As raízes de um inferno - Winx [Helia x Flora]

Capítulo 18 - Parceria?

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Helia e eu passamos o resto da tarde sentados em uma das grandes poltronas em frente à lareira, trocando carícias e beijos.

Nossas pernas se sobrepunham uma a outra. Eu abraçava a cintura de meu amado, deitando minha cabeça sobre seu peito. Inspirava lentamente seu cheiro, e quase dormia por seus cafunés em minha cabeça. Vez ou outra, ele deixava beijos em minha cabeça, ou deitava sua bochecha sobre meu coro cabeludo.

— Quero ir para casa... - falei de repente.

Um beijo em minha cabeça. — Eu sei minha flor.

Me aconcheguei ainda mais, querendo o máximo de contato o possível. — Me sinto fraca aqui. Por não ter natureza ao meu redor.

Ele suspira. — Percebi que estava fraca. Anda respirando com muito esforço ultimamente...

— Somos amigos? - pergunto de repente.

— O que? Não! - diz me afastando, olhando em meus olhos - Amigos não fazem o que fazemos. Você é minha, Flora, assim como sou seu.

— O que fazemos? - suspiro - Trocamos beijos e toques... mas não temos nada concreto. As vezes penso que só estamos tão grudados assim por estarmos aqui, em Rivasi.

— O que quer dizer?

— Ah... não sei explicar. Esse pensamento veio me acorrentando nesses últimos dias, desde que... bem, desde que tivemos nossa primeira vez. Como se, quando voltarmos para Alfea, simplesmente tudo volte como era.

— E como era para você? - seu tom parece chateado.

— Não quis magoar você. É só que... em Alfea eu sou sua amiga, Flora. Pelo menos, é assim que me apresenta para todo mundo. E agora, o que vou ser? Sua não-amiga-mas-ainda-amiga Flora?

Ele me abraça apertado. — Se eu sentisse apenas um sentimento de amizade por você, minha flor, não teria pulado num portal para cair num mundo estranho, só porque você estaria sozinha. Teria agido racionalmente e pensado em uma solução menos... suicida.

— Se é assim... o que somos agora?

— Essa pergunta, de novo? Bom... - um suspiro - Acho que não temos como rotular agora.

— Ah, é? Por que... por que não? - pergunto levantando meu corpo de cima do dele, novamente. Meu peito se aperta.

Ele dá de ombros, me abraçando e trazendo para perto de novo. — Não tenho comigo um pingente para pedir-te como namorada...

O aperto de ansiedade em meu peito se afrouxa. — Ah! Só por isso?

Ele ri, deixando um selar de beijo em meus lábios. — Quero fazer algo memorável, meu amor. Nossa história é longa, Flora...

Solto um sorriso. — Realmente... lembra da primeira vez em que nos vimos? Você desenhava. Fiquei encantada com o traço que você fazia.

— Me lembro como se fosse ontem, minha flor. E tempo mais tarde, salvei você de um dos monstros das Trix.

— É. E depois, foi a missão com as Pixies.

— Foi incrível ver você salvar a árvore da vida das Pixies daquele jeito. Quando assisti seu poder, lembro-me de ter pensado "caramba, essa é a garota por quem me apaixonei? Eu não mereço ela, ela é incrível."

Solto um risinho baixo, aninhando minha cabeça debaixo de seu queixo, trazendo sua mão para perto de mim e beijando-a. — Naquele dia, criei coragem e disse que te amava.