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Jp 🔧

13 de Julho, Vidigal

Os dias estavam passando rápidos pra caralho, mas tudo fluindo da maneira certa graças a Deus. Já tava a sete meses com a dona e a cada dia eu me apaixonava mais por ela, mesmo com os caôs que ela inventava pra cima de mim.

Hoje ela ia ter aula até mais tarde, teve seminário, alguma parada do tipo e eu fiquei de buscar ela. Era sexta e eram quase dez da noite já.

Chefe : Pô, não vai pegar? -Perguntou apontando pra cerveja e eu neguei, colocando o celular no bolso.

Jp : Vou ter que descer pra norte, buscar a Victória, não quero neurose com blitz. -Ele concordou e eu entrei na onda dos caras, que tavam cheio da ideia errada.

Chefe : Vê se ela anima parar aqui com você pô. -Concordei, já sabendo que ela não ia querer, mas eu também não tava na vontade.

Trabalhei pra caralho essa semana, parada de pegar oito da manhã e só sair nove da noite, e a Victória na mesma, lotada de unha no salão que ela trabalha e de trabalho da faculdade. Máximo que eu queria era deitar e descansar a mente com ela.

Jp : De qualquer forma, amanhã a gente se vê. -Fiz um toque de mão com ele e falei com os outros caras.

Papo que amanhã cedo a gente vai se juntar pra bater a laje da casa da Luana. Só os cria mesmo, pra adiantar o processo.

Ela ta com quatro meses já, e a casa que ela e a mãe moram é de aluguel, pra diminuir as despesas das duas, por uma casa melhor pra cria dele, o Chefe deu essa casa pra elas.

Não ia ser tão la no alto do morro, era mais perto de tudo. Ele tava fazendo o máximo pro bebê, apaixonado demais, mermo não estando junto da Luana.

Peguei a principal e sstacionei do outro lado da rua, Victória veio saindo com umas amigas e se despediu delas, vindo na minha direção.

Jp : Ta linda. -Dei um selinho nela, que me abraçou e colocou o capacete, subindo na moto.

Ela já tava com as paradas dela e nós subimos pra minha casa. Minha mãe tinha feito janta e sentamos nós três pra comer, enquanto trocava uma ideia maneirinha e bebia de boa.

Victória : O que foi que ta com essa cara, preto? -Perguntou quando saiu do banheiro com o pijama dela e eu sorri de canto, negando com a cabeça.

Jp : Cansado só, semana foi longa. -Ela concordou e eu chamei ela com a mão, que veio na minha direção, dei um beijo nela, que mordeu minha boca fraquinho e deitou do meu lado.

Apaguei a luz e abracei ela, que ficou passando a mão na minha nuca e nem demorou muito pra eu dormir.

(…)

Victória : Você trabalhou pra caralho a semana toda amor, tinha que ter falado pros meninos que ia pra la mais tarde, acordar cedo hoje também? E eu em.

Eu ri, colocando café no meu copo e dei um tapa na bunda dela quando a mesma passou do meu lado, com o queijo na mão, que gritou.

Victória : Bate na sua, praga! -Falou nervosa e eu ri, vendo ela sentar na minha frente.

Jp : Tô descansado. -Respondi a pergunta dela de antes. -É que essa semana eu não dormi bem, preocupado com o que tinha que fazer la bota fé, essa noite não teve preocupação nenhuma, acordei bem.

Ela concordou e a gente terminou de comer. Levantei pra trocar de roupa e ela veio atrás, dizendo que ia tomar banho pra ir fazer cabelo eu acho, já que eu ia ficar o sábado todo fora.

Victória :  Vai com Deus. -Me mandou um beijo de dentro do box e eu pisquei, reparando no corpo molhado dela.

Jp : Ta uma gostosa. -Ela riu e eu sai, pegando minha carteira.

Ia deixar a moto e desci, os cara tavam tudo comendo pão com mortadela e coca cola, sentados na calçada. Eu não quis, ai só fiquei trocando ideia com eles, até a gente colocar a mão na massa.

Finalizamos eram seis da tarde já, bebi três cervejas com eles e depois subi pra casa. Entrei no quarto e a Victória tava sentada na cama, fazendo a unha.

Jp : E ai nega. -Beijei a bochecha dela, que me olhou.

Victória : Vai tomar seu banho e vem aqui pra gente conversar. -Falou séria e eu não entendi, mas também não dei muita moral.

Tomei meu banho tranquilinho e de boa, sai enrolado na toalha e peguei mulher paradas, me vestindo. Fiquei sem blusa e desci na varanda pra pendurar minha toalha, voltei mexendo no celular e vi status da dona Solange.

Ela tava toda toda, passando final de semana na roça com as amigas e eu mandei um áudio pra ela.

Subi pro meu quarto e a Victória tava morrendo mesmo lugar, mexendo nas paradas de unha dela.

Jp : Qual foi a da vez, dona? -Perguntei e ela soltou a respiração, me olhando.

Victória : Eu vou te perguntar uma única vez e eu quero uma única resposta. -Falou no tom normal dela, mas eu tava ligado que ela tava estressada. -Que calcinha é essa, João Pedro? -Ela apontou com a cabeça e eu vi a calcinha em cima da estante.

céu e fé. Donde viven las historias. Descúbrelo ahora