The Lost Son #KinnPorsche

16 - The Lost Son

                              Segunda-feira corrida, khun Normand foi chamado ao escritório da empresa  para falar de sua situação. Como ele não quer expor o filho, já não tem desculpas para seu atraso. Ainda é novo no emprego e teme que seus problemas pessoais interfiram em seus resultados. Agora mais do que nunca ele precisa de um trabalho e de renda para se sentir minimamente responsável pelo filho. Esse trabalho é algo que gosta e está relacionado a tudo o que fez na vida. É uma oportunidade de retomar o que deixou para trás quando resolveu viver pelo filho. Mas parece que as coisas não estão nada bem.

                           Por outro lado...

                            Khun Khorn  está feliz de ter o apoio do filhos em sua aproximação do outro pai de Kinn. E mais feliz ainda porque Anakinn pediu ajuda para Khun  em assuntos legais e aceitou falar com ele, mesmo que só por telefone.  

                            Após isso, khun Khorn descobriu que a antiga casa de khun Normand e do filho, a que a ex-mulher conquistou com chantagem, ainda lhe pertencia e que alguns poucos bens ainda estavam em poder da víbora, quando ela morreu. Assim, ele resolveu ajudar o outro pai de seu filho a resolver questões importantes.

                          Quando foi procurar khun Normand,  o patriarca Theerapanyakul  já tinha feito um levantamento com Pete e descoberto que a empresa em que o amigo trabalha precisa de investimento. Se Normand vender os espólios da mulher, pode conseguir uma pequena sociedade e talvez se sinta seguro em relação ao filho e ao próprio Khorn.

                         Em silêncio, Khorn contrata Pete para ser advogado de Normand, mas quer que o outro acredite ter participação no convite e para isso resolveu visitar o novo amigo.

                        Agora ele está na casa do filho pela primeira vez, convidado de khun Normand. A conversa não é sobre o filho que têm juntos. É sobre Pete e Vegas.

                       Como não tem com quem conversar sobre o assunto, ele confia o segredo do passado ao novo amigo.

                       —      Nor. Preciso de sua ajuda com meu outro filho, Vegas.

                        Khun Normand percebeu o apelido. Era algo perdido na memória. Há anos não tem ninguém íntimo o suficiente para chamá-lo de Nor. Mas segurou a familiaridade do outro pai do filho. Podia ser um deslize ou algo de igual porte. Tentou a naturalidade:

                      —         Qual deles? Você tem uma ninhada.

                      P'Khorn riu com a brincadeira e respondeu:

                    —          Vegas. Eu cismei anos atrás que ele se apaixonou por um rapaz que defendeu em uma noite nada tranquila. E agora o rapaz voltou.

                    —          Hum. Como assim?

                    —          Vou lhe contar porque você pode me ajudar.

                     —        Quatro anos atrás tinha uma quadrilha que ficava procurando homens e mulheres gays para chantagear. Eles forçavam o namoro e conseguiam as provas e depois arrancava dinheiro das vítimas e de seus parentes. Era algo pouco divulgado porque quem cai em um golpe desse paga para não ser exposto e por, fica na mão dessa gente para sempre. Mas essa quadrilha se desbaratinou...

                    —         Eles abordavam professores, advogados, médicos com o intuito de chantageá-los e até juízes foram vítimas desses seres.