Capítulo cinquenta

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– “Visita da madrugada” –

Sn Pov's

Filha! – Meu pai fala se abaixando e me abraçando já que eu estou menor

Pai! – falo retribuindo o abraço

Como a minha filha favorita tá?

Eu sou filha única

E continua sendo minha favorita – sorri e disse

Senti saudades! Por onde você esteve?

Resolvendo umas coisas, coisa de trabalho sabe? Entediante, que tal irmos brincar juntos agora?

Sim mas só se você me prometer nunca mais ir embora – estico o dedo mindinho

— Fechado – ele aperta meu mindinho

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— Papai eu tirei uma nota boa

— Ae sim, minha filhota é inteligente, puxou ao pai

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— Feliz aniversario, tá ficando velhinha!

— Ainda sou mais nova que você

— Que nada

Acordei no meio da madrugada, ouvi a zuada de passos se aproximando do meu quarto. Peguei o abajur que tinha do lado da minha cama e levantei, acendi as luzes e vi meu pai?!

Que merda você tá fazendo aqui?!

— Eu? Vim fazer uma visita, sentiu muitas saudades?

— Como vou senti saudades? Você nem sumiu e me largou sozinha – falo irônica

— Vamos deixar isso no, você ia tentar me matar com um abajur?

— Legítima defesa, você ainda não respondeu; o que você tá fazendo no meu apartamento no meio da noite?!

— Noite não, madrugada já é quatro e vinte e sete e você mesma diz, três da manhã até seis é madrugada a manhã só começa as sete e qualquer coisa antes disso é considerado um crime

— Engraçado, você cometendo um crime em horário de crime, responde logo o que você tá fazendo aqui?! – falo colocando o abajur no balcão da cozinha

— Basicamente vim de visitar, foi bom você ter mudado para esse apartamento, na sua antiga casa eu não consegui entrar para falar com você – ele fala abrindo a porta da geladeira e pegando um pacote de balas

— Que tal mandar uma carta? Tipo: filha tudo bem com você? Sou eu, seu pai, estou com saudades vou te visitar daqui a um dia mas não prefere invadir meu apartamento e comer meus doces que foram caríssimos por sinal

— Eu sinto muito ter sumido por todos esses anos

— Você me abandonou!

— Mas eu tô aqui agora para ser alguém melhor vamos botar o papo em dia, tá namorando?

— Pai eu não tenho quinze anos, a vida é mais que namorados

— Quem é?

— Minha colega de trabalho – falo sentando na bancada

— Espera, colega?

— A você não sabia? Eu sou Bi, e nem pense em fazer um escândalo que nem minha mãe

— Jamais! Isso é ótimo, se você tá em um relacionamento com uma garota não vai engravidar, só coisa boa

— E você achou alguém interessante depois da minha mãe?

— Qualquer um é mais interessante doque ela – ele fala colocando um doce na boca e me encarando — Foi mal, ela ainda é sua mãe

— Infelizmente, mulher chata da porra, não tinha gente melhor par colocar esperma não?

— Naquela época não

— E como vocês se conheceram? – falo pegando uma das balas

— Isso é sobre você não mim

— Conta ai

— Tá bom, uma festa, bom, ficamos bêbados e rolou, no dia seguinte eu passei meu número e ficamos nós encontrando por um tempo

— Ainda bem que eu não vou para festas

— Aham sei, eu tô de olho nas suas redes sociais e a das suas amigas

— Virou stalker?

— Quando se trata da vida da minha filha óbvio que sim, eu me preocupo. Você namora a ruivinha ou a morena?

— Não conta para ninguém, a Ruivinha, Sadie

— Vai me apresentar?

— Nunca, sem ofensas mas você sumiu a minha vida toda e aparece agora sem mais nem menos querendo conhecer a minha namorada

— Já entendi, a propósito; você é uma ótima atriz, eu sempre soube que você seria ótima assim

— Valeu – falei sorrindo fraco — Acho que vou voltar para cama

— Boa noite

— Boa noite, sai pela porta não usa a janela de novo não que faz muita zuada

— Sem Problemas – vou pro quarto e deito, fecho os olhos e fixo me remexendo na cama tentando pegar no sono

Acordo morrendo de sono, meu pai não estava aqui, nenhum bilhete, nenhum recado, nada, será que foi só um sonho? As coisas realmente nunca mudam. Tomo um banho rápido e pego a escova para escovar os dentes, ouço a campainha tocar, abro a porta e vejo Sadie

— Bom dia – ela fala, sorrio e vou pro banheiro

— Bom dia – falo lavando a escova

— Alguém veio aqui ou coisa assim? – ela pergunta sentando no banco próximo a bancada

— Não, porque?

— Sei lá, você deixou um abajur na cozinha

— A isso, acordei no meio da noite e queria água, tava com tanto sono que achei que se trouxesse o abajur iluminaria, não deu muito certo – falo e ela rio. Ficamos conversando juntas até dá o horário de irmos até o set, chegamos lá e vimos Caleb e Finn

— Eae meninos – falo me aproximando deles

— Oioi

— Oie – Gravamos algumas cenas que estavam atrasadas e depois fui para casa de Sadie

𝘜𝘔 𝘈𝘔𝘖𝘙 𝘋𝘌 𝘚𝘌𝘛 | 𝘚𝘈𝘋𝘐𝘌 𝘚𝘐𝘕𝘒 Where stories live. Discover now