Capítulo 18

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O tempo não passava,os gritos eram ensurdecedores,e nada,nada de o bebê nascer,não aguentava mas vê-la sofrer,lady Roger estava a caminho,torcia para que chegasse a tempo antes que ele enlouquecesse de vez,bacias e mas bacias de água eram carregadas pelas criadas,todos estavam la, menos ele podia subir,havia despedido Mackenzie,precisava resolver o caso do maldito professor logo,antes conseguissem solta-lo.

         - Não me venha com formalidades!- disse uma voz irritada vinda da porta que principalmente quase foi ao chão pela abertura violenta,e neste momento lady Roger entra pela porta seguida por um mordomo nada contente.

            - Lady Roger!- disse.

            - Onde está Abigail?- disse a senhora com preocupação evidente em seu rosto.

             - Uma criada o acompanhara até o quarto!- sabia pelo olhar reprovador que ela descobrira tudo,maldito Charles Simmon,ela o olhou nos olhos por um breve instante que pareceu uma eternidade,agradeceu a criada que a acompanhou até o quarto,mas um grito e seu corpo estremeceu quando ela chamou seu nome em súplica.

           - Venha homem ou sua esposa morrerá nas mãos deste açougueiro!- afirmou lady Isabel,correu pela escadaria e encontrou a esposa em uma situação horrenda,sua camisola branca agora vermelha de sangue que também manchava a tapeçaria,ela ainda inchada e com o rosto muito pálido fraca mal se sustentava na cabeceira da cama,enquanto lady Roger discutia com o médico ele paralisado temendo pelo pior se aproximou e segurou em suas mãos trêmulas,ela sorriu pálida para ele enquanto o que iria dizer se transformou em choro de dor quando uma nova contração tomava conta dela.

          - Milorde!partirei,caso algo aconteça com sua esposa será de sua inteira responsável.- disse o homem nervoso com a maleta nas mãos,nem mesmo se deu o trabalho de responder a ele,beijou a testa da esposa e disse a lady Isabel que se preparava para sabe lá o que iria fazer.
  
        - O que preciso fazer para salva-los?

        - Ajude-a a empurrar!ou ambos não sobreviverao,ela já está muito fraca,e a criança que Deus ajude já está passando da hora de nascer.

          - Tem certeza do que vai fazer?- perguntou ele temeroso.

             - Há muitas coisas a meu respeito que não sabe meu jovem,agora suba naquela cama e empurre a barriga de sua esposa para baixo.- sem saber muito bem o que faria ele a ajudou a se posicionar o mas confortável possível e parou por um breve instante quando ele segurou em sua mão e disse:

         - Eu confio em você meu amor!salve,salve nosso filho.- pediu ela com lágrimas descendo pela face a suplicar ao marido.

           - Agora!- gritou lady Roger enquanto o corpo de sua esposa tensionado era tomado por uma onda de contrações.- força menina!mas uma vez!- fechando os olhos de agonia e dor ele pôs força no ventre volumoso da esposa, empurrando para baixo.- Mas uma vez!com mas força!- disse a mulher,já posso vê-lo!apenas façam mas um esforço.- e foi o que juntos fizeram,em uma última contração ele pôs mas pressão e desta vez o corpo da esposa relaxou em seus braços,cansada,exausta.mas o choro que ele pensava ouvir não veio,olhou para os rostos das criadas presente e viu com profundo desespero todos desfarçando,e uma lady Roger que tinha o rosto banhado em lágrimas com um embrulho de lençol branco nos braços, levantou-se imediatamente para ver seu filho e puxou o tecido que lhe ocultava a face e o constatou com seus próprios olhos,tinha certeza de que esta dor não se comparava a nenhuma outra,sofreu sim,com a morte do amigo,em si tinha aceso o desejo de justiça por tal crime,mas nada o preparou ver sua pequena miniatura,perfeita,os cabelos negros eram abundantes,o corpo rechonchudo,até mesmo as pequenas unhas das mãos,o seu tão amado filho estava perfeito,um menino,mas estava sem vida,a coloração arroxeada denunciava que haviam se passado muito tempo,quem olhasse para aquele pequeno ser,nunca diria que havia nascido antes do tempo,o tomou nos braços e saiu do quarto,ninguém o seguiu ou tentou dete-lo,andou pela casa e entrou no quarto azul todo preparado onde ele havia planejado cada detalhe,acertou por ser menino,mesmo a esposa lhe avisando que poderia nascer uma menina.sentou-se na poltrona ao lado do berço e passou a conversar com o filho,lhe contou várias histórias,lhe contou cada detalhe,de tudo que havia preparado pra sua chegada,os dois cavalinhos de madeira entalhada que havia encomendado,embaixo da base havia posto o nome do menino que tanto havia desejado George,chorou como nunca antes o fez, ao traçar com o dedo o nome do filho.

   

      Olá leitores! perdoe-me pelo pequeno capítulo,meu dia foi corrido,no próximo capricharei,boa leitura

Um convite ao pecado ( livro 2 ) Série os GriffithsWhere stories live. Discover now