Sequestro da Tentação - Livro I

Capítulo 1

Alexia Gray.
(Foto acima de Alexia Gray)

Eu estava desesperada. Meus pulsos estavam amarrados extremamente forte, meus olhos estavam cobertos por um pedaço de pano macio e meus pés estavam descalços.

Solto um gemido de dor quando sinto meu pulso ser cortado e sinto uma gota de sangue escorrer pelo meu braço. Desisto de tentar me soltar e a maciez da cama pelo menos me deixa confortável.

- Que bom que parou de tentar se soltar. Estava ficando agoniado com você tentando. - uma voz grossa e rouca se pronuncia

- Quem é você?!

- Eu que pergunto, quem é você? - escuto seus passos pelo cômodo

- Você já sabe quem eu sou. - digo raivosa - Me solte.

- Como se pede? - pergunta risonho

Filho da...

- Por favor. - peço impaciente

- Você é estressadinha. - vem até mim e começo a ficar nervosa - Não fique nervosa gatinha, não vou fazer mal a você.

Ele toca meus pulsos e desamarra os nós, rapidamente levo minhas mãos aos meus olhos, quando não sinto mais as cordas e puxo com tudo a venda.

Saio da cama e sou agarrada por dois homens de terno, o moreno de cabelo grande vem até mim e ele me analisa. Seu dedo indicador e polegar tocam meu queixo e me afasto do seu toque.

- Sou Mason Turner.

Continuo calada só o observando.

- Não vai dizer seu nome? - pergunta com uma sobrancelha arqueada

- Você já sabe. - digo empinando o nariz - Um sequestrador não sequestra suas vítimas sem saber nada sobre ela.

- Você tem razão gatinha. Você tem a pura razão. - sou solta dos braços dos brutamontes - Mas você não é uma vítima.

- Então o que eu sou? - vou olhando seus passos

- Um prêmio de ouro. - sorrir e me recomponho

- Eu não sou um prêmio.

- Para mim é. - rir baixo - Você não sabe o valor que tem, Alexia.

- E nem faço questão, Mason. - debocho

- Você quer morrer?

- Quero sim.

- Como?

- Eu quero morrer porque a porra da vida não faz sentindo, ela não presta, não funciona para mim. Então qual é o sentindo de viver ela se não quero ela?

- Boa pergunta Alexia mas, você não pode se matar por causa dos seus distúrbios. - diz me observando

- Posso sim. A vida é minha e faço o que quiser com ela. - digo me preparando pra correr - Mas eu ainda sou muito nova pra morrer, gatinho.

Chuto a cara do homem careca e dou uma cotovelada no peito de outro, abro a porta do quarto e desço as escadas correndo enquanto os brutamontes correm atrás de mim.

- Peguem ela! - grita do andar de cima

Quando estou quase alcançando a porta, caio no chão com um grito quando recebo um tiro na perna. Solto vários palavrões enquanto meu sequestrador se aproxima com a arma do lado do seu corpo.

- Não tive outra escolha. - se agacha do meu lado

- Você ia atirar em mim de qualquer jeito. - digo com puro ódio

- É. Eu ia mas, ainda bem que você sabia. Ia estar preparada para a dor. - aponta pra minha ferida - Levem ela para cima.

- Eu posso muito bem ir sozinha. - digo já sentada

- Com essa perna desse jeito? - solta uma risada - Não vai nem conseguir se levantar.

- Ah mas, eu consigo. - me levanto com um pouco de dificuldade e fico cara a cara com ele

- Boa. Agora você só precisa subir as escadas. - a ponta da arma encosta na minha testa

- Você é bem saidinho. - mostro o dedo do meio pra ele

Sinto uma pressão na minha cabeça e sinto o sangue escorrer, olho para Mason e seu sorriso macabro me faz ter uma noção do que eles tão fazendo. Acabo apagando no chão.