Classificação +18
🏅#1 em Guerra
Esse livro contém cenas de sexo, brigas, entre outros.
Isabella, com seus 18 anos, fica apaixonada pelo seu sequestrador Alemão, de 26 anos, dono da favela da Rocinha.
Depois de tanto ele fazer ela sofrer, depois...
Respirei aliviada quando o Alemão saiu de casa. Sabe, confesso que depois que a Patricia veio aqui, eu tive mais coragem de me entregar pra ele, porque se tem uma coisa que eu odeio é afronta, e ela veio aqui pra tirar sarro com a minha cara, e eu vou mostrar pra ela quem é que ta no controle da situação ou não me chamo Isabella!
Não tem como evitar, eu to caidinha por ele, as vezes ate me sinto mesmo mulher dele, cuidando dele, da casa, ele chegando com presentes pra mim, dormindo agarrados... Esse lado é muito bom, mas óbvio que também tem o lado ruim, a parte que ele me machuca, ele sempre faz questão de esfregar na minha cara que não está sentindo nada por mim, que eu sou apenas como todas as outras, isso me machuca muito.
Sobre as agressões? Nem sei mais oque é isto, eu to sempre andando na linha, não questiono nada pra não ter problemas com ele, hoje tivemos esse pequeno desentendimento porque eu realmente estou muito aflita com tudo isso que está acontecendo com a Júlia. Ele não tem chegado drogado em casa, é eu agradeço muito por isso, porque eu sei o como ele é agressivo quando usa drogas.
Estou fazendo um strogonoff com a ajuda do livro de receitas, e espero que dê certo. Desde quando comecei a cuidar da casa, fiquei apaixonada por cozinhar, nunca pensei que teria jeito pra coisa, sempre tento fazer alguma coisa legal para eu destrair minha mente. E te falar, estou saindo como uma ótima dona de casa, sempre deixando tudo arrumado porque o Alemão odeia bagunça, me esforço ao máximo aqui.
Desliguei o fogo e fui ate a porta pois a campanhia tocava, "deve ser algum dos cara que fazem a guarda querendo água", pensei.
Pois é, me enganei, desta vez não é nenhum guarda, era a Júlia, com uma cara péssima, totalmente abatida.
-Quanto tempo- falei enquanto abraçava a mesma
-Entra- falei dando espaço para ela passar e fechei a porta
-O que você fez com o Alemão?- falou e deu um sorriso sentando-se ao sofá
-Eu? Fiz nada-
-Ele pediu pro Gustavo me trazer aqui, pra passar a tarde com você-
-Mentiraaa?- perguntei alegre
-Me ensina esse chá- Julia falava brincalhona
-É o de buceta que você me ensinou- falei e ela me olhou surpresa
-Tenho tantas coisas pra te contar- Júlia falou abaixando o olhar
-E eu quero escutar tudo, vamos fazer pipoca, assistir filmes e conversar bastante hoje- falei puxando a Júlia para a cozinha
[...]
-Amiga você não vai abortar- falei enquanto fazia cafuné no cabelo dela e mesma chorava no meu colo
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
-Eu não quero ser essa monstra, não quero- falou no meio de soluços
-Eu já te falei Júlia, eu vou embora daqui e vou te levar comigo, não vai faltar nada pro meu afilhado
-Isabella só Deus sabe quando você vai conseguir ir embora daqui- Ela me fez voltar pra realidade
-Eu sei... Mas temos uns 9 meses pra resolver tudo, vai dar certo ok- eu tentava passar segurança pra ela
-Nao vai dar nada certo, Gustavo ja me deixou bem claro que não quer essa criança, que não quer que eu continue grávida, ele quebrou a minha casa toda, minha mãe ta desesperada porque não tem como sustentar a criança, e eu não trabalho porque ele não deixa-
-Esse filho da puta tem que entender que você não engravidou sozinha, que você não tem culpa da gravidez, que você estava tomando os remédios certinhos, isso foi um acidente. - minha calmaria ja foi por água a baixo
-Isso não entra na mente dele, ele acha mesmo que eu fiquei gravida propositalmente, porra eu nem amo mais ele, to com ele porque sou obrigada, pra que eu ia arrumar filho? Pra que?
Escutei o barulho da porta se abrir e vi o Alemão e o Gustavo olhando para gente bem atentos
-Continua o discursinho, vai- Gustavo falou parando de frente pra nos duas cruzando os braços.
-Eu não estou mentindo, você sabe- ela falou se ajeitando no sofá
-Cala a boca porra- Gustavo falou vindo pra cima dela e eu me taquei na frente, e ele me acertou um soco. Alemão segurou ele pelo braço
-Minha mulher caralho, ta maluco- Alemão gritava com o Gustavo
-Voce não vai bater nela seu lixo, não vai- eu falava desacreditada pelo soco que ele ia atingir na Júlia e acabou me atingindo
-Tira ele daqui amor- falei enquanto lagrimas descia no meu rosto, chamei de "amor" pra atingir o coração da fera que também está muito irritado pelo soco que o Gustavo me atingiu
