21 - The Lost Son

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Kinn, Porsche 

Horas antes

                            O espaço não importa mais. O homem que o fez vir para o quarto, onde sua vida deu um giro de cento e oitenta graus, é seu ponto de interrogação. Estar com ele ainda é tão bom ou melhor que a primeira vez, mas saber quem ele realmente é,  torna seu universo embaçado.  Embaçado porque Kinn tem certeza que quer esse homem em sua  vida e tem medo de se entregar de vez e sair ferido.

                           Tudo bem que o que sentiu com o último namorado nem se compara ao que tem com Porsche na cama e fora dela. A cumplicidade que esperou ter com o outro, Kinn percebeu  ser possível ter com Che. Eles podem conversar de tudo que ele encontra reciprocidade no outro, mesmo quando o assunto é desconhecido. Porsche tem respeito por ele.  Também tem carinho. E, como ele, também tem medos. Diferentes porque o medo do rapaz é eles namorarem e não dar certo e, com isso, arriscar os laços de família e gratidão que tem com os Theerapanyakul. 

                          Já os medos de Kinn... Eles são felizes juntos, não só ali onde o corpo dele encontra prazer e abrigo. Eles são felizes dividindo um sanduíche na praia ou sujando o cabelo em frente a um churrasco de porco.  São compatíveis profissionalmente e trocam ideias sobre trabalho por mensagens. Mas será que ele merece Porsche?  Porsche é alguém ainda distante da sua realidade.  Eles agora são do mesmo mundo, mas ainda é como vivessem em universos diferentes.  O homem que agora ele acaricia é fluente em quatro ou cinco idiomas e conhece pelo menos mais dez. O homem que sua boca procura ansiosa já viajou o mundo todo e conhece e admira centenas e centenas de culturas.

                       Será que ele merece esse homem maravilhoso ou está usurpando o direito de alguém? 

                        -       Kinn, você está bem? Você também quer?      -    Kinn percebe o esforço que Porsche fez para falar sem gemer ou tremer. Seus pensamentos estão confusos e não distantes e ele sabe bem onde está e com quem. Mesmo se vendo com a mente ansiosa, ainda está na cama com esse homem maravilhoso. Afasta a boca do mamilo irresistível, substituindo-a pelas mãos tão desejosas dele e respinde, sincero:

                        -        Porsche, estou aqui cem por cento para você.  É que de alguma forma estar com você é como alcançar algo maior em mim. E sim. Também  quero e muito.

                       Beijou-o e voltou ao mamilo entumescido do amante. Ele ama saber que Porsche gosta de muito carinho antes da junção final. Sorri quando ouve uma palavra de carinho em um dialeto desconhecido. Seja lá o que dignifica, é bom e o anima sinda mais. Seu homem  tenta acariciá-lo, mas há muito seus reflexos estão comprometidos e Kinn sorri ainda mais animado com sua conquista. 

                           A noite de prazer com Porsche não poderia ser melhor. O sexo com ele é sempre quente e sempre parece ser uma junção de suas almas. Seus beijos quentes e seus lábios famintos se superam sempre. É como se o fato de irem se conhecendo fosse aprimorando a forma que se tocam.

                         Para Porsche, sexo com Kinn é sinônimo de tempo e qualidade. As preliminares com ele são sempre prazerosas e Che sempre acha que vai perder o controle cedo demais. Mesmo agora que eles estão na cama e Kinn parece ter outra preocupação, ainda assim os seus carinhos são firmes e deliciosos. Seus lábios sugando os mamilos de Kittisawasd é uma loucura que faz com que o homem beijado sinta suas pernas inúteis. Se precisasse salvar o rei agora, Porsche seria condenado por lesa majestade porque seu corpo é uma mescla de desejo e entrega, sem nenhum pensamento que não seja ser e fazer feliz na cama.

The  Lost Son     #KinnPorscheWhere stories live. Discover now