•Prólogo•

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*Não pule o Prólogo porque será difícil de entender a história mais pra frente*

Era tarde da noite quando os pais de Gabriela e seu mais dedicado funcionário estavam na sala de reuniões conversando. Apenas eles se encontravam na empresa pois ninguém mais poderia saber dos seus planos.

- Tenho certeza que ela vai me odiar, só espero que um dia ela entenda que estou pensando no melhor para ela. - Marcelo diz.

- E eu espero que esse dia nunca chegue! - sua esposa Karina diz tocando a sua perna, com um semblante de preocupação e ao mesmo tempo de esperança.

- Você é o meu melhor funcionário e sei que sente algo pela minha filha. Eu não poderia escolher homem melhor! - Ele diz puxando da gaveta uma pilha de papéis. - Esse contrato deverá ser seguido completamente! Quando a Gabi atingir a maioridade vocês irão se casar, mesmo que ela não sinta nada, mas se ela se apaixonar melhor ainda para entender minhas decisões.

- Eu compreendo totalmente senhor Marcelo. Pode deixar que eu vou garantir uma vida feliz para a sua filha. - Daniel diz.

- Então acho que estamos prontos para assinar esse contrato! - ele diz puxando três canetas do porta canetas presente ali.

Primeiramente Marcelo assina seu nome, Daniel assina em seguida e Karina assina como testemunha.

- Acho que agora podemos ir. Eu espero mesmo que não me decepcione. - o pai da garota diz dando um tapinha nas costas do seu funcionário.

Enquanto isso, na sua belíssima casa, Gabriela fazia sua lição sem ao menos ter ciência do acordo que o futuro a reservava. A adolescente de 17 anos não tinha a mínima noção do quanto seu pai queria a controlar. Eles eram bem próximos e a menina não escondia nada deles pois sempre que passava por algum problema, podia recorrer a qualquer membro de sua família de 3, que teria todo o suporte para solucioná-los. Mas tudo isso iria mudar...

Então ela ouve o barulho da porta do andar debaixo sendo destrancada, rapidamente se levanta sabendo que são seus pais que mais uma vez, em raras vezes ficaram trabalhando até tarde na sua empresa de Marketing. A menina desce as escadas correndo e os vê.

- Finalmente! - diz abraçando os dois.

- Boa noite querida, você já jantou? - Perguntou sua mãe colocando sua bolsa em cima do sofá.

- Já sim, o Nicolas esteve aqui e pediu lanche pra gente. - ela diz olhando para o chão e com os braços para trás.

- E o que mais ele veio fazer aqui? - seu pai a questiona se aproximando dela.

- Fizemos a lição de Matemática. - ela diz sem titubear.

- Você sabe que eu não sou muito fã desse garoto. - diz tirando o paletó enquanto sua esposa o ajuda. - Obrigada querida. Eu vou tomar meu banho, você pode colocar a comida para esquentar? - ele pergunta agora olhando para ela com ternura.

- Sim senhor.

Naquela noite, eles jantaram em família como sempre era tradição, apesar de Gabriela já ter jantado fez questão de se sentar ao lado dos pais e ouvir como foi o dia cansativo de trabalho deles.

Mas nem sempre as nossas vidas são as mil maravilhas!

Alguns dias se passaram, e numa bela manhã de sábado Marcelo estava em seu escritório com um papel de carta em mãos e totalmente concentrado nas suas palavras. Aquela carta era a despedida de um pai cujo coração se sentia aliviado e ao mesmo tempo em pesar por ter tomado as atitudes que tomou, mas seu tempo era curto. O câncer ia o devorando lentamente e tudo que ele menos queria era preocupar sua amada filha, antes da hora.

O que ele esperava é que a menina entendesse cada palavra naquela carta e quando terminou de escrever, Karina bateu na porta duas vezes como era o código deles, e entrou o encontrando selando o envelope.

- O que é isso? - ela perguntou e fechou a porta atrás de si.

- Minha carta de despedida. - ele olhou para sua mulher que o olhava incrédula. - O que foi? Eu não posso ser um pai prevenido?

- Eu ainda acredito que os médicos vão achar um tratamento eficaz, ainda está no início. - diz e se senta na cadeira bem de frente para o seu marido.

- Todas as decisões que eu tomei em algum momento serão necessárias e vocês vão me agradecer por ter prevenido. - ele diz se levantando. - Preciso que guarde essa carta e entregue para ela quando ela fizer 18 anos.

Ele entrega o envelope para a esposa, que ao pegá-lo fecha os olhos.

- Eu não sei se um dia conseguirei ser boa sem você! - sua esposa diz o abraçando.

- Você é uma mulher maravilhosa! Eu tenho certeza que irá dar conta. - Ele beija a testa da sua esposa. - Eu te amo.

- Também te amo querida. Agora vamos antes que ela acorde. - ele diz caminhando rumo a porta e assim os dois saem do seu escritório.

Espero que tenham gostado do Prólogo. Obrigada por ler

Prometida a Você [Pausada]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora