Não seria novidade dizer que hoje o meu dia foi resumido num grande nada. Nem sei como aguento ficar em uma sala abafada com um computador, pastas e papéis em branco o dia todo sem nada pra fazer.
Aconteceu hoje como o habitual, o Jonathan bateu na porta e antes que eu responda ele abriu a porta devagar.– Oi - cantarola
– Oi Jonny.
Me levanto e tiro o casaco da farda amarrado em minha cintura, que serve muito bem pra esconder a minha calibre quarenta, repito, minha, o que significa que o Alan não pode tirar ele de mim.
– Quer ajuda?
– Não, mas obrigada.
De qualquer forma está tudo pronto já que não mechi em nada, amarrei o cabelo num coque desajeitado e pego a mochila logo a colocando nas costas.
– Vamos?
– Vamos.
Saímos da delegacia e caminhamos em total silêncio, o outro lado ruim de não acontecer nada é que ficamos sem assunto no fim do espediente.
– Eu fiquei sabendo do que rolou ontem.
– Hum?
– Não posso te deixar sozinha por um dia que você já arruma encrenca, ruivinha?
Acabei rindo um pouco do comentário, Jonny e seu jeito descontraído de sempre.
– Mas me conta, o que aconteceu?
– O Alan me proibiu de pegar um caso.
– Aí.. logo o da Hannah?
– Conhece?
– Sim, sabe, achamos que ela é meio doida. O que ela te disse? Que estava sendo seguida por não sabe-se quem?
– É...
– Ela sempre vem com essa mas ninguém nunca viu nada, enfim, maluquinha.
– Hmm.
Então por isso que ela estava tão apreensiva em me contar...
– Que foi?
– Nada.. só estava pensando.
– Em?
– Quem foi o fofoqueiro que te contou?
Mudei de assunto ligeiramente, não seria bom contar algo que talvez só eu notei na Hannah, prefiro guardar essas coisas pra mim.
– Pra mim e a metade da delegacia? A Susan.
Bufei, essa atendente fofoqueira de meia.. sinceramente.
– Hey, não fica assim.
Ele passou o braço ao redor do meu ombro, se fosse uns dias atrás eu daria um murro nele por achar que ele estava se enxerindo pro meu lado.
– Logo aparece alguma coisa pra você perder tempo.
– Ei!
Dei uma cotovelada de leve nele, o que o fez rir alto, mas me soltar? Nem pensar.
– Eu não passei por tanta coisa na academia pra ficar morfando numa sala vinte e quatro horas por dia.
Eu estou quase fazendo um apelo pra APNY pra reconsiderar e me deixar em outro lugar, sei lá, eu iria até ao Texas.
– Ok ok, desculpe madame.
– Pois fique você sabendo que essa madame aqui, não perdoa.
– Assim eu fico magoado.
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Investigação policial - Duskwood (Parada)
FanfictionSou a Cris, uma policial recém formada, bem, era o que eu deveria ser, a APNY, agência de polícia de New York, me transferiu pra uma cidadezinha pacata no interior na qual nunca ouvi falar, Duskwood. E.. foi quando conheci a Hannah. Só não imaginava...