5 - The Lost Son

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Enquanto isso...

                        Khun Normand está mais calmo. P. Khorn ainda deseja esclarecer algumas coisas com o homem.

                      —  Olha, eu não vou aceitar só viver próximo dele. Quero-o comigo. Mas não acho justo separá-los. Talvez depois que ele nos conheça e se acostume com a ideia, vocês dois possam morar em nossa casa...

                       — O senhor não vai me separar dele? — A ideia de morar com aquela família era absurda e inviável, mas saber que o homem não ia criar barreiras para monopolizar o amor de seu Kinn era já uma vitória.  O medo de P'Normand, desde que descobriu o crime da falecida, era P'Khorn acusá-lo de ser seu cúmplice e levar seu filho embora. 

                        — Não. Penso que sou mais pai dele porque ele sempre existiu para mim. Sem rosto, sem forma, sem voz, sem lembranças, mas sempre existiu. Entretanto para ele eu ainda nem existo. Para ele o senhor é o verdadeiro pai, porque tudo o que eu tenho dele no imaginário, o senhor teve realmente.

                      Normand suspirou aliviado. Entretanto o outro homem percebeu que ele só se acalmaria um pouco se estivesse de fato seguro. Lembrou da família na outra suíte.

                     — P'Normand, meus outros filhos estão aqui e querem conhecer o pai do irmão deles. Posso fazê-los entrar?

                     — Pode sim... - Respondeu irrequieto.

                     O primeiro que entrou, apresentou-se com Tankhun e entrou de mãos dadas com um menino de uns seis anos. Normand viu na hora que era sobrinho de Kinn. Parecia seu filho quando tinha a mesma idade...

                     — Pai, se o khun é pai do meu tio é meu avô também.

                     Normand riu. Era tão curioso, decidido e rápido como Kinn tinha sido na infância.

                    — Filho, você tem cada ideia! — E para P'Normand: — Desculpe, senhor, Kob é muito enxerido!

                   Tankhun ficou preocupado com o homem, mas o filhos fez que nem foi interrompido e declarou, já abraçando o novo avô:

                  — Já imaginou, pai? Sou o único da escola com dois pais e agora vou ter dois avôs por parte de pai.

                  — Você já tem dois avôs por parte de pai. — O verdadeiro avô riu do menino.

                   — Estou dizendo por parte de um pai só, vovô Khorn.

                    O próximo irmão de Kinn era Kimham.

                    — Prazer, Kim, a seu dispor, senhor. Obrigado por cuidar de nosso irmão.

                    — Filho, ele não foi babá de seu irmão. Fale direito.

                    — Pai, eu não sou o Kob que tem resposta imediata. — Kim meneou a cabeça, sem graça. Os cabelos escondendo um pouco sua testa preocupada.

                    — Tudo bem, senhor Khorn. É um evento inusitado. Não existem regras para algo assim. — P.Normand também cumprimentou o jovem com o wai. 

                    — Oh. Um pai compreensível. Já invejo meu irmão. — O sorrio de Kim o iluminou e o visitante achou que em alguns aspectos o jovem e seu filho eram parecidos.

                      — Kimham! Eu não sou compreensível?  — P'Khorn reclamou:

                     — Às vezes, papai. Às vezes... — A risada cristalina ecoou pelo quarto, animando um pouco mais P'Normand.

The  Lost Son     #KinnPorscheWhere stories live. Discover now