Capítulo 10

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Durante o período da viagem do trem, os três ainda conseguiram se manter escondidos, mas assim que saíram e receberam as notícias que agora no segundo ano viajavam até a escola de carruagem e não mais de barco, como os primeiros anos. Harry deu um aceno triste para as duas cobras, antes de se juntar aos leões que olharam feio pra eles, antes de saírem arrastando o Salvador.

O mesmo Salvador que nem mesmo notou o quanto, Draconis e Theo estavam tensos depois da informação sobre o advogado que Lupin estava atrás.

Theo estava começando a achar que não queria realmente saber o que estava perturbando o melhor amigo, quando ele tinha perguntado no ano anterior quando iriam contar qual era o problema, ele não esperava que o professor Lupin fosse o tipo de pessoa que abandonava um filho, e agora entendia exatamente o porque seu melhor amigo odiava tanto o homem.

Os dois sonserinos caminharam até a mesa da casa deles, sem toda a animação que estavam na estação; Severus que já tinha recebido as lembranças da Narcisa, que estava em êxtase pela felicidade do filho e quis compartilhar com o padrinho do menino, mas não era aquela felicidade que ele estava vendo no seu loirinho.

– Podemos matar ele, eu te ajudo, papai ainda tem algumas coisas que não conseguiu entregar pra sua mãe, podemos usar nele. -Theo falou tentando achar um jeito de fazer o amigo sorrir, mesmo que ainda fosse um pouco de verdade.

– Melhor mamãe não saber que ele ainda esconde coisas dela, ela pode matar ele por isso. -Draconis falou rindo em pensar o quão brava sua mãe iria ficar se soubesse que ainda tinha objetos de arte das trevas na mansão Nott, e se Theo sabia, estava a vista dele.

Narcisa, desde o momento em que soube que Theo e Draconis viraram melhores amigos, decidiu que não deixaria Theodoro viver em um lugar perigoso ou menos amoroso que seu próprio filho; juntou ao fato de que ela tinha muito tempo vago quando o filho estava em Hogwarts, Lord Nott foi o alvo, e disso os meninos estavam ansiosos de que virasse um casamento.

– Eu não vou contar, e você não vai contar, mas se usarmos, ela nunca vai precisar descobrir que existia. -o moreno falou piscando pro amigo que riu, e beijou a bochecha do mesmo, entendendo o que ele estava fazendo.

– Não vamos matar ninguém, a gente. -o loiro falou olhando pro padrinho fazendo o sinal que os Sonserinos tinham com o Diretor da casa.

Apesar de Theo e Draconis terem acionado o sinal no jantar de boas vindas, somente depois da primeira aula que tiveram com o professor de poções que conseguiram um tempo para finalmente conversar com ele; eles tiveram que esperar pelo professor até o final da aula, e assim que o último aluno saiu e a porta foi fechado, o loirinho correu e se jogou nos braços do padrinho, pronto para começar a chorar e pedir pela mãe.

– Qual o problema, Dragão, quem devo matar? -Severus perguntou tentando acalmar o afilhado, ele tentou manter o seu cheiro neutro, porque sabia que isso ajudaria ele.

– Professor Lupin, ele é a pessoa que precisa ser morta. -Theo falou preocupado com o amigo, mas sabendo que se tinha alguém que podia ajudar era o padrinho dele.

– Ele te procurou de novo? Ele tentou falar com você? -o mais velho perguntou pensando no que fazer para parar com aquelas conversas, que o loiro claramente não queria participar.

– Harry falou que ele está atrás de advogado, ele não sabia o porquê do advogado, mas a gente acha que é por minha causa. -Draconis falou chorando, ele não queria ficar longe da sua família e muito menos viver com Lupin, o único Lupin que ele podia conviver era com ele mesmo.

– Nada vai acontecer com você, ninguém vai te tirar da gente, você não vai embora e nunca vai morar com o seu pai se você não quiser, enquanto você quiser viver com a gente, vamos amar ter você e lutar por você. Agora Theo vai te levar pra próxima aula, e eu vou resolver esse problema com a sua mãe. -Severus falou beijando o afilhado duas vezes na testa, antes de soltar ele e ver o mesmo caminhar até o melhor amigo e pegar na mão dele.

– Eu vou cuidar bem dele. -Theo falou sério, era uma missão pra ele cuidar do melhor amigo, e ele ia concluir em exatidão.

– Eu sei que vai, quando as aulas acabarem leve ele para os meus aposentos e tome um chocolate quente com a gente. -o professor falou liberando a porta, e vendo eles se afastarem depois de concordarem.

Depois da conversa com o Severus, Draconis se sentiu mais tranquilo, mas ainda se manteve o resto do dia grudado no melhor amigo e tirando as suas forças dele; quando já tinham terminado o dia, e estavam prontos para finalmente irem atrás daquele chocolate quente que tinham prometido pra eles de manhã, mas no caminho da bebida dos Deuses estava o trio dourado.

Draconis não estava em um bom momento, então somente respirou fundo e tentou passar por eles, quando propositalmente Granger entrou na frente dele, sorrindo debochada e esperando que como todas as vezes o loiro somente tentasse passar; mas ele estava em um mal dia.

– Hoje não é um bom dia, Granger, você não quer brigar comigo hoje, porque se você resolver que quer, nem mesmo o diretor vai te salvar de mim hoje. -Draconis falou pronto para liberar os seus poderes e atacar a garota.

Mas Hermione podia estar recebendo ajuda do Diretor para ser a melhor aluna da escola, mas ela não era burra, ela podia ver nos olhos cinza do Malfoy, que aquela não seria como as outras brigas que tinha começado, o loiro não iria finalmente explodir e ganhar a expulsão; ele estava atrás de sangue, e se não saísse do caminho, seria o dela.

– Você está falando assim comigo só porque eu não sou puro sangue como você e seu amiguinho, eu sou a bruxa mais inteligente da nossa geração, você não pode comigo, não importa se ficam me chamando de sangue ruim pelas costas, eu sou muito melhor que você. -Hermione falou querendo sair da situação, mas não querendo sair por baixo.

Ela pensou em somente jogar essas palavras e se virar e sair, querendo usar as suas palavras como se o Malfoy tivesse xingado ela, mas não contava em se virar e se sentir presa no lugar e então escutar passos se aproximando dela.

– As suas palavras tem poder, Granger, uma hora você ainda vai ter que lidar somente comigo, e aí você vai aprender uma lição, eu iria dormir o resto do ano de olhos abertos. -o loiro sussurrou somente pra ela, sabendo que não podia fazer muito mais então livrou a mesma da onde tinha prendido ela.

– Algum problema está acontecendo aqui? Eu tenho certeza que não, porque não quero ter que lidar com detenções hoje, então vou apenas acenar para os meus alunos que estão se afastando aqui. -Minerva falou se aproximando deles e mandando todos embora, mas não antes de ver o olhar do menino Malfoy em direção a garota, ela sabia que os seus leões não eram vítimas de nada, mas não pode evitar se sentir tranquila por ter impedido uma tragédia de acontecer.

O filho perdido - DramortOnde histórias criam vida. Descubra agora