Jp 🔧
Victória tava do meu lado e eu segurei na mão dela. Assim que a gente chegou eu vi uns caras olharem pra gente, passei ela na minha frente segurando a cintura dela.
Jp : Bora subir. -Falei dando dois toquinhos nela, que foi andando. A gente subiu pro camarote e quando nós chegamos eu vi o Chefe e outros caras.
A Lorraine tava também, mas a gente passou reto por ela, sem dar moral.
Chefe : Até que enfim. -Fez um toque de mão comigo. -E ai amiga, ta linda. -Falou com a Victória e eu dei um tapa na nuca dele, rindo.
Jp : Quer beber alguma coisa? -Perguntei sério ainda e ela negou, de cara fechada também. Encostou ali do meu lado e eu bufei. Peguei dois copos de cerveja e entreguei um ela, que pegou.
Victória : Se for pra ficar assim me avisa, porque ai eu não faço questão nenhuma de ficar aqui. -Falou no meu ouvido e voltou pra onde ela tava.
Chegou outra garota la que ficou de papo com a Victória. Fui na parte das bebidas e peguei um copo de whiskey com gelo de coco. Virei de costas e quando eu vi a Victória tava descendo pra pista com a menina lá.
Neguei com a cabeça mas deixei pra la também, não ia ficar correndo atrás nem esquentar cabeça com parada nenhuma. Bolei um e fiquei fumando de resenha com os cara.
De onde eu estava eu via ela, tava dançando até o chão com a outra e eu vi o Otávio encarando ela, o mermo cara que tava dando ideia nela no dia do barzinho.
Chefe : Fica de boa, vai arrumar caô nenhum não. -Fiquei de boa, terminando de beber meu whiskey e vi ele chegar nela.
Victória me encarou de onde ela tava, falou alguma coisa no ouvido dele, que agarrou e deu um beijo nela. Papo reto, fiquei bolado no bagulho.
Virei de costas, indo no banheiro e ouvi o Chefe falar alguma parada, mas nem fiz questão de ouvir também. Voltei vendo a Victória e o Chefe tava na frente dele.
Victória : João... -Veio na minha direção, mas eu desviei dele. -Espera, me deixa explicar.
João : Escutar o que minha filha? Esquece que eu existo, você é uma vagabunda, filha da puta, papo reto.
Victória 👛
O jeito que ele falou aquilo pra quem tava perto ouvir me deixou tão mal, mesmo assim tentei me explicar mas só recebia desprezo dele.
Victória : Eu tô tentando conversar com você... - Tentei segurar na mão dele, que puxou o braço.
Jp : Se fode, me esquece. -Falou e meus olhos encheram de água na mesma hora.
Victória : É, tá certo, é isso que eu mereço mesmo por acreditar que você era diferente. -Falei. -Da hora, você preferir acreditar em um cara que diz ser amigo de rolê seu do que em mim. Ele me agarrou, seu idiota, me obrigou. Ta vendo essa marca no meu braço? Foi ele. Se fode você, e me esquece mesmo. -Virei de costas sentindo meu rosto arder de tanta raiva.
Chefe : Os dois tão com a cabeça quente, cheio de bebida, parada feia demais. Se acalmam pô. -Falou segurando meu braço e eu ignorei ele.
Victória : Vou pra minha casa, depois peço meu irmão pra pegar minhas coisas. -Falei tirando meu braço da mão dele.
Chefe : Leva a menina até a casa dela. -Falou com um cara la e ele veio atrás de mim.
Juro, fui no puro ódio segurando pra não chorar. Ele pegou um carro lá e perguntou onde eu morava, falei e graças a Deus não demorou.
Assim que eu entrei em casa fui direto pro meu quarto e só me joguei na cama, chorando demais. Meu celular começou a tocar e era o Chefe, mas eu só Desliguei ignorando a ligando.
