Capítulo 10 - Mala

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Pov Jake:

      Depois que cheguei quase me arrastando pro porão o Phil chegou e apontou uma arma pra minha cabeça, ah não, outra não.

– Cacete, isso é hora? Achei que estivessem invadindo caramba.

– Cala a boca e guarda isso, não sou ladrão tá vendo?

– Onde você tava?

– Por aí papai, não se preocupe tô em casa.

– Muito engraçado, achei que eu fizesse as piadas.

      Por mais que aquela louca tenha me atingido de raspão ainda assim dói pra um inferno, sentindo de novo a dor me atingindo a cada passo coloquei a mão no ombro, pelo menos o curativo que ela fez alivia um pouco, não muito, mas já ajuda, talvez porque ela cuidou de mim como um animal.
      Pensando nisso eu ri ironicamente, falando nela de onde saiu aquele "Cenourinha"?

– Mas que merda aconteceu contigo? Te acharam? Alguém te seguiu até aqui?

– Se acalma um pouco, não foram "eles".

– Quer que eu pense o que? Que um passarinho foi te dar uma bitoquinha?

– Calado você é sábio.

      Suspirei sentando no chão com as costas encostadas na parede onde não tinha uma estante de bebidas pra variar.

– Foi só um acidente, dei de cara com uma certa ruiva.

– . . .

– Que é?

– Pff... Ela te deu um tiro?

      Do que ele pensa que está.. rindo. Que amigo eu tenho, ao invés de me ajudar fica rindo da minha cara como se eu fosse um palhaço, eu diria que ele bebeu mas parece estar bem sóbrio, ele ri de coisa pior.

– Você sabe mesmo assustar uma garota, Jake.

      Franzi a testa bastante incomodado, aliás essa risada de fumante com os pulmões ferrados está me irritando além da conta, esse banaca não tem limites, não? Joguei pedra na cruz, só se for....

Fecha a matraca, fumante de merda!

      Com isso ele simplesmente ficou em silêncio e eu tombei a cabeça pra trás permitindo que ela encostasse na parede e com isso fechei os olhos, silêncio, tudo que eu preciso agora.
      Quer saber? Talvez eu tenha assutado um pouco, e ela tem seus motivos pra manter a guarda tão alta, tem um sequestrador atrás dela como se isso fosse um filme, só acho que ela teria que tomar mais cuidado...

– Não tá mais aqui quem falou, hacker fodido.

– Tsc. Anda se meche, me ajuda com essa ferida aqui.

[ . . . ]

Pov Cris:

      Não dei escolhas ao Jonny, ou ele iria me levar ou eu arrumava um modo de chegar até lá, o pessoal do laboratório ama fofocar, assim como a maioria das pessoas dessa cidade. No fim ele acabou cedendo e hoje eu estava encostada na parede perto da porta, ironicamente ou não ninguém me deixou entrar no necrotério porque eu não tinha autorização do delegado, em outras palavras não é da minha conta "espere aqui, eu vou resolver isso" ele disse, porém eu estou aqui faz quase uma hora e nada dele aparecer.
      De repente a porta se abre, o que bloqueia minha vista mas em compensação eu ouvi alguma coisa.

– Isso é aterrorizante, quem poderia fazer uma barbaridade dessas?

      Essa voz.. até me é familiar, mas eu não reconheço de quem, era uma mulher e a outra voz que escuto era a de um homem.

Investigação policial - Duskwood (Parada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora