Capítulo 41

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Neguinho narrando:

Já se passou um dia, a Anna veio aqui pegar roupa pra ela e disse que apesar de o tiro ter sido na barriga ela não chegou a perder muito sangue porque foi socorrida rápido

mas ela ainda não tinha acordado, o médico disse que era normal e que logo logo ela ia acordar

mandei um dos nossos que não tem passagem pela polícia pra ficar por lá, não quero arriscar de novo deixando ela sozinha

tava sentando na lage f1 quando o radinho apita avisando que a outra tá lá  na entrada, mandei liberar, pelo visto já tá sabendo do que aconteceu

logo ela subiu acompanhada de um vapor

Neguinho: manda o papo

Márcia: quero saber como tá a minha filha

Neguinho: a tua única filha é aquela mini piranha que mora contigo

Márcia: A MIA TAMBÉM É MINHA FILHA – gritou

Neguinho: mãe é quem cria, e tá gritando por que? se liga que tu não tá na tua favela não, te meto bala sem pensar duas vezes

Márcia: eu só quero saber como tá a minha filha, eu me preocupo com ela – falou calma

Neguinho: tu é falsa pá caralho, para de fingir que se importa e vaza daqui antes que eu te meta a bala

Márcia: mas filho... – tentou argumentar mas eu cortei logo

Neguinho: ainda não foi? mete o pé, e não me chama de filho caralho

ela ficou me encarando mas logo meteu o pé

desgraçada do caralho, nunca quis saber da Mia agora vem com o papo de que se importa, vagabunda da porra

tô ligado que ela só veio aqui por que o Rt descobriu que ela escondeu a Mia dele e agora ela tá tentando se aproximar pro Lobão não deixar ela

pensa que me engana com o papo de que tá preocupada, preocupada é o caralho

tenho pena da minha loira que pensou que o pai também tinha rejeitado ela sendo que ele nem sabia que tinha outra filha, tô ligado que o Lobão ainda vai vim atrás pra falar com ela

continuei fumando e o radinho apitou de novo, não se tem um minuto de paz nessa porra, dessa vez era a avisando sobre a Victória

logo ela apareceu, gata pá caralho

Neguinho: vem cá pô, não mordo não, só se tu quiser

ela revirou os olhos e puxou uma cadeira sentando de frente pra mim

– manda o papo – falei e joguei o cigarro fora

Vick: tô precisando que você arranje uma casa aqui no morro pra mim morar, mas relaxa que eu vou pagar

Neguinho: claro pô, tá com pressa?

Vick: um pouco, mas se puder quero ainda essa semana

Neguinho: vou ver e te aviso, mas pra isso preciso do teu número – dei um sorriso malicioso

Vick: você não é bandido? se vira gato

Neguinho: colfoi pretinha? não me maltrata desse jeito que eu gamo – me aproximei dela e fui beijando o pescoço dela vendo ela se arrepiar

Vick: pa- para neguinho – segurou meu rosto com as duas mãos

Neguinho: quero repetir o que aconteceu naquele dia

Vick: aquilo foi um erro, e não vai mais acontecer

Neguinho: um erro que foi muito bom, admite aí pô

ela ficou me encarando e passou os braços pelo meu pescoço e aproximou nossos rostos e grudou a boca na minha

sua língua explorava minha boca e vice versa, minha mão esquerda foi para sua cintura e a direita para nuca

puxei ela pro meu colo e comecei a passar mão pelo seu corpo vendo ela sorrir entre o beijo, logo a falta de ar veio e ela parou o beijo com selinho, fui beijando o pescoço dela e apertando sua coxa

Vick: eu preciso ir, tenho que ir ver o Kauê

Neguinho: vai me deixar pra ir encontrar com outro? tá de caô né?

Vick: Kauê é meu filho

Neguinho: nem sabia que tu tinha um cria

Vick: pois é, tô indo que tenho que ver ele

Neguinho: se liga, quero conhecer meu enteado logo

Vick: seu enteado?

Neguinho: é pô, até o nome é quase parecido, é o destino querendo juntar nós dois

ela começou a rir e logo voltou a me beijar de novo, depois levantou e foi saindo, e eu fiquei olhando a raba dela enquanto ela ia sumindo do meu campo de visão

mina mó gostosa, representa no que faz, a gente só ficou uma vez mas eu pretendo ficar mais vezes, e agora ela tá no meu nome

sair da lage também e fui pra boca.

Dono do morroWhere stories live. Discover now