055 - lovely

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- Tudo bem

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- Tudo bem. - Falei passando a mão em seus cabelos.
- Eu e o Steve vamos te ajudar. - Falei com calma e ele passou a mão em meu rosto.
- Olha o jeito que ficou, nunca vou me perdoar, sou péssimo. - Ele falou e eu passei a mão em seu rosto limpando as lágrimas.

- Que besteira Edward, você precisa de ajuda, só isso, não se culpe por isso. - Falei e dei um selinho no garoto.
- Eu vou colaborar, eu prometo. - Ele falou sorrindo.
- Eu sei que vai, você se comporta, só não gosto de você mexendo com essas coisas. - Eu sorri e uma lágrima escorreu por meu rosto.

- Agora você tem que ir embora com o Steve, ele vai cuidar de você até eu sair daqui. -  Eddie assentiu.

[2 semanas depois...]

Eu já estava em casa, Eddie estava se recuperando, eu ainda ficava de olho pra manter ele longe das drogas, ele estava ficando em casa comigo, porém meu pai não sabia do motivo.

Entrei no quarto de visitas, meu pai é liberal, mas não o bastante pra deixar Eddie no mesmo quarto que eu.
- Oi gatinha. - Ele falou e sorriu, ele estava deitado, eu pulei em cima dele na cama.

Vendo como estávamos ninguém imaginaria oque passamos nas últimas semanas, principalmente em sua primeira semana sóbrio, ele ficou completamente fora de si, ele quebrou quase toda a mobília do quarto, ele tentou fugir, ele vomitou muito, ficou agressivo.

Ele ganhou peso durante esses dias, ele estava mais bonito e com as olheiras não tão profundas quanto antes, eu passei a mão em seu rosto e prestei atenção nos detalhes, ele era lindo, ele deu um sorriso.

- Queria sair. - Ele falou e eu me endireitei na cama.
- Não sei se você já pode, tenho medo de algo acontecer. - Falei preocupada e ele fez que não com a cabeça.
- Eu estou melhor, já fazem quase 15 dias que estou sóbrio. - Ele falou e eu estremeci só de pensar na ideia dele voltar ao que estava antes.

- Tem certeza? Se algo acontecer você vai voltar ao oque era antes e vai passar por todo esse processo doloroso novamente.
- Tenho Demi, eu não quero viver assim, sozinho isolado, preciso voltar a sociedade, já faltei muito a escola e você também, eu estou te prejudicando, você não está cansada de ficar aqui só me olhando o dia todo?

- Eu jamais me cansaria de ficar aqui te olhando o dia todo, você é tudo pra mim, você sabe que eu te amo. - Falei e sorri sem mostrar os dentes.
- Também te amo, tanto que dói. - Ele falou e meu deu um beijo demorado, ele pediu a passagem para a língua e eu concedi.

Primeira vez que o beijava em dias, semanas, um beijo de verdade, um beijo com intensidade, eu interrompi o beijo e sorri grudando nossos narizes.
- Aonde quer ir? - Perguntei baixinho. - Você pode me fazer uma surpresa.

- Não sou bom com surpresas. - Ele falou e sorriu.
- Algum lugar que você goste, já está bom.
- Tudo bem, eu tenho um lugar em mente.

Saímos da cama e eu dei a mão o puxando, descemos as escadas e meu pai não estava em casa essa semana, ele passava mais tempo com a gente porém ainda viaja a trabalho com frequência, entramos no carro e eu estava no volante.

- Aonde vamos? - Perguntei.
- No cinema. - Ele falou e eu assenti, então comecei a dirigir pro cinema, talvez um pouco óbvio, mas poderíamos finalmente ver um filme como um casal decente, a verdade é que não importa o local que estamos, o melhor é sua companhia.

Paramos em frente ao cinema e descemos, ele segurou minha mão quando estávamos indo em direção ao cinema ele desviou e foi até um beco ao lado do cinema, tinha uma escada eu olhei pra cima e ela ia até o teto, paramos em frente à escada e eu ergui uma das sobrancelhas.

- Que isso? - Perguntei.
- Vamos subir, sobe primeiro. - Ele falou e sorriu.
- Só quer ver minha bunda né? - Falei e ri. - Eu deixo só porque você é meu namorado.
Falei e então fui na frente subindo as longas escadas.

Cheguei ao terraço e esperei o garoto que não demorou a chegar porque estava logo atrás, ele me deu a mão e me puxou até o parapeito, não sentamos lá pois havia espaço o suficiente para cabermos, olhei para o horizonte e eu podia ver toda a cidade, o sol estava quase se pondo.

Era lindo, eu nunca vi uma vista tão linda, eu segurei sua mão forte com medo de cair, olhei pra baixo e era bem alto, as pessoas andavam em baixo de nossos pés entrando no cinema.
- Você me perguntou de algum lugar que eu goste, bem eu gosto desse lugar, só que meu lugar favorito vai ser sempre ao seu lado, não importa aonde eu esteja, se você não estiver, nunca terá graça.

Ele falou e eu abri um sorriso largo, coloquei minha cabeça em sem ombro e me aconcheguei, era bons momentos assim, fizeram falta quando ele estava se recuperando, ele ainda não estava 100% porém estava se recuperando e isso já melhorava tudo.

- Também sinto isso, só é bom se for contigo. - Falei e dei um selinho no garoto e logo voltamos a olhar o horizonte.
Era tão bom sua companhia, ele fazia tudo ficar melhor, mesmo nos momentos difíceis eu ainda ficava feliz por estar ao seu lado, com certeza era ruim ver ele quando ele estava viciado, porém era reconfortante a sua presença.

Ficamos lá por um tempo, talvez horas, conversando, olhando o por do sol, apenas curtindo nossa própria companhia, sem nada muito sério, fazia falta momentos assim, apenas conversando, eu estava viciada nele, isso era um fato e ele era viciado em drogas, oque eu poderia fazer? o amor da minha vida era assim e eu não poderia larga-lo.

Eu também tenho meus defeitos e em momento nenhum ele desistiu, de fato éramos quebrados, porém era melhor quando éramos quebrados juntos, doía menos .

Eu também tenho meus defeitos e em momento nenhum ele desistiu, de fato éramos quebrados, porém era melhor quando éramos quebrados juntos, doía menos

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(Revisado)

MEU CASO PERDIDO - EDDIE MUNSONWhere stories live. Discover now