Villain Dies- Hyunin

혀 안에 가득 찬 사탕 strawberry

⚠️ ESSE
CAPÍTULO CONTÉM VIOLÊNCIA FÍSICA E PSICOLÓGICA,  O MOMENTO
EM QUE COMEÇA E TERMINA ESTÁ MARCADO COM UM EMOJI ⚠️

"Em minha língua um delicioso doce de morango
Esta é minha última ceia?
É cruelmente doce
Oh
Eu sou tão estúpido, ele ainda continua limpo
Não importa quantos tiros eu dispare, minhas balas nunca te acertarão, está tudo bem"

Hyunjin dirigia tranquilo pelas estradas, sentindo a culpa aos poucos inundando seu peito... será que havia feito o certo deixando Jeongin sozinho no quarto e nem ter esperado a resposta do mais novo? Esperava de todo o seu ser que sim.

  Olhou pelos retrovisores por um momento, notando um carro preto, aparentemente caro, seguindo-o. No momento, não se importou tanto e seguiu seu caminho, porém, fez alguns desvios e ao ver que o carro continuava em sua cola, começou a entrar em estado de alerta, assim como aprendeu com seu pai.

  O Hwang se afastou das zonas comerciais e residenciais e pegou a arma preta que sempre levava consigo escondida no porta luvas, agilmente disparando tiros certeiros no pára-brisa do carro atrás de si, bem no banco do motorista. Estranhamente, a bala não acertou o motorista misterioso, que acelerou mais ainda o carro e ao passar em seu lado o viu. Kim Yonan.

  Foram poucos segundos até o veículo freiar com tudo em sua frente, fazendo o carro que dirigia girar uma, duas, três vezes. Acompanhou os cacos voando, o som do aço se amassando e toda sua vida passando diante de seus olhos, sorrindo antes de se entregar a completa escuridão.

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  Acordou horas depois, sentindo dores por todo o corpo e observando ao redor, tentando fazer a visão focar em qualquer coisa que conseguisse. Percebeu que estava em uma
posição meio ajoelhada, com as mãos e pés acorrentados e em um quarto completamente vazio e escuro, além do forte cheiro de mofo.

  Seus olhos foram até a única porta do local, fazendo um certo esforço e tentando romper as correntes para deixar o lugar úmido. Ouviu uma risada cruzar o local antes da porta ser aberta pelo garoto com um sorriso debochado em seu rosto, encarando o loiro no chão.

⚠️ (AVISO DE VIOLÊNCIA FÍSICA E PSICOLÓGICA, SE FOR SENSÍVEL NÃO LEIA) ⚠️

— Parece que no final, o herói sempre captura o vilão. — Disse debochado se aproximando do corpo do mais alto e desferindo um chute na barriga do mesmo que grunhiu pela dor. — Seu filho da puta!

  Mais golpes foram disferidos em todo seu corpo e Hyunjin tentava de todas as formas proteger sua cabeça, falhando algumas poucas vezes mas tendo sucesso na maioria.

— Quem você acha que é pra transar com o MEU namorado? — Um soco no rosto. — Ein?! ME DIGA, SEU FILHO DA PUTA!

  Outros dois socos foram desferidos e o Hwang cuspiu um pouco de sangue devido aos ferimentos abertos e riu com deboche.

— Fiquei sabendo que nunca comeu ele, Kim — Disse meio grogue, não iria perder a oportunidade de ferir o ego do "herói". — Sempre soube que você não valia nem o chão que pisa, mas não imaginava que você era tão fraco assim.

— Seu desgraçado! — A série de socos voltou, acompanhados por chutes e alguns xingamentos gritados. Toda a sessão foi interrompida quando ouviu a risada escandalosa de Hyunjin, exatamente igual a de seu pai. — QUAL A GRAÇA?!

— Não importa o quanto eu me esforce, você é o herói e eu o vilão, minhas balas nunca vão te acertar. — Declamou de forma debochada, lembrando do momento do carro, mas sentiu seu coração afundar por dentro, sabia que ficar com o Yang estava fora dos planos de Deus ou do autor daquela maldita história.

— Pelo menos você não é tão burro — Bateu a cabeça do loiro contra a parede e depois se levantou — Você vai morrer ainda hoje e ninguém vai te procurar, sabe por quê? Porque todos te odeiam, Hwang. Você nunca saberá o que é o amor, já que nem sei próprio pai te amava.

