Capítulo 15

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Alemão

Resolvi ir atrás da Patrícia, eu nunca tratei ela assim na frente de ninguém, único lugar que eu humilhava ela era em quatro paredes, fora isso não precisava, ela sempre foi muito na linha de cabeça baixa e sempre obedecia, então sempre as coisas foram mais fácies pra ela.

[...]

-Patrícia abre essa porta, não vou falar de novo- Ja era a terceira vez que eu batia na porta da casa dela.

-Entra, ja vi que não tem jeito-

-Eu vim conversar contigo cara- ela olhava pro chão, não estava dando bola nenhuma para mim.

-Alemão eu já sei que você está com ela, ja me falaram, mas eu não estava conseguindo acreditar que você realmente colocou uma pessoa no meu lugar-

-Patricia eu não estou com ninguém, muito menos coloquei alguém no seu lugar... Sei nem o que vim fazer aqui nesse caralho- levantei, socando a parede.

-Porra eu gosto de foder com você, já estamos a três anos assim, para de querer cobrar alguma coisa de mim- continuei a falar

-Alemão você nunca quis me levar pra morar com você e do nada brota com mulher em casa porra- Patricia está se achando a bucetuda.

-Olha só, a vida é minha e se eu quiser levar até 20 mulheres pra morar comigo eu levo, e você tem só que ficar calada-

-Eu não consigo aceitar isso amor, não da. Saber que estou a esse tempo todo com você e que do nada você coloca outra mulher dentro da sua casa, no meu lugar- Ela ainda insisti nisso

-Patricia quer saber, eu quero mais é que você se foda, quero nada contigo não, agora você só brota la na boca se estiver precisando de alguma coisa dentro de casa, porque isso vai ser a única coisa que eu vou te ajudar-

-Você vai me deixar, é sério isso?- ela chorava

-Já deixei- falei saindo dali e montando na minha moto.

[...]

Fui pro alto do morro, me sentei lá e puxei um balão.

Eu estou com a cabeça a mil e quero ficar um pouco na minha

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Eu estou com a cabeça a mil e quero ficar um pouco na minha.

Eu sempre me senti no dever de ajudar a Patricia dentro de casa, nunca deixei faltar nada pra ela nem pra mãe dela dona Sonia desde que eu entrei no movimento.
Fomos criados juntos, eu era moleque e minha mãe ia trabalhar em casas de madames e me deixava aqui com a dona Sonia por toda a semana, tive a Patricia como irmã, não tinha nenhuma maldade nela, brincávamos juntos e eu sempre defendia ela pelo morro.
Quando completei meus 15 anos, já estava no movimento, minha mãe recebeu uma proposta de emprego pra ir morar em Minas com a sua patroa, eu não quis ir com ela, preferi ficar por aqui, e adivinha quem me acolheu? Dona Sonia...
Fui crescendo no movimento e dona Sonia não me queria mais dentro da casa dela, ela não concordava com o rumo que eu estava dando na minha vida, respeitei ela e sai da casa dela, comecei a montar meu barraco, e conforme o meu cargo ia subindo, mais mulher chovia na minha horta. Depois que virei dono dessa porra toda aqui eu acabei me apaixonando fodidamente por uma mina (Laya) primeira e última mulher em que eu me apaixono, depois que eu me apaixonei por essa vadia e ela passou a perna em mim eu jurei que nunca mais me envolveria assim como me envolvi com ela... Porra eu achava que ela realmente me amava, nós morava até junto, mas tudo não passou de ilusão.
Depois desse choque amoroso, fiquei sem chão, sem rumo, eu sofri pra caralho por causa de uma mulher, da nem pra acreditar. E adivinha quem veio me consola? Patricia.  Ela praticamente se mudou pra minha casa, cuidava de tudo aqui na minha casa, e também cuidava de mim, me dava um ombro amigo, e acabamos confundindo as coisas e transando, depois da primeira vez não conseguimos mais parar, aos poucos eu fui me afastando dela, pois eu não tenho nenhum sentimento por ela além da amizade, não da pra levar ela adiante, ela não consegue entender isso.

Eu simplesmente transo com ela ainda porque ela sabe fazer muito bem, apenas por isso, porque além disso ela não tem nada que me agrade, nunca nem se quer consegui beijar ela.

[...]

Terminei meu baseado e montei na minha moto, precisava voltar pro baile, deixei a Isabella lá com a Júlia.

Mulher de traficante (CONCLUÍDA) Where stories live. Discover now