Capítulo 31

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Vegas Theerapanyakul

Após Kim subir com Porschay para o quarto, eu olhei para Porsche fazendo sinal para que ele me seguisse. Pete estava com Khun em seu quarto, Kinn dormia no sofá, Macau estava mexendo no celular e nem se importaria. Ele estava bem melhor agora. Porsche andou para o jardim e eu o segui.

— Conferiu o caixão? —Porsche questiona se virando para mim.

— Sim, ele está realmente morto.

— As vezes é preciso fazer coisas erradas para manter quem amamos seguros —Porsche se escora na mesa.

— Sim. Não á arrependimentos se fizer por amor.

— Ninguém deve saber do que fizemos —Porsche fala, ele olhou para o horizonte. — Não acho que foi tão justo.

— Porsche, você não fez nada além de comandar o plano, quem atuou e o matou fui eu, você não será culpado, não o matou, só me instruiu a isso.

Era um tanto verdade. Porsche não sujou as mãos para o matar, eu fiz isso.

— Se você diz —ele da de ombros, de alguma forma aquilo o tranquilizou. — Nem mesmo Kinn ou Pete devem saber do que fizemos.

— Eles não vão saber.

— Acho que me fazendo esses favores sua dívida comigo está paga e eu posso esquecer o passado, amigos? —Porsche questiona me estende sua mão.

— Amigos.

Eu apertei sua mão, ele deu risada.

— Você é estranho —Porsche se sentou.

— Você namora o Kinn e eu sou o estranho?

— Vocês tem muito em comum, dois idiota —Porsche responde revirando os olhos. — Não sei porque tanta implicância, são quase as mesmas pessoas.

Eu me escorei no pequeno muro que havia ali.

— Porsche, sei que falou que já esqueceu o passado, mas eu queria pedir desculpas, dizer que sinto muito por ter causado aquilo, a culpa é minha pelo que Kinn fez com você.

— Vegas, você não o forçou a fazer aquilo comigo, me dopou, iria fazer o mesmo, mas foi impedido por Kinn, e mesmo depois de impedir que fizessem aquilo comigo, ele foi lá e fez —Porsche me olha. — Na época eu fiquei muito mal, confesso, mas hoje sinto que passou. Não sinto raiva de você pelo que fez, não sinto raiva dele, está tudo bem, somos amigos agora, Vegas, isso significa que se precisar de qualquer coisa é só falar comigo. Eu já te perdoei.

— Quando me perdoou?

— No exato momento em que passou a cuidar incondicionalmente do meu irmão —Porsche responde sorrindo. — Ele gosta de você, e você mudou, eu realmente só pude ver isso quando Porschay passou a conviver com você e você cuidou dele como seu irmão.

— Eu vou continuar cuidando dele, Porsche, eu realmente sinto muito carinho pelo seu irmão.

Ele sorriu.

— Obrigado, Vegas —ele se levanta. Ele soltou um longo suspiro. — Preciso voltar e ver Kinn, boa noite.

— Boa noite.

Ele caminhou em direção a porta.

— An, Porsche?

Ele se virou.

— E quanto a Porschay? Ele fica vivendo comigo ou volta?

— Eu vou deixar que ele decida —Porsche responde.

Após um tempo voltei para dentro de casa, Pete desceu as escadas e sorriu para mim.

— Vamos?

Ele concorda. Nós fomos para o carro, eu liguei e dirigi de volta para minha casa.

— Macau, chegamos.

Ele abriu a porta do carro e saiu sonolento. Pete dormia no banco do carro, eu fecho a porta do carro e vou até o outro lado, abro a porta e pego Pete em meus braços. Eu entrego as chaves a Nop e Pete se aconchega em meu peito.

— Por que só não me chamou? —Pete questiona confuso e sonolento. Ele abriu os olhos.

— Você estava dormindo, estava tão lindo que eu não quis te acordar. Você é tão lindo, Pete.

— Vegas —ele sorriu fechando os olhos.

Eu entro em nosso quarto e fecho novamente a porta, sigo até o banheiro e ele desce.

— Vem, eu te ajudo a tomar banho.

Eu tirei sua camiseta, desabotoei sua calça e a tirei. Eu tirei minha camiseta e calça, ele se deitou em meu ombro e eu liguei o chuveiro. Após ensaboar seu corpo e o lavar, eu peguei seu roupão e o ajudei a vestir. Terminei meu banho e ao sair ele já dormia  nossa cama.

— Você dorme tão fácil —eu sorri. — Pete, se deite direito.

Ele reclamou e não se mexeu. Vesti uma calça e fui até a cama, me deitei e o puxei para meu peito.

— Você e Porsche não são nada discretos —Pete murmura ainda de olhos fechados. — Como fizeram isso?

Eu o olho em choque. Pisquei duas vezes e o observei abrir os olhos.

— O que fizemos?

— Mataram ele —Pete responde. — Como simularam um infarto?

Como ele sabe?

— Não sei do que fala.

— Porsche, não foi tão dissimulado —ele alega sorrindo. — Eu te conheço, Vegas. Vocês dois estavam planejando o derrubar a um tempo.

— Eu infiltrei excesso de ar em uma veia direto para o coração, simula o infarto e a marca da agulha some.

— Você e Porsche são terríveis —ele se aconchega em meu peito e fecha novamente os olhos. — Boa noite.

— Boa noite, Pete, eu te amo.

— Eu também te amo.

Eu fecho os olhos e puxo o edredom. Fiquei mexendo em seus cabelos durante um bom tempