𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖖𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔

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Theodore tinha certeza de uma coisa assim que começou a despertar naquela manhã, e essa coisa era que nada, nenhum dia, nenhum presente, absolutamente nada poderia o deixar mais feliz do que agora, enquanto tinha os braços de forma protetora em cima do ômega ao seu lado. Não qualquer ômega, ele se odiaria se fosse qualquer outro, mas o seu. O seu doce e amado Liam, dormindo como um anjo, sem nem conseguir imaginar as maledicências que passavam na mente do alfa ao pensar nele.

O duque respirou fundo, deixando o cheiro adocicado chegar ao seu nariz e afundando o rosto contra o pescoço descoberto do ômega. Ele realmente estava lutando contra a vontade de afundar suas presas pela pele leitosa. No fundo, ele desejava desobedecer essa regra criada por Liam, mas sabia que isso não estouraria de um jeito bom para a relação dos dois. Então, acabou se contentando apenas em farejar o cheiro doce do ômega, hora ou outra cedendo um pouco aos seus desejos e mordendo da forma mais moderada e sem perigo possível.

— Bom dia!

A voz era levemente rouca, fazendo o alfa se agarrar mais ainda ao corpo dele, o nariz contra a pele, fazendo o ômega sorrir com as cócegas que a respiração causava pelo jeito que estão agarrados.

— Bom dia, meu ômega!

Theo passou o nariz pela pele, roçando os lábios por toda ela, antes de se arrumar em cima da cama, puxando o ômega para cair de barriga para cima e surpreendendo Liam ao juntar os lábios um do outro. Liam gemeu, abraçando os ombros do alfa e sorrindo ao se separar.

— Vai ser assim pro resto da vida?

— Se você quiser.

— Promete? — existia um tom incerto na voz do ômega.

— Tudo o que você quiser.

Liam sorriu, prendendo os dedos nos cabelos do marido e o puxando novamente para um segundo beijo. No final, os dois sabiam que ele seria muito mimado pelo alfa, principalmente se ele soubesse pedir. Theo claramente era incapaz de negar qualquer coisa ao seu marido antes do casamento, dirá agora.

Os dois demoraram mais de meia hora para saírem da bolha de proteção que criaram entre si, antes de voltar ao mundo real e enfrentar suas famílias pós casamento. E Theo precisou de muito autocontrole de si, ao ver seu omega se erguer da cama, deixando as cobertas de lado e caminhando para o cômodo ao lado, onde os empregados já haviam deixado arrumado para o banho de seus senhores.

Não era somente o fato do afastamento que deixava Theodore afoito e, sim, a imagem que se perpetuou na sua mente ao ver o ômega caminhar com nada além de sua camisa grande para a outra sala. Depois de o dar uma visão completa do que tinha por baixo. Fazendo o alfa choramingar ao se jogar para trás, afundando no colc
hão e levando as mãos até o rosto.

Seriam longas semanas. Esse era seu principal pensamento, ainda mais ao descer os olhos e ver uma certa mm seu corpo acordada. Deveria ser um pecado o que Liam estava fazendo na sala ao lado.

O ômega já tinha tomado um pouco da água fervida que os empregados deixaram ao lado da banheira para o hidratar e, nesse momento, tinha três frascos nas mãos, abrindo de um a um, até se decidir entre qual usaria em seu banho. E, sem dúvida nenhuma, não fazia ideia de como a visão de seu peitoral coberto pela camiseta, enquanto as pernas balançavam na água quentinha poderia fazer com a mente de um alfa. Pois não pensou muito antes de chamar seu marido em busca de apoio a sua pequena indecisão.

Theo tinha os passos cautelosos ao se aproximar da porta do pequeno cômodo. Ele não dormia naquele quarto, visto que era considerado o quarto do senhorio, prometido a ele desde a morte de seu pai, mas imaculado até mesmo de seus sonhos. E ele agora tinha certeza de que isso só se devia ao fato de parecer ter sido feito para o ômega tentador que tinha as pernas molhadas com a água e parecia exalar o cheiro mais doce de toda a humanidade.

O Cortejo Do Marquês Raeken-Hale│𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Where stories live. Discover now