• Isaac Lahey "Complicado"

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Pra quem não sabe das coisas, clavícula é essa área que tá ai na mídia

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Sinto as lágrimas descendo pelas minhas bochecha seguindo em caminho para meu queixo e as seco, mas não adianta de nada pois outras começam a se formar em meus olhos.

Sinto o vento gelando meu rosto através das cortinas meio abertas e fecho meus olhos numa tentativa falha de acalmar minha respiração. Me assusto com um barulho de algo batendo no chão do meu quarto e abro os olhos instantaneamente.

— Foi mal entrar por aqui, eu só... parece que não vim num bom momento — o garoto loiro completou assim que se virou para mim percebendo as lágrimas no meu rosto.

O olho assustada. Que sem noção entrar assim, do nada. E se eu estivesse me trocando?

Ao perceber meu silêncio o garoto torna a falar:

— É melhor eu... — diz gesticulando apontando para a janela logo andando até ela e se preparando pra sair.

— Isaac, espera — ele me olha — Fica.

O loiro se afasta da janela, faço sinal para ele se sentar na cama e o mesmo obedece.

Ficamos por alguns minutos que eu julguei serem horas em um silêncio desconfortável e então me dei conta de que isso foi uma péssima ideia.

— É... — começou, fazendo eu desviar a atenção de minhas pernas para ele. —
Por que estava chorando? — foi direto. — desculpa pela invasão de privacidade, tanto por entrar no seu quarto, quanto pela pergunta, mas acho se me falou para ficar, eu ao menos devia saber!

Suspiro sabendo que ele estava certo e que eu não poderia evitar essa pergunta.

— Que tal um resumo? Minha situação com a minha mãe é meio... complicada. — ele apenas acena com a cabeça, sei que sabe que não quero me aprofundar no assunto.

Acho que ele entende, eu sei que pai dele era bem ruim, aliás, que pessoa que coloca o próprio filho num freezer pode ser chamada de "pai"?

— Eu sei que... é uma pergunta idiota e bom, não precisa responder — ele me olhou curioso por cima do ombro — você já teve uma boa relação com ele? Seu pai — ele arqueia as sobrancelhas e abre um pouco os lábios

— Bom, é meio...

— Complicado? — pergunto e ele sorri de canto assentindo. Não ia insistir no assunto mas ouço ele continuar a falar.

— Ele nem sempre foi assim. Eu lembro um pouco, antes da mamãe e Camden morrerem, podia até se dizer que ele era... bom. — fez uma pausa — Ele me ensinou a nadar. — outra pausa — Mas eu acho que depois de todas as pancadas e as horas no freezer, meu cérebro meio que apagou quase todas as lembranças felizes.

Me arrasto no colchão sentando ao lado dele e acariciando sua mão como gesto de conforto, ele tenta apoiar sua mão em meu ombro mas no momento em que encosta reclamo de dor e ele se afasta imediatamente.

Sei que nada que eu diga possa melhorar a situação então o máximo que eu posso fazer é dar apoio.

Não deve ter sido nada fácil pro Isaac falar isso, sinceramente nunca o vi falando nada sobre o pai. Pensando nisso, respirei fundo e tomei coragem pra falar:

— A coisa com a minha mãe é mais psicológica, por mais que às vezes tenha partido pra física — sussurro a última frase. Ele me olha, escutando atentamente me esperando continuar. — No dia a dia, a gente geralmente se ignora, ela só faz um comentário ou outro sobre mim as vezes, e eu estou acostumada. Mas as vezes a gente briga, briga feio. Algumas dessas brigas terminam com ameaças, outras de um jeito pior, foi assim que eu consegui isso. — levanto um pouco a blusa mostrando a cicatriz que havia.

Ele olha para o local e eu rapidamente abaixo a blusa.

— Sinto muito por não poder fazer nada — sinto a sinceridade na sua voz. Apenas olho pra ele sorrindo sem desgrudar os lábios.

— Na verdade, eu adoraria uma massagem — digo passando a mão pela minha clavícula — dói tanto — faço drama. Ele revira os olhos e sorri fazendo sinal para que eu me deite e eu obedeço tirando o suéter que estava vestindo e ficando de bruços.

Assim que ele coloca a mão na minha pele incomoda um pouco, tanto pela dor quanto pelas suas mãos frias entrando em contato com minha pele quente, mas a dor passa quando ele começa a massagear. Ele puxa a alça da minha blusinha para o lado para deixar a área livre e continua.

— Posso fazer só mais uma pergunta?

— Contei pra você sobre minha mãe, não tenho mais nada a esconder, vá em frente.

— Machucou o ombro em uma briga com a sua mãe?

— Não.

— Então como foi?

— É... ah merda, é vergonhoso, eu não quero dizer.

— Acabou de dizer que não te nada a esconder.

— Eu deveria ter dito que foi por causa da minha mãe — resmungo — Tá, eu falo, mas tem que me prometer que não vai rir. — ele fica em silêncio por um momento.

— Eu não posso prometer isso.

— Isaac!

— Okay, eu prometo!

— Bom... eu estava praticando para o teste de líder de torcida — digo quase num sussurro e ouço ele abafando uma risada. — Você prometeu!

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No dia seguinte na aula de biologia meu olhar se cruza com o do menino loiro e mando um sorriso para o mesmo que retribui.

No final da aula quando saio da sala o encontro me esperando sair.

— É... você está bem? Está melhor? — pergunta me acompanhando até meu armário.

— No emocional, — abro meu armário guardando uns livros e o olho — não tanto. Já no físico, — giro o ombro para os dois lados — incrivelmente melhor. Garoto, você tem mãos de anjo!

— É um dom. — dá de ombros se gabando.

 — dá de ombros se gabando

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[Notas finais]

Eai? Como 6 tão?

Achei a ideia boa, a execução não tanto.

Não sou de escrever coisa triste/séria sla

Mas enfim, desculpa qualquer erro ortografico, adoro vcs e até a próxima torrões de açúcar

Imagines Teen wolfDove le storie prendono vita. Scoprilo ora