CAPITULO QUARENTA E QUATRO

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MARATONA 4/6

AISHA

Já passou uma semana daquela confusão, o Guilherme realmente demitiu aquela menina, e perguntei a Bela minha secretaria se ela conhecia alguém e ela indicou a irmã, que ate então esta trabalhando lá.

Hoje é um sábado então o Guilherme resolveu nos levar pra casa de praia, que ate então as crianças não tinham conhecido.

- Aqui é lindo né mamãe? - a Yuna diz encantada.

- É sim, e sabe o que é melhor?

- O que?

- Que isso tudo é nosso.

- Uau, essa casa é do papai? - ela pergunta impressionada.

- Nossa, porque tudo que é do papai é nosso - falo rindo e ela rir também, nem sei se ela entendeu realmente o que eu disse, mas a Yuna é uma velha no corpo de uma criança deve entender mais coisas do que eu.

- Eu ouvir viu? - o Guilherme aparece ja sem camisa.

- Não menti, cadê o Zion?

- Na piscina

- Você é maluco? e se o menino se afogar? não tem outro desse não viu, não vende no mercado livre não.

- Na fila de drama você passou 10 vezes, eu estou olhando o menino, eu so vim pegar alguma coisa pra beber.

- É nessas que acontece as coisas.

- Pronto ja estou voltando - diz com uma cerveja na mão, olho e o Zion esta de boia parecendo uma rã na piscina, mesmo ele sabendo nadar eu não confio, nunca se sabe.

- Vamos colocar nossos biquínis princesa, pra lacrar com a cara da Ariel - a Yuna me olha com a cara de " tanta mãe no mundo e Deus me deu logo uma maluca", acabo rindo com a expressão de julgamento que ela me olhou.

(...) (...)

Ficamos a tarde inteira brincando na piscina, quem olhasse de longe parecia família de propaganda de margaria, so tirando as partes que estou xingando o Guilherme por querer me afogar a piscina, mas a sensação de esta completa é inexplicável.

Depois as crianças sentaram na sala pra assistir desenho e lanchar e eu e o Guilherme estamos na espreguiçadeira bebendo um bom álcool, vejo ele ficou quieto do nada.

- O que foi? - pergunto.

- Nada demais, so uma sensação estranha do nada.

- Você ja vem tendo essa sensação a alguns.

- Não deve ser nada, quer mais cerveja? - diz levantando.

- Pra mim ja deu - falo ele sai pra pegar mais pra ele.

O Guilherme voltou a chegar em casa na hora certa e sem esta cheio de cachaça, mas o cigarro ele esta voltando, o que esta me preocupando... eu tentei conversar com ele sobre o dia do acidente, mas ele não quer tocar no assunto e também não fico insistindo, ele não quer falar, então eu respeito.

(...)

Ficamos mais tempo aproveitando a casa e a tarde o Guilherme resolveu que queria ir pra casa, o nosso pano era dormir aqui, mas como ele estava agoniado aqui, resolvi não questionar, como bebi menos que ele estou levando o carro.

(...)

Chegamos em casa e o Arthur esta na nossa porta, batendo parecendo que vai quebrar, assim que ele ver o carro se aproximando ele vem em nossa direção.

- Finalmente, estou ligando pra vocês por horas.

- Nosso celular estava desligado - falo descendo do carro.

- O que aconteceu pra essa agonia toda? - o Guilherme desce e já vai pra direção da porta.

- Vamos entrar primeiro - ele diz e me aproximo da porta com as crianças.

- Você sabe o quanto eu odeio enrolação, fala logo - o Guilherme fala tentando abrir a porta.

- Eu acho melhor..

- FALA LOGO PORRA - o Guilherme com a paciência de um cavalo, so é paciente em momentos errados.

- A mamãe...

- O que tem ela? - o Guilherme pergunta olhando na direção dele.

- Ela se foi - ele fala e o Guilherme congela.

- Se foi? como assim? - pergunto chocada e o Arthur respira fundo, termino de abrir a porta já que o Guilherme esta parado no mesmo lugar, pego pelo braço dele e vou caminhando ate dentro de casa - Crianças que tal abrir os presentes novos que o papai comprou lá em cima?

- A gente pode comer os doces também ? - o Zion pergunta.

- Pode sim.

- Ebaaaa - eles sobem as escadas mais contentes do que nunca.

Quando viro o Guilherme e o Arthur já estão sentados no sofá;

- O que aconteceu Arthur? - sento do lado do Guilherme .

- Os vizinhos estranharam que ela não estava saindo esses tempos, e depois começaram a sentir um cheiro estranho - vejo o Guilherme começar a ficar inquieto - e a porta da casa não estava trancada direito e eles conseguiram entrar, e encontraram ela lá... eles alcançaram o celular dela e ligaram pro ultimo numero que ela tinha feito uma ligação - o Guilherme levanta a cabeça e encara o Arthur que respira fundo e volta a falar - quando eu cheguei la a policia já tinha chegado, eu so fiz o reconhecimento do corpo.

- Ela ligou pra você? - O Guilherme finalmente abre a boca.

- Três dias atrás.

- Ela te disse o que? - Guilherme pergunta.

- O quanto se arrependia da bondade que tinha feito e o quanto me odiava - meu Deus que mulher terrível.

- Você foi a ultima pessoa que ela falou - o Guilherme diz e o Arthur concorda com a cabeça e vejo uma lagrima saindo do seu olho, levanto e sento do lado dele e lhe abraço ... os dois estão precisando de alguém nesse momento.

- Ela te ligou pra te dar sua benção e dizer o quanto te amava? - o Arthur diz rindo mas suas lagrimas continuam a cair.

- Ela me ligou, mas eu não atendi - o Guilherme ao contrario do Arthur não derramou uma lagrima, mas eu conheço ele, e por dentro ele esta morrendo.

DO MEU VENTRE ♡ (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora