Capítulo 23

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Já haveria de ter se passado vinte dias desde minha chegada a Birmingham, atualmente, já transitava pela cidade, cumprimentava as pessoas das quais conheci quando estive aqui pela primeira vez e todos me tratavam muito bem, era conhecida por ser "a garota do Shelby", mas isso não me afetava, pois, eu estava trabalhando em um projeto inovador. Voltei a frequentar o panbi normalmente depois do que aconteceu por lá. Com dois dias que aquele homem me bateu, quando Thomas retornou e encontrou o homem, Tommy o matou, na minha frente, de maneira fria e calculista, na frente do garisson, paga que todos vissem o quão perverso poderia ser um Shelby.

___ Bom dia. ___ disse Thomas beijando minha cabeça.

___ Tommy, ___ sorri. ___ bom dia.

___ Como se sente? ___ ele questionou como todas as manhãs.

___ Eu diria que faminta. ___ devorei o bolinho que estava em meu prato.

___ Sei que você tem andado ocupada, ___ iniciou em tom calmo. ___ mas eu gostaria de perguntar, está tudo pronto para essa noite?

___ É claro que sim. ___ disse de maneira tranquila. ___ Tudo vai está pronto até o sim do dia, logo, a festa será um sucesso.

___ Preciso ir. ___ beijou-me já em despedida. ___ Nos vemos no fim do dia.

___ Tommy, ___ encarei minhas mãos. ___ eu gostaria de tentar novamente visitar minha irmã.

___ Cammy, ___ ele voltou ao meu encontro. ___ já conversamos sobre isso, Charlotte não quer receber você.

Minha irmã Charlotte encontrava-se muito doente, mas infelizmente, por arrogância e egocentrismo ela se recusava a me receber, mesmo diante de circunstâncias tão ruins. Enquanto que Henry estava afogado na bebida, entristecido com seu estado e seu filho ficava com uma babá. O próprio Henry convidou-me para visitá-la, mas ao chegar até a sua propriedade, ao entrar no quarto de Charlotte, fui expulsa com grosserias. Apesar disso, penso imensamente em meu sobrinho, que não tem culpa de nossas diferenças, ele vai precisar de uma figura feminina caso a mãe dele venha a falecer, assim como Henry precisará de ajuda para suportar tamanha dor, por esses motivos minha insistente em tornar a vê-la.

___ Sabe que eu e sua irmã não nos damos bem. ___ ele suspirou. ___ Então, eu pedirei que dessa vez Arthur te acompanhe.

___ Quando? ___ questonei animada.

___ Amanhã.___ ele sorriu. ___ Preciso de você aqui hoje.

___ Eu amo você.

___ Eu também.

Ele beijou-me, apaixonadamente, como costumava me beijar, então partiu me deixando em casa sozinha. Porém, ele logo tornaria, já que a festa aconteceria por volta das sete da noite, ele chegará por volta das quatro em casa. Depois do café, encontrei-me corajosa para organizar todo aquele salão e prepara-lo de maneira impecável para a festa. Pedi para que enviassem as melhores violetas para colocar nos jarros, grandes tapetes vermelhos, mesas redondas que comportavam até seis cadeiras, mesa especial para os membros da família Shelby, além dos músicos e os lustres.

___ Tudo pronto senhora. ___ avisou Francis.

___ Estarei lá em cima se precisar de algo.

Subi as escadas determinada a me aprontar, faltavam três horas até o evento, Thomas faria um anúncio importante durante a festa, seus negócios iam tão bem que acredito que seu pronunciamento será sobre expandir a companhia. Primeiro, relaxei em uma banheira, depois, usei uma maquiagem que me destacaria, para posteriormente colocar as peças intimas, a meia calça e por fim meu vestido preto com finas correntinhas brilhantes.

OLHOS CIGANOS | Thomas ShelbyOnde histórias criam vida. Descubra agora