  Aquelas palavras doeram bem mais que os machucados abertos em seu corpo.

— Não saia daí. — Yonan saiu rindo da sala, achando graça de sua "piada" e retornou segundos depois com uma faca e um sorriso psicopata brilhando no rosto. — Não sei se quero brincar com você... talvez você seja tão desprezível que me faz ter vontade apenas de te matar...

— Então me mata logo, porra. — Hyunjin revirou os olhos, nunca teve paciência para tais "joguinhos".

  Aparentemente, suas palavras não agradaram o Kim que apenas o encarou irritado e enfiou a faca em sua barriga com força, fazendo um grito escapar da boca do Hwang juntamente com mais sangue.

— Não vou te matar... você vai ficar bem aí, sofrendo até morrer de infecção, sangramento, desidratação, fome, ou qualquer merda que vier primeiro. — Arrancou a faca da barriga do outro e se levantou furioso, jogando o objeto cortante em
qualquer canto daquele quarto — Aproveite sua ida para o inferno, Hwang.

  E então, Hyunjin apagou novamente.

⚠️ (FIM DO ALERTA) ⚠️

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  Sentia um gosto doce na boca... aquilo era morango? Provavelmente sim... era tão doce quanto a fruta. Será que aquele era o gosto da morte? Era... era... era agradável. Podia sentir seus membros formigando e cada vez mais sua alma se esvaindo do corpo.

  Foi então que começou a novamente pensar em sua vida... sempre tentou ser uma pessoa boa após aquela cena de seu pai, mas foi empurrado para o lado da "vilania", mas qual é! ele preferia cachorros a gatos! Não iria rolar ficar sentado em uma cadeira de couro preto, fazendo carinho em um gato e bolando um plano diabólico para matar alguém.

  Sua mente viajou até o garoto de cabelos azulados. O Yang sempre foi um sonho inalcançável, desde quando eram duas criancinhas. Se lembrou de todos os momentos, o primeiro beijo que trocaram juntos e as juras de amor inocente que faziam na casa da árvore escondida da floresta.

  Mais alguns minutos e se sentia fraco e sem rumo... então voltou a pensar... deixaria tudo acabar assim? Ser morto por um filho da puta sádico e o deixaria ficar com o seu garoto? Não... não poderia ser assim.

  Tirou forças de cada momento em que tentava ser uma boa pessoa e conseguiu deslocar o osso do dedão, segurou um grito no fundo da garganta e conseguiu tirar uma mão da algema, se esticando para pegar a faca e então abrir as outras algemas que prendiam seu corpo. As aulas de fuga não foram tão inúteis assim.

  Se levantou com dificuldade sentindo todo seu corpo doer e implorar pela morte lenta que estava tendo. Mas não poderia desistir, faria isso pelo seu garoto.

— Ei Deus ou autor... eu posso ir para o inferno, mas não vou sozinho.

  Se apoiou na porta em silêncio, tentando ouvir algo, quando percebeu que o caminho estava limpo, abriu a porta usando a faca e segurou a risada.

  Para o Hwang, Yonan era um armador, quem prende alguém em um quarto e nem tranca a porta com algum cadeado? Achava que era obrigatório todos saberem disso.

  Seguiu um caminho que torcia para ser o certo, podendo ver uma janela que demonstrava ainda ser escuro e finalmente viu a porta da saída, se apressando em ir na direção desta, tendo a sorte da porta estar destrancada.

  Apenas correu. Com toda a dor e cansaço, com um corte considerável na barriga e o rosto cheio de sangue, correu como se não houvesse amanhã. Quando deu por si, estava na frente da casa de Jeongin. Se questionou por alguns poucos segundos se aquilo seria certo, até que enfim tocou a campainha, sentindo o mundo ao seu redor girar, a morte batia em sua porta novamente, pronta para pegar sua alma.

— Já vai! — Ouviu a voz melodiosa de dentro da casa e soltou um sorriso sem querer, tudo ficaria bem... tinha a certeza. Antes mesmo de ouvir os passinhos apressados do mais novo até a porta, sentiu seu corpo ficando leve como uma pluma e novamente foi levado a escuridão.