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Jp

Minha maior felicidade era a minha família, papo reto, realização de um sonho ser pai de um muleque. Nunca falei nada com a Victória pra não colocar pressão nela, nem deixar mal, mas no meu pensamento só vinha um pivete. 


Ela tomou o banho dela e eu fiquei terminando de colocar umas coisas no lugar, assim que finalizei tomei o meu e fui pra cozinha, tomei meu copo de água e peguei o da Victória, seguindo caminho pro quarto. 

Jp : Bebe teu remédio de uma vez, não vai comer mais nada mesmo, ou vai? -Perguntei e ela negou com a cabeça, sentando na cama e envolvendo o copo de vidro com a mão. -Agora no papo reto, amor, sem necessidade tu ficar nessa tua neura de trabalho. 

Victória : João, não tô doente pra ficar o tempo todo dentro de casa. -Me entregou o copo e eu passei a mão no rosto, inclinando pra colocar no criado. 

Jp : Eu tô ligado, pô, mas ficar se matando também, acho parada desnecessária e você sabe. Tô te pedindo na moral, fica por conta só da tua pós, teus exercícios que já tá acostumada. 

Victória : E a tarde, João Pedro? Vou ficar igual uma vagabunda dentro de casa? Sem fazer nada? -Eu ri em falso, tirando minha blusa e deitando na cama. 

Jp : Não, tua preocupação vai ser o enxoval do Benício, ir no shopping, comprar e ver o que quer. -Beijei a bochecha dela, que franziu a testa pra mim. 

Victória : Sendo sustentada por você? -Questionou e eu bufei, ajeitando o travesseiro embaixo da minha cabeça. 

Jp : Não sei porque você vê problema nisso, sempre coloca como obstáculo. Casei com você na intenção da gente formar uma família, Victória, pra mim isso não é um fardo, qual foi? Neura desnecessária, o que é meu é seu e é isso ai mermo. E não é pra sempre também, o tempo passa rápido e logo mais seu studio tá pronto. 

Victória : Mas eu não acho isso certo com você também, te conheço o suficiente pra saber que vai se matar de trabalhar, e ai, do que adianta? 

Jp : Relaxa, amor, vai continuar da mesma forma que tá. Tô falando pelo seu bem, vou ficar despreocupado se souber que você tá tranquila sem a rotina louca daquele hospital. 

Victória : Ta, João, tá! -Falou e eu sorri, abraçando ela de lado, dando beijos na bochecha e no pescoço. -Chato! 

Jp : Você sabe que eu te amo, nada é pro seu mal. -Ela arqueou a sobrancelha e eu dei um selinho demorado nela, envolvendo a barriga com a minha mão. -Tá dormindo, será? 

Victória : Tá quietinho, agora. -Sorriu. -Amanhã você precisa ir buscar a Tetê, vai dormir aqui com a gente, hoje ela só não veio porque fez pirraça pra ficar com o pai. 

Jp : Amanhã eu subo lá e pego ela. -Respondi e não demorou pra eu cair no sono, igual criança. 

Victória 👛
algumas semanas depois 

Rebeca finalizou minhas unhas dos pés e mão e eu já me senti mil vezes melhor, com a barriga crescendo fica complicado exercer alguns movimentos. Fiz o pix pra ela, que agradeceu e foi embora da minha casa. 

Como se não bastasse, João Pedro colocou uma mulher aqui, para me ajudar. Desde que eu parei de trabalhar, eu fiquei procurando o que fazer, queria limpar o que não precisava e pra evitar de eu subir em escada, ele optou por uma ajudante. 

Mas eu gosto, porque assim não fico sozinha o tempo todo, é bom ter alguém pra conversar, ouvir, e não tem muito o que fazer também, o almoço geralmente eu prefiro fazer, apesar de tudo acrescentou de uma forma positiva.

Me despedi dela também, que disse voltar na segunda e fui ajeitar algumas coisas do quarto do Benício, depois de um tempo João Pedro chegou, mas eu permaneci ali. 

Jp : Amor. -Chamou e eu respondi, ele entrou, e veio na minha direção, segurou o meu rosto e beijou a minha testa. -E ai, moleque do pai. -Mexeu na minha barriga e eu sorri. -Tu não vai acreditar na parada que eu comprei. 

Victória : O que? -Perguntei curiosa e ele tirou as diversas sacolas do braço, espantei e esperei ele começar abrir, todo animado. 

Jp : Fala ai se o moleque não vai tirar maior onda de jogador caro? -Mostrou os conjuntinhos da nike, peguei uma caixinha com um air max infantil e sorri, de canto a canto. 

Victória : Que lindo, amor! Amei. -Continuei abrindo, prestando atenção em tudo, até chegar no conjunto do Corinthians, fiz careta e ele deu de ombros. 

Jp : Tá achando o que, garota? Vai ser timão, sem margem nenhuma pra erro. -Revirei os olhos, e me desfoquei total quando abri uma embalagem com um conjunto de corrente e pulseira, ambos de ouro. 

Fiquei idealizando meu filho ali, naquelas roupinhas, sem contar os brinquedos que ele havia comprado nos outros dias também, tudo que eu sempre sonhei. 

Jp : Se arruma ai, bora descer ali na orla, comer alguma parada. -Levantou, tirando a blusa do trabalho dele. 

Victória : Tô feia e inchada, amor! -Murmurei, dobrando as outras peças e ela negou, como se fosse uma bobeira. 

Jp : Já falei pra você parar com essa tua neurose, maluca, pô! Tá lindona, e você sabe disso. -Me deu um selinho e eu me dei por vencida, a gente se arrumou e descemos pra praia, literalmente, só atravessamos a rua. 

Tinha colocado uma blusa mais curta e uma calça pantalona, que deixava evidente minha barriga de quase oito meses. Sentamos em uma barraquinha e o João pediu sorvete pra gente. 

(…)

Voltei 💗


céu e fé. Where stories live. Discover now