CAPITULO QUARENTA E OITO

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GUILHERME

Ja se passaram uma semana e aquela menina não apareceu aqui, eu não sou muito de ligar pras coisas, mas essa eu liguei, pois é no mínimo estranho... não é minha filha, apesar que ela parece ser nova, mas não pra ser minha filha, estou esperando ficar mais tranquilo pra pedir o Christian para descobrir quem é essa menina.

- O rei chegou - levanto a cabeça, pois estava fazendo algumas anotações no balcão, olho e é o Arthur.

- Que milagre foi esse? a mulher tirou das correntes foi?

- Você não perde uma né? ela foi pra casa da família, como eu não sou namorado ainda estou aqui

- Arthur o homem não assumido - falo rindo e ele me mostra o dedo do meio.

- Eu também não queria ir, a família dela é muito entrona.

- Quando vocês vão parar com essas desculpas em? assumam logo essa porcaria, você fica com outras mulheres?

- Nem se eu quisesse

- Então porra, o que falta?... ela fica com outros caras?

- Eu não sei, ela disse que não... mas eu não sei.

- Não va na minha onda não viu, olha o que me fez tomar jeito ai ... e veio dois de vez viu.

- Nem me fala uma coisa dessa, eu acho que a gente ta bem assim... eu realmente queria namorar de verdade, mas acho que não é nossa praia.

- Vocês são adultos, se resolvam - levanto o olhar e vejo a menina entrando no bar - te peguei garota.

- Pegou quem? - o Arthur pergunta olhando pra traz procurando do que estou falando.

- Caio vem aqui

- Ela apareceu?

- Sim olha ali, e esta no mesmo lugar.

- Ela quem gente? compartilhem - o Arthur procura confuso.

- Aquela menina ali, esta vem aqui sempre, e perguntou por mim, quando fui falar com ela, quase caiu no chão de tão nervosa que ficou.

- Eu conheço aquela menina - ele diz olhando na direção dela.

- Conhece de onde?

- Ela foi na academia, ela não me disse nada, mas eu vi ela observando a gente treinando lá, eu achei que era mais alguma tarada... eu estranhei porque geralmente são as velhinhas que ficam lá tirando foto, mas achei que estávamos encantando a nova geração - acho que o Arthur puxou esse humor da mãe dele, porque não é possível, do meu pai que não foi.

- As vezes eu queria ser você - falo rindo - Eu vou lá.

- Tem certeza chefinho? - o Caio pergunta.

- Sim, não vou ficar com purga nenhuma atrás da orelha por uma pirralha dessa.

- Eu vou também - o Arthur diz levantando - se tiver barraco eu quero esta presente - reviro os olhos e sinto ele vindo atrás de mim.

...

- Boa noite - falo e ela olha diretamente pro Arthur, nada de novo até ai - posso sentar?

- Pode - ela diz tão baixo que mal da pra ouvir, mas eu sento e o Arthur também.

- Quem é você?

- Como assim? - ela pergunta como se tivesse ofendida.

- Você é pequena mas não é invisível... eu sei que você esta vindo aqui varias vezes, alguma delas perguntou por mim, sei que você foi atrás do Arthur também na academia que ele treina, o que você quer?

- Eu não quero nada

- E esta fazendo isso porque? nossa família tem um fã-clube e eu não sei? - o Arthur se mete na conversa.

- Não... eu ... - ela parece que vai ter um piripaque a qualquer momento.

- Fala logo garota

- Ta bom eu vou falar, eu sou a Kemilly ...- Vejo a feição do Arthur fechar do nada.

- E? - pergunto

- Ela é a nossa irmã - o Arthur diz serio encarando ela.

- Nossa irmã? - levanto da cadeira e a menina so falta correr, ela esta com uma feição de medo, sei que minha feição não é a mais amigável de todas, e com certeza agora eu não estou tentando fazer isso.

- Sim, nosso pai falou esse nome, como eu não pensei nisso antes.

- E o que você esta fazendo aqui? veio ver como sobrevivem os abandonados? estamos muito bem obrigado, agora ja viu pode ir embora - falo e saio de peto deles, a raiva que eu sentia do meu pai voltou totalmente agora, eu sei que ela não tem culpa, mas não consigo evitar.

- O que foi aquilo? - o Arthur diz vindo atrás de mim - ela não tem culpa cara.

- Eu não me importo cara - falo imitando a voz dele.

- As vezes ela so quer conversar, releva... ela não é ele

- Você resolveu abrir fã clube pra ele desde quando? esqueceu de tudo foi? mas pra você foi tudo mais fácil né?!

- Nem vem Guilherme, sofremos de maneira diferente, eu sei o que você passou, mas você tinha sua mãe que te amava, eu passei a minha vida inteira sendo o rejeitado pelos pais, e a ovelha negra da minha "mãe adotiva", que me odiava e so me criou por outros motivos, e nenhum deles foi inclusivamente por minha causa, então abaixa a bola - olho pra cara dele e não consigo dizer nada.

- Fala pra ela ir no meu escritório - falo e saio, mas vejo a garota saindo do restaurante e o Arthur indo atrás, por sorte hoje o restaurante esta cheio mas o bar esta vazio, e as pessoas que estão aqui, estão preocupadas com outras coisas e não com a minha vida.

...

Alguém bate na porta e so falo entra, porque ja sei quem é, ela e o Arthur entram e ela fica estática parada na porta.

- Senta, ele parece que morde mas so parece mesmo - ela passa por ele e senta na minha frente.

- Você vai começar por onde?

- Guilherme - o Arthur me repreende, queria ser o mostro que as pessoas tanto acham.

- Quer uma agua? - pergunto por livre e espontonia pressão.

- Quero - dou a agua e ela bebe.

- Agora começa

- Eu não sei por onde começar

- Pelo começo seria perfeito.

- Mas eu não sei onde é o começo.

- Quem é sua mãe?, qual idade você tem? ... coisas assim e o principal o que te fez vim atrás da gente - o Arthur diz e ela respira fundo pra começar a falar.

DO MEU VENTRE ♡ (CONCLUÍDO)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant