Capítulo oitenta e oito

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– “Diário” –

Sn Pov's

Passei o isqueiro em cima da página e foi revelando algumas palavras, depois de alguns minutos disso já conseguiamos ler a página inteira

— Sn e Allyssa, eu acho que vocês tem o total direito de saber o que aconteceu com a família, e é por isso que eu vou explicar tudo, contar tudo do início.
Sua mãe e eu fomos prometidos um ao outro, nossas famílias obrigaram a gente a se casar aos quinze anos, sua mãe achava horrível e me odiava com todas as forças enquanto eu amava que os meus pais reparacem em mim e não só no tio de vocês, então, nós nos casamos forçadamente.
A avó de vocês adoeceu, ela estava muito mal e acabou falecendo, em menos de dois meses o avô de vocês faleceu também, só tinha minha mãe, meu pai e meu irmão que ainda faziam a gente manter o maltido casamento.
Começamos a brigar, as brigas ficaram cada vez mais frequentes e só ia piorando, eu acabei me metendo co.m uma gente não muito boa, eu preferiria contar pessoalmente a vocês, mas, se vocês estão lendo isso, tem um motivo. Eu acabei me metendo com drogas, roubos e até entrei em uma gangue, a mãe de vocês claro, odiava isso, depois de muitas e muitas brigas, minha mãe morreu, e meu irmão e meu pai? fugiram juntos, ninguem sabe o que aconteceu com eles dois
A mãe de vocês ficou com a Sn e eu com a Allyssa, ela me expulsou de casa e eu continuei com o negócios vendendo drogas e roubando, acabou tudo dando certo, e eu tinha um jeito de poder cuidar da Allyssa, nós mudamos para o Texas, quando a Allyssa fez nove anos fomos pra o Brasil, dez anos, Califórnia, onze anos, Los Angeles, Doze anos, new york, Treze anos, Paris e assim foi, a todo estante estavamos nos movendo e eu perdi o contato com Sn, mas, todo aniversario eu mandava presentes, todo mês cartas, e todas as semanas eu ligava pra a mãe de vocês, ela sempre recusava e me ignorava e eu acabei desistindo das ligações, mas nunca parei de enviar os presentes e as cartas, acredito que vocês se mudaram mas nunca desisti de tentar manter o contanto – eu li tudo e um silêncio se estabeleceu na sala

— Ok – Sadie disse — isso é muita loucura

— Eu acho que tô alucinando – falei relendo as palavras

— Nós três então

— Vamos continuar lendo, quanto mais rápido isso acabar Melhor – Sadie falou

— Ou pior né, vai que tem um crime ai no meio – passei o isqueiro de novo e voltei a ler

— Você provavelmente não entendeu sobre o incêndio no começo, eu incêndiei a casa dos meus pais quatro meses depois que eu e sua mãe casamos, eu surtei completamente, a casa inteira queimou, não que eu ache que você vá querer visitar, mas, nunca se sabe. Aqui tem um endereço – falei apontando

— Amanhã vamos lá – Millie disse

— Tá louca? Pegou fogo sua maluca, já tem fogo no rabo ainda quer ver mais? Não eoem – Sadie rebateu

— Misericórdia, vamo lá sim, vai ter só cinzas

— E tu quer ver cinza? Vocês são malucas? Não é possível

— Qual é? A gente só quer ver – Millie disse fazendo biquinho

— Vamos voltar aqui – falei voltando a ler — Dentro da casa havia um bebê e eu não fazia a menor ideia, seu tio, eu não sabia que teria um irmão, e eu o matei sem querer – fiquei em choque durante alguns minutos mas depois continuei — tudo o que eu sei é que seu nome seria Michael John, minha mãe traio meu pai e ele era fruto de uma traição

— Beleza, sua família é um caos – Millie comenteu e eu dei uma risada

— Concordo, me dêem os sobrenomes de vocês – falei voltando a ler — Sua mãe acabou sendo internada em um hospicio alguns meses antes de vocês nascerem, ela conheceu uma mulher que estava grávida também, Rita, mãe da futura Sofia que ela queria a todo custo que fosse amiga de vocês – Travei, seria possível?

— Espera, Sofia? – Elas falaram juntas

𝘜𝘔 𝘈𝘔𝘖𝘙 𝘋𝘌 𝘚𝘌𝘛 | 𝘚𝘈𝘋𝘐𝘌 𝘚𝘐𝘕𝘒 Où les histoires vivent. Découvrez maintenant