Capítulo 07

105 22 0
                                    

Nicolleta ficou em um silêncio insuportável depois do que eu disse, mas não serei eu o primeiro a falar. Observo o restante do local e tenho quase certeza que ouvi um suspiro da minha acompanhante. 

No fundo do restaurante vejo Jasper acenar com o celular e sei que tem algo importante ou ele não estaria aqui. Peço licença para Nicolleta e vejo seus olhos confusos mas também não pergunta. Com um aceno peço que o segurança fique de olho na garota. 

Vou até o banheiro e meu celular toca imediatamente. Jasper.

— O que houve? — Aproveito para ajeitar os cabelos e o óculos no espelho. 

— Atacaram a casa do Enrico, estavam procurando sua noiva. Enrico fugiu quando entramos na casa. — Merda. Isso iria acontecer em algum momento. — Estão querendo a garota e já sabem que ela esta protegida. 

— Eles quem? Sabem que ela esta comigo? 

— Ainda não descobrimos quem são eles. Enrico se foi antes que perguntássemos, ele sabia que a filha estaria segura então meteu o pé. Eles não disseram nada sobre a máfia ou seu nome. — Tudo que eu queria na minha vida era poder relaxar. 

— Liga para Fran e peça para organizar o quarto de hóspedes para Nicolleta. Também peça ao Giuseppe que corra com os papéis do casamento, vamos assinar antes de uma cerimônia. 

— Sim senhor. 

Merda. Eu acabei de dar uma opção para ela e agora vou ter que voltar atrás. Sem falar no inferno que vai ser quando ela descobrir o acontecido e que esta indo para minha casa. Minha noite acabou de ficar mais agitada do que deveria. 

Ignoro todos os sinais de irritação que meu corpo dá e vou respirando fundo até a mesa aonde Nicolleta está fascinada com alguma coisa em seus dedos.

— Achei que você me deixaria aqui. — Mesmo querendo ser paciente é difícil manter a compostura perto dela. 

— Você não vai se livrar de mim, acostume-se. Vamos embora. — Chamo o garçom que vem quase que correndo. 

— Achei que seria cavalheiro e me perguntaria se quero sobremesa. — Seu sarcasmo está presente tanto em sua voz como em seus olhos. 

Pago a conta ao garçom e deixo uma boa gorjeta antes de responder a minha querida futura esposa. 

— Eu disse vamos. — Ajudo ela a se levantar e antes que ela rejeite enlaço sua cintura num aperto firme. — Acostume-se querida. — Sussurro em seu ouvido e posso jurar que ela se arrepiou. 

— Eu não vou me acostumar com porra nenhuma, me solta ou eu vou gritar. — Inferno de mulher teimosa. 

— Quer grita? Se acaba de gritar então porque a minha paciência acabou.  — Falo bem calmamente e tenho certeza que mesmo não tendo intenção assustei ela. 

— Acabou a pose de bom moço né. Eu sabia que não duraria seu bandido. — Ela praticamente grita na minha cara e ao longe vejo Jasper e os outros seguranças olhando. 

Ajeito meu óculos e posso ver expectativa nos olhos dos meus homens, afinal eu sou o Capo deveria me comportar como tal não é mesmo? 

— Nicolleta eu vou te perguntar uma vez preste bem atenção e escolha sabiamente. Você quer discutir a relação com o seu noivo ou com o Capo e bandido como você mesma disse? Tem um minuto pra pensar e escolher. 

Sua respiração está acelerada e posso ver que ela tava pronta para responder, quando eu levanto o dedo indicador impedindo que ela falasse. 

— Um minuto. — Olho meu relógio em expectativa, não quero explodir em sua frente e muito menos ser cruel. Eu não sou assim, pelo menos não quando posso evitar. — Acabou o tempo, qual sua resposta? 

Um Mafioso DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora