treinando e conhecendo outros ômegas

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respiro fundo quando paro em frente à porta da sala de aula. pela primeira vez, terei uma aula conjunta com outros ômegas, e estou tentando lutar contra a insegurança e a vontade de sair correndo dali, pois diferente desses ômegas, eu não cresci nesse universo, e todo o meu conhecimento vem de apenas um mês de estudos, e se eu passar vergonha na frente deles? esse pensamento me dá calafrios. olho para o fim do corredor, onde os marotos estão parados, James e Sirius estão segurando cartazes de apoio a mim.

"Severus é o melhor ômega"

"você consegue! qualquer coisa é só dar um socão na cara desses outros ômegas!"

esse último, foi escrito por Sirius. resisto a vontade de bater na minha testa. eles tinham me prometido que não iam trazer esses cartazes. por que algo me diz que eles vão desfilar por aí segurando esses cartazes? espero que os outros alunos não se ofendam com isso.

faço um sinal para Liam e Remus ficarem de olho nesses dois. do jeito que ambos são, é bem provável que briguem com qualquer um que debochar ou rir desses cartazes. antes de entrar, solto um beijinho no ar para os meus três alfas. em sincronia, James e Sirius caem no chão, fingindo um desmaio, rio.

dou tchau para eles com a mão e então abro a porta pesada. a primeira coisa que percebo são as conversas animadas, elas preenchem o ambiente, vários ômegas, de todas as idades possíveis estão sentados em pufes, sentados no chão. vejo o momento que percebem que estou parado perto da porta, um ômega cutuca seu amigo e este me lança um olhar de curiosidade, me sinto acuado, tímido, nervoso, à beira de um colapso quando as conversas morrem uma a uma. vários pares de olhos estão me olhando agora.

céus. aquilo estava mesmo acontecendo?

estava.

passo os dedos no cabelo, bagunçando os fios negros. meu rosto está queimando de vergonha, fito o chão, tento disapar o nervosismo sem sucesso. sussurros começam, mordo o lábio inferior. eu disse a Dumbledore que não me sentia pronto para uma aula conjunta com outros ômegas, disse que ia acabar sendo um desastre, que eu ia ser um desastre, com a minha falta de jeito e com minhas belíssimas habilidades em socializar com outras pessoas.

mas agora, como estou aqui, o jeito é ir até o fim. não posso dar para trás justo agora.

ouço um tossida fraca, isso me trás de volta a realidade num estalo, levanto os olhos. parado bem na minha frente, um ômega de cabelos ruivos e olhos da cor de mel me encara. ele é dois centímetros mais baixo do que eu, e numa análise rápida noto que está descalço.

— você deve ser o novato, certo? prazer em conhecer você. me chamo Aidan. — se apresenta, e estende a mão para mim que a pego de forma desajeitada. damos um breve aperto de mãos, lhe dou um sorriso amarelo. não sei o que dizer. as palavras travam na minha garganta, de repente me sinto de volta à infância, nunca fui uma pessoa extrovertida, e nunca soube socializar sem assustar as pessoas com as minhas peculiaridades, de tanto ser repreendido por ser "esquisito" demais, acabei pegando trauma de situações assim.

— nossa, mas você é bem caladão, não é? — sem me dar tempo de reagir, um ômega loiro passa o braço ao redor dos meus ombros e me puxa para um abraço animado e apertado, sou tomado por uma fragrância de eucalipto. quando me solta, vejo que ele é da sonserina.

— finalmente tivemos o prazer de conhecer você! estava me perguntando quando os velho- digo, os professores iam liberar você para ter aulas conosco. — ergo as sombracelhas e tento segurar a vontade de rir. como senti saudades desse humor ácido e dessa honestidade bruta que só sonserinos têm. não que eu não esteja feliz na grifinoria, esses últimos meses foram de longe os mais felizes da minha vida, Remus, Sirius, James... eu os amo tanto, mesmo que metade do tempo eles me irritem com o quão pegajosos são, não consigo imaginar uma vida sem esses três.

Um ômega no universo errado ( SENDO REVISADA!)Место, где живут истории. Откройте их для себя