028 - Colaborando com a tutela

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O centro de assistência social
A compaixão do grupo
Conhecendo um pouco sobre Ella
Yann, solicita conselho aos pais
Confirmando a intuição de Hull


Centro de Assistência Social, Fortis I, Região Sudoeste.

Ao chegarem ao centro de assistência social, a menina não queria entrar deitada no pod de assistência e se esforçou a andar. Levantando-se e se segurando em Yann, seguiram juntos a comitiva. A médica informou que, inicialmente, teria dificuldade de se locomover, devido efeito da droga, mas logo ficaria bem. A menina não sentia fome, possivelmente, fora alimentada com algum pacote de nutrição de alta classe, produzindo sensação de saciedade por longo tempo.

O setor de recepção[1] era agradável. A sala, modernamente decorada e espaçosa, dispunha de agentes humanos prestando atendimento em elegantes baias de serviço. O grupo, passou por esse amplo recinto de entrada e, continuaram sendo, guiados a parte interna. Logo, chegaram a charmosa área ao ar livre, com conjunto comum, encontrado nesses lugares em Amicitia: integração perfeita de jardim florido, mini lago e chafariz.

Yann reparou que esse parecia ser um padrão. Nas áreas externa e interna, que acompanham espaços de bem-estar, na maioria das vezes, estavam presentes pequenos vergéis, superfícies aquáticas ou fonte artificial, decorada com modelo de construção ornamental de diversos tamanhos, esguichando água sob iluminação colorida.

Ao seguirem por esta área, Yann notou, próximo aos espaços ajardinados, vários brinquedos e infraestruturas para entretenimento infantil. Atravessando esse ambiente, chegaram a outro espaço de bem-estar, mas desta vez, confortável tribuna circular ao centro, hospedavam mini setor de serviços, sofás e ambiente de escritório anexo.

Nessa varanda, havia vários agentes em uniformes casuais que pareciam monitorar as crianças que brincavam nessa área externa. Ao perceberem o grupo, uma senhora de meia-idade se aproximou e conversou com o sênior que estava nos guiando. Outra jovem simpática, levou-nos até a um grupo de sofás, nos serviu bebidas e pediu-nos para aguardar.

Nas fronteiras desta área externa, Yann podia ver outras edificações e imaginou serem as acomodações. O lugar estava cheio de atividade, com crianças de diversas idades brincando ao redor. Era possível ver, pouco mais distante, alguns lugares para práticas de esportes e espaços afins.

Yann percebeu que a conversa entre o sênior e a senhora de meia-idade terminara. O sênior saiu sem se despedir, voltando pelo mesmo caminho que nos trouxe, enquanto a senhora veio nos atender.

Ela se apresentou como a assistente sênior responsável pelos registros, sem dizer seu nome e informou que iria iniciar os procedimentos após analisar o caso. Solicitou que ficássemos a vontade para olhar ao redor, não iria demorar. Ela voltou para o centro da varanda, no espaço destinado aos escritórios. Em estilo panorâmico, sem paredes, usavam baias para separar os ambientes. Era possível vê-la pensativa, com atenção direcionada a um cristaltablet.

Yann e a menina, que ainda estavam em pé, sentaram-se no sofá. Francis e Lizzy se aproximaram para detalhes. O restante do grupo foi olhar ao redor e interagir com as crianças.

"Yann, o que acontecerá agora?" Francis estava preocupada.

"Ela irá ficar aqui? Esse parece um bom lugar, mas por algum motivo não gosto", Lizzy disse baixinho. Não apenas Lizzy, Francis também comentou discretamente sobre o ambiente frio e distante.

A menina ouviu o que Lizzy disse e começou a chorar, silenciosamente. Yann notou e não sabia o que fazer. Francis e Lizzy tentaram consolar, mas sem sucesso. Ao lado de Yann, segurando firme seu braço, continuava derramar lágrimas, enquanto soluçava.

Amicitia - OpusWhere stories live. Discover now