A desolação do reino

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  Em um grande reino, nomeado de Zlato, era o momento onde seu povo comemorava o nascimento do novo membro da família real. Todos os dragões do reino juntaram-se à frente dos portões do castelo, esperando ansiosos pela chegada da herdeira do trono. Rei Kirion, um dragão dos cogumelos, aliado do clã dos elfos da floresta, ao lado de sua esposa, Yaria, a dragão da floresta, aliada do clã das fadas do bosque, ambos ansiavam pela chegada de sua pequena.

  O ovo então, começa a rachar, e de uma pequena ruptura na casca, surge uma pequena íris castanha, e logo, o ovo se rompe, revelando um pequeno e frágil dragãozinho dourado.

  O ovo então, começa a rachar, e de uma pequena ruptura na casca, surge uma pequena íris castanha, e logo, o ovo se rompe, revelando um pequeno e frágil dragãozinho dourado

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  A rainha, emocionada e com seus olhos lacrimejando, pega a bebê em seus braços, e a leva até a sacada da torre. Sua alteza, observa seus súditos e começa a anunciar:

-A herdeira do trono, nasceu! E seu nome será digno de sua realeza! Loren, será o seu nome! Vossa filha, princesa do reino de Zlato!

  Terminado o pequeno discurso da rainha, todos os dragões se põem a curvar-se em reverência a princesa Loren, e muitos desejavam que seu reinado fosse tão próspero e pacífico quanto o de seus pais.

  Uma festa foi organizada para comemorar o nascimento da garota, todos os dragões de todos os reinos foram convocados para presenciar o milagre da vida da pequena princesa. Três dias de festas foram preparados, assim, atraindo outros seres, que eram aliados e convidados dos dragões, para que assim, participassem das comemorações. Os dias que se passaram foram de pura alegria! Há anos, o reino esperava pela benção de ter uma herdeira. Elfos, fadas, trolls, bruxas e gnomos, esses foram os convidados para participar da grande festividade como convidados dos dragões. A princesa a todo momento era vigiada por dois guardas e por sua babá, uma fada do campo, a qual era a melhor amiga da rainha, enquanto suas majestades participavam das comemorações com os outros adultos.

  Mas naquela festa... Haviam duas impostoras, que outrora foram muito próximas do rei, mas por conta de sua ganância, desejavam tomar o trono desse dito cujo. Foram expulsas do reino por traição, e assim sendo, exiladas para os confins do pantano da medusa.

  Quimeras, essas foram as traíras...

  Aos poucos, adentraram cada vez mais o castelo em busca da vingança perfeita, tirar o que era de mais precioso para o rei e a rainha... Seu pequeno milagre. Portanto, no último dia de festa, quando todos já estavam adormecidos e exaustos, as quimeras deslocaram-se ao corredor do quarto da princesa, disfarçadas de rei e rainha.

-Alto! Quem vem lá! - se exalta o dragão de mármore - A-ah vossas majestades!
-O que fazem aqui?! Não deveriam estar na festa, meus senhores? - indaga o dragão de prata.
-Resolvemos visitar nossa pequena. - diz o "rei".
-Ela deve estar faminta - diz calmamente a "rainha".
-Pois bem - termina o guarda, assim como o outro, abrindo passagem para ambos atravessarem para o quarto.

  Assim que o fizeram, pegaram a bebê no colo, e antes de haver qualquer reação por parte da babá, pularam da janela da torre.

  A fada, desesperada, tentou seguir as quimeras, mas essas foram muito rápidas, com suas asas de gavião, voaram rapidamente para longe do reino, e com a pequena princesa Loren em seus braços.

  Ao amanhecer, já se encontravam a milhares de quilômetros da ilha a qual estava o reino de Zlato, agora se encontrando dentro da floresta da depressão, um lugar isolado, em uma ilha habitada somente por monstros e criaturas horrendas das mais inimagináveis, as quais não conseguiam conviver pacificamente, por isso, assassinatos eram bem comuns nessa região. Essa ilha é coberta pela malícia e o pecado dos homens.

-Pirralha inútil! - rosna Ponika com desgosto - seu pai foi tão inútil quanto você é! Espero que não nos dê mais trabalho! - termina ao enrolar novamente Loren em um paninho com vários cristais desenhados.
-Vamos embora Ponika, deixe essa pequena aberração aí! Vamos logo, este lugar me dá arrepios! - choraminga Loni.
-Claro Loni, mas antes, temos de ter certeza que o rei não irá achar sua tão preciosa filha - menciona ela - vê este colar? Eu o peguei com a Cassandra, ele irá ocultar essa pirralha para qualquer dragão que se aproximar dela, eles só a verão como mais uma dragãozinho do sol amarelinho, hahahahah - termina ela, enquanto Loni, também gargalha da situação.
-Mas Ponika, e se ela acabar por tirar?! - considera Loni, com sua voz já trêmula.
-Ela não irá! Cassandra me garantiu que a magia da própria pirralha vai manter ela oculta.

  E, ao colocar o colar, o mesmo se prendeu à pele de Loren, como uma se fosse marca de nascença comum e assim, a transformando em uma half-human.

-Agora sim! Podemos ir sem medo.

  Então, logo após deixarem a bebê adormecida aos pés de uma macieira, as duas quimeras alçam voo, partindo para longe daquela floresta.

  Então, logo após deixarem a bebê adormecida aos pés de uma macieira, as duas quimeras alçam voo, partindo para longe daquela floresta

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Algum tempo depois

  Um pequeno grifo, sobrevoava pelo local onde a pequena Loren se encontrava, ainda dormindo calmamente, ele avista um pequeno cobertor distante, e aproxima-se para ver do que se tratava, se deparando com a bebê dourada.
Ele a pega com cuidado e de maneira desajeitada, olhando para todos os lados em busca de avistar os pais da criança, mas sem qualquer sucesso.

–Levarei você até a mamãe, ela vai saber o que fazer! - anuncia ele alçando vôo novamente, indo cada vez mais fundo à floresta da depressão.

  Chegando em sua casa, ele grita desesperado para sua mãe, que prontamente vem o acudir:

–Mamãe! Olha o que eu achei! - anuncia e logo estende o bebê em seus para a sua mãe, que a pega cuidadosamente, retirando-a dos braços do pequeno grifo.
–Onde você achou este bebê, Timor? - ela o questiona.
–Achei no início da floresta, aos pés da grande macieira!

  Ela observa o rosto da pequena bebê em seus braços.

–Vamos ficar com ela mamãe?! - pergunta ele, já entusiasmado.

  Ela olha para a bebê em seu colo, logo volta o olhar para seu filho, e balbucia:

–B-bem... E-u...

Continua...

Cassiopeia - E A Alma De ZlatoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora