Capítulo 8 - Pego de raspão.

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Pov Jake:

      Soltei um suspiro frustrado por ainda não ter encontrado nada, sequer saber pra onde foi essa garota.
      Por isso aqui estou eu, de novo, sentado ao pé de uma árvore, com o computador no colo, aberto num "mapa" da própria floresta, logo acima de mim havia uma fita amarela amarrada no primeiro galho que eu poderia alcançar, isso para marcar por onde passei e pra caso de algum imprevisto acontecer, ou o previsto, por exemplo: o computador descarregar, que felizmente não é o caso.
      No fim fechei o aparelho e escuto uma voz familiar, o que foi uma surpresa, uma baita surpresa.

– Lucky! Deixa o esquilo em paz seu... Seu cachorro levado... Lucky!!

      Essa é a... Não, devo estar ouvindo coisas, qual a probabilidade de tanta coincidência?

– Quem está aí?

– . . .

      É comigo? Eu nem me mechi daqui...
      Após ouvir o som de passos pisando em folhas me levanto devagar, saindo de trás da árvore com cuidado, estranhei o fato de estar virada do lado oposto me movi um pouco tentando ver pelo seu ponto de vista, quando sem prestar atenção pisei num galho e em questão de segundos uma dor forte invade meu ombro logo após o som do que parecia ser um tiro.

Pov Cris:

      Eu passeava com o Lucky tranquilamente, decidi entrar só um pouco mais no bosque tomando cuidado para decorar o caminho, claro que não sou idiota ao ponto de me perder tão rapidamente.

– Ok Lu, vamos voltar agora..

      Puxei a guia dando meia volta mas ele nem se moveu, permaneceu no mesmo lugar como se estivesse enraizado ali, olhei pra ele puxando a guia novamente mas nada. Então percebi que ele estava rosnando e isso me preocupou um pouco, ele estava bem ainda agora.

– Lucky... Ei! Lucky!

      Ele, por algum motivo, correu mais a dentro depois de ter se livrado das minhas mãos, corri logo atrás.
      Só notei que a razão de tanta euforia era um pequeno esquilo que pulava de árvore e árvore pelos galhos depois de um tempo correndo. Ah esse cachorro!

– Lucky! Deixa o esquilo em paz seu...

      Já fazia um tempo que eu estava correndo para alcançá-lo então parei pra recuperar o fôlego apoiando as mãos nos joelhos.

– ... Seu cachorro levado.

      Vi que ele tinha parado apoiando as patas dianteiras em uma das grandes árvores afrente e não parava de latir.

– Lucky!!

      Eu estava pronta para ir pegá-lo quando ouvi um barulho além dos latidos do Lu, parece ter vindo do outro lado e isso me fez entrar em alerta. Saquei a arma só por precaução e apontei na direção do som.

– Quem está aí?

      Seja quem for ainda está lá, com tantas folhas seria...
      Assim que ouço passos em meio as folhagens secas engatilho a arma pronta pra qualquer coisa, pra piorar minha situação eu estava ficando cada vez mais tensa, isso não pode ser um animal, não parece ser um.

– Apa..

      Quase bradei com o dedo no gatilho, entretanto o som alto de galho quebrando logo atrás de mim me fez virar abruptamente e o som familiar que ensurdeceria qualquer um ecoa, nem queira saber o tamanho do susto que eu levei quando vi quem era o ser atingido. Digamos que o grunido de dor dele me trouxe de volta a realidade.
      Até o Lucky parou de latir o que é um alívio, mas voltando ao problema maior, guardei a arma no mesmo lugar onde estava antes assim que a travei e fui em direção a ele.

Investigação policial - Duskwood (Parada)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora