Capítulo 08

122 22 1
                                    

— Com meu noivo — Diz entre os dentes. E não consigo segurar e lhe dou o meu melhor sorriso. 

— Ótimo minha querida. — A puxo rapidamente e colo minha boca na dela. 

Seus lábios são macios, a boca carnuda esta hesitante e seu corpo pequeno totalmente tenso. Aperto um pouco nossos lábios e logo ela relaxa abrindo passagem, sua língua na minha é como se tivesse uma eletricidade a mais. A beijo com devoção e com tudo de mim, a beijo lento com paixão. Suas mãos subindo por meu peito até segurar com força a gola da minha camisa. 

A beijo até faltar o ar e ser inevitável continuar. A solto um pouco e posso ver sua boca inchada e vermelha sob a luz do poste do estacionamento. Seus olhos me encaram e tenho certeza que ela não estava esperando por isso e nem eu na verdade. 

— Assim que se discute a relação com o seu noivo minha querida. Agora vamos por favor que eu não quero ser preso por atentado ao pudor. 

Nós vamos até o carro e ela até agora não disse uma só palavra e isso não me incomoda no fundo. Vamos casar e não teríamos um casamento de mentira. Isso iria acontecer em algum momento. 

Quando estou quase em minha casa parece que ela voltou a si, Nicolleta olha para a estrada uma, duas, três vezes antes de começar a gritar. Maldita mulher.

— O que você pensa que está fazendo? Esse não é o caminho da minha casa, você está me sequestrando. — Se eu beijar ela de novo será que ela para de gritar? 

— Eu não estou te sequestrando querida, estamos indo pra minha casa. — Ela quase salta no banco do carona e confesso que a cena é até engraçadinha. 

— Eu não vou pra sua casa, está ficando louco. Me leva pra casa Giacomo seu filha da puta. — Decido fingir que não escutei para não voltarmos a estaca zero. Vou ignorando ela o restante do trajeto rezando por minha sanidade. 

Por malditos quinze minutos ouvi seus gritos, xingamentos e até tapa levei. Minha casa logo a frente e eu não poderia estar mais feliz. Estaciono o carro e logo a maluca da minha noiva sai correndo como se fosse conseguir fugir. 

Deixo ela correr até pensar que se livrou, vou andando pelo o escuro e a vejo parar para pegar folego quando saio da penumbra a colocando em meu ombro. 

— Você é um cretino, me larga seu mafioso filha da puta. — Já deu, a coloco de pé em minha frente mas ainda seguro firme seus braços. Seu rosto corado e suado da corrida.

— Chega Nicolleta. — Grito. — Deixa de ser mimada porra, atacaram a sua casa, seu pai fugiu e estavam atrás de você que merda. Agora da pra parar de show e entrar na porra daquela casa e não me encher mais a paciência? — Seus olhos assustados em minha direção me deixam incomodado mas nem tanto assim.

— Meu pai? O que aconteceu com o meu pai? — Seus olhos encheram de lágrimas que logo começaram a rolar por seu rosto. 

— Ele fugiu, não sei para onde ele foi. Mas ele esta vivo. Agora vamos. — Ela não respondeu mas segurou minha mão com força. 

— Giacomo? 

— Diga.

— Eu vou casar com você. 

Um Mafioso DiferenteWhere stories live. Discover now