cada vez mais vermelho.

  — Cambada, nós meio que... Estamos namorando. — Thiago informou com os olhos fixos no chão, tinha a mão livre na nuca.

  — Até que enfim!

  — Uhul!

  — É um milagre dos céus!

  Os três mais novos comemoraram sem pudor e o casal deu língua para eles, da forma mais infantil possível, logo os abandonando e entrando na escola.

  — Tutu! — Uma cabeleira ruiva alanrajada brotou na frente de Arthur e o menor se assustou.

  — Erin!

Ah, Meu Pobre Coração!Where stories live. Discover now