CAPITULO SESSENTA

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UM MÊS DEPOIS...

Guilherme

A Aisha saiu e as crianças estão na sala assistindo, eu sei que ela não vai fazer nada, mas claro que eu fico inseguro so de saber que ela vai esta lá com aquele homem. Eu confio na Aisha eu so não confio nele, saber o quanto os homens desejam ela e queriam esta no meu lugar me deixa desnorteado, ate meu irmão quis ter algo com ela. 

Eu nunca me apaixonei de verdade, e na verdade nem queria, minha família sempre foi meio merda, eu não queria ter que viver aquilo de novo, ainda mais vendo como minha mãe ficou, certamente em relação nenhuma eu seria a versão do meu pai, e o meu medo era virar uma versão da minha mãe. E agora vendo como eu estou me sentindo, estou vendo ela em mim, eu lembro que ela saia doida atrás de coisas pra incriminar meu pai, e certamente ela tava certa, mas não é meu caso, meu consciente manda eu parar de paranoia, mas meu sub consciente fala que a qualquer momento ela vai achar alguém mais legal, alguém que deixe ela mais feliz, alguém mais bonito e ela vai me deixar pra tras. 

Na verdade eu nunca fui seguro 100% de verdade como as pessoas pensam, eu criei um bom personagem pra esconder todas as minhas inseguranças, pra não me colocar em comparação com os outros a todo tempo.  o Arthur sempre foi o príncipe e eu o ogro, se chegássemos juntos em um lugar o olhar ia direto pra ele, eu sempre fui o tímido que ficava no canto e o Arthur o dado, e era assim em todo grupo de amigos que eu tinha, os gostosões e eu, e com o tempo fui usando isso ao meu favor, e quando eu passei a não me importar com nada do que as pessoas falavam, seja lá bom ou ruim, as coisas começaram a virar pra mim, quando você passa confiança mesmo sem esta confiante, isso chama a atenção das pessoas. 

Dito e feito, as pessoas começaram a vim ate mim na intenção de me "desvendar", eu sempre fui na minha, então isso de alguma forma me ajudava, então eu comecei aproveitar disso, eu comecei a estudar, a malhar, e continuar a correr atrás do meu, o que eu sempre fiz,ja que meu pai fez questão de ir embora e deixar toda a responsabilidade da casa pra um garoto de 14 anos. depois que abrir o bar tudo triplicou, os homens que frequentavam eram aqueles de dar cantadas e ficar atrás das menina, e eu por mais que eu quisesse muito eu não ia atrás de ninguém, eu me cuidava e me "valorizava" pra ser interessante ao ver das pessoas e funcionava.

E quando eu conheci a Aisha eu percebi o quanto ela era diferente daquelas meninas que viam ate mim, diferente em tudo, esteticamente e no trejeitos. e agora que estamos juntos oficialmente, esse meu "personagem imbatível" esta se desmontando cada vez mais  e estou me vendo como aquele garoto inseguro de novo... eu sempre fui livre, mas eu esqueci que a Aisha também é.

- Ta triste papai? - A Yuna diz se pendurando nas minhas costas.

- Não sei bem se essa é a palavra.

- E é o que?

- É complicado filha.

- A mamãe disse que você era complicado - viro e o olho pra cara dela com a sobrancelha         erguida - eita, acho que não era pra falar - diz tampando a boca.

- Vai pegar sua roupa pra tomar banho não fique ai nessa - ela sai correndo e dou risada.

...

Ja dei banho e comida pras crianças e agora elas foram dormir, mandei mensagem pra Aisha e ela ainda não respondeu, ela com certeza deve esta brava comigo.

Tomo banho e quando estou indo me vestir ouço meu celular tocar, olho a tela e é ela.

* Oi 


* Que horas é ai? -ela pergunta e olho pro celular.

* 22:30 


DO MEU VENTRE ♡ (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora