Capítulo 100

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                Mia 🧚🏻‍♀️

Passei a madrugada toda com dor, liguei pra médica que tava acompanhando minha gravidez e ela apenas mandou eu ir para o hospital.

Peguei as coisas da bebê, troquei de roupa e fui para o hospital junto com a Vick e o GB.

A dor era insuportável, mil vezese pior do que uma cólica. Olha que cólica é uma dor do cão.

Passei quase 8 horas em trabalho de parto, ainda bem que a Vick tava do meu lado nesse momento. Não posso reclamar de o Barão não está, pois foi eu que escolhi essa vida.

Enfim, hoje já faz dois dias que estamos no hospital, hoje seria a nossa alta.

Laíssa veio ao mundo com saúde, até que nasceu bonitinha, normalmente os bebês nascem feinhos. Não sei se tô dizendo isso porque eu sou mãe, ou porque é verdade.

Já estava tudo pronto, só esperando o GB aparecer, o que não demorou muito.

Mia: Cadê o desgraçado do Vicente? não deu um sinal até agora, esqueceu que tem mulher e filha? ah mas ele vai me ouvir.

GB: Relaxa aí, o cara tava resolvendo um pá de coisas, mais tarde tu fala com ele.

Nem rendi assunto, o que poderia ser mais importante que a filha que acabou de nascer? mas deixa quieto, isso eu resolvo com ele.

Gabriel me disse que nossas coisas já estavam no morro, então já estávamos indo pra lá.
Finalmente estava indo pra minha casa, tava morrendo de saudade.

O hospital era longe do morro, então a gente demorou quase uma hora pra chegar.

Quando finalmente o carro parou em frente à minha casa eu agradeci o GB, e peguei a Laíssa da cadeirinha.

Entrei em casa e tava em um completo silêncio, não acredito que ele não teve nem consideração de vim receber a gente.

Vicente só pode tá me testando, não é possível uma coisa dessa.

Subi as escadas indo para o quarto da minha bebê, ainda bem que o quarto tava todo limpo, pronto pra receber ela.

Coloquei ela com cuidado no berço, liguei o ventilador no fraco e coloquei pra rodar. Ainda bem que o quarto tá com um clima agradável, nem quente e nem frio.

Sentei na poltrona, comecei a refletir o quanto esses meses foram turbulento, espero que finalmente eu possa ter um pouco de sossego, juro que não aguento mais nada.

Ouvir leves batidas na porta e murmurei um "pode entrar".

Yara: Trouxe as bolsas dela pra cá, sua mala já está no seu quarto.

Mia: Obrigada, deixa aí no chão mesmo, daqui a pouco eu vou arrumar.

A morena fez o que eu pedir, e eu agradeci.

Yara: Como você está?

Mia: Tô cansada, esgotada. Mas tô feliz, feliz por no final ter dado tudo certo. Yara você fica de olho nela pra mim? preciso tomar banho e comer alguma coisa.

Yara: Claro, vai lá. Não precisa pedir, você sabe que eu sou paga pra isso. — sorriu gentilmente, e eu dei um breve aceno com a cabeça.

Sai do quarto, fechei a porta devagarzinho pra não acorda-lá, me virei dando de cara com o Dg.

Mia: Que susto! O que faz aqui?

DG: Preciso falar contigo, só faz pergunta depois que eu terminar de falar, ok? — assenti.

Seguimos para sala, onde sentamos no sofá um do lado do outro.

Vi ele respirar fundo, e já comecei a ficar nervosa.

DG aqui, e o Vicente não, só pode ser notícia ruim. Meu Deus, eu não tô preparada.

DG: Depois da invasão a maluca da Ísis invadiu a casa de vocês, pegando ele desprevenido, aí já viu, meteu bala. A sorte foi que eu cheguei a tempo de ajudar ele, e ainda conseguir pegar ela.

Sentir minha garganta da um nó, e me veio uma grande vontade chorar. Tentei falar algo, porém nada saia.

DG: Ele tá vivo, a situação dele é delicada, ele perdeu muito sangue, se eu demorasse mais um pouco ele tinha partido dessa pra melhor. Mas felizmente ainda não era a hora dele.

Mia: Eu preciso ver ele, onde ele está? — levantei as pressas, mas o Dg colocou as mãos no meu ombro me fazendo sentar novamente.

DG: Tá em um hospital lá no asfalto, o Zezinho tem a ficha limpa e tá lá com ele, mas não podemos tá indo pra não ser arriscar. Vamos esperar mais uns dias pra transferir ele pra um posto daqui, mas só quando tivermos certeza que ele não estará correndo risco de vida.

Mia: Lá também ele está correndo risco de vida, a polícia pode aparecer lá qualquer momento.

DG: Eu sei, mas tem vários homens nossos por lá, até a polícia entrar no quarto já conseguimos tirar ele de lá. Tem bastante grana envolvida nisso, fora as ameaças, então relaxa aí que vai dá tudo certo.

Apoiei meu rosto nas minhas mãos e comecei a chorar, não gosto de chorar na frente de ninguém, mas agora nem é hora de pensar nisso.

Saber que eu poderia ter pedido ele me bate um desespero, mesmo sabendo que ele continua vivo eu tô com medo, medo de perder ele.

DG: Calma, tá tudo bem, te garanto que no final vai da tudo certo. — me abraçou de lado. — Provalvemente vamos deixar ele só mais dois dias lá, depois vamo trazer ele pra cá.

Mia: Ele tá vivo mesmo? você tem certeza?

DG: Tenho pô, sei que o que eu vou pedir vai ser em vão, mas tenta não pensar muito nisso. Foca na filha de vocês que acabou de nascer, te garanto que ela vai precisar mais de você.

Mia: Você tem razão, ela precisa de mim, não posso me deixar levar pela preocupação e pela tristeza.

DG: É isso pô, ele tá vivo, sua filha tá aqui com saúde, daqui a pouco ele tá aqui com vocês.

Mia: Obrigada, Diego. Obrigada por ter salvado ele, por tá me ajudando. Sério, eu só tenho a agradecer você. Obrigada mesmo.

DG: De nada, agora eu não devo nem um favor a ele. Já estamos resolvido.

Limpei as poucas lágrimas que ainda restavam, levantei do sofá, e o Diego levantou também.

DG: Não sei se esse é momento certo, mas quero te fazer um convite, não se sinta obrigada a aceitar.

Mia: Se eu não gostar eu não vou aceitar mesmo, pode ter certeza. — ele deu uma risada, e eu o acompanhei. — Faz logo aí.

DG: Quero te convidar pra ser madrinha da Diana. Sabe, como ela gosta muito de você e você dela, eu pensei que a pessoa certa poderia ser você. — coçou a nuca todo sem graça.

Olhei surpresa pra ele, confesso que isso jamais passou pela minha cabeça, nunca que eu tava esperando um convite desse.

Mia: É claro que eu aceito, obrigada, obrigada. — dei um abraço rápido nele, que retribuiu todo sem jeito.

DG: Outra hora a gente conversa melhor sobre isso, vai descansar que você tá precisando. Qualquer coisa eu te aciono, ou tu me aciona.

Me despedir dele, fui para cozinha comer algo.

Apesar da felicidade de ter minha filha aqui, saber que ele está vivo, e que eu vou ser a madrinha da Diana, não me sinto completa em saber que ele está em uma cama de hospital.

Vou sempre me sentir incompleta quando ele não estiver do meu lado.

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Votem e comentem por favor, bjs e até o próximo capítulo💖

Dono do morroTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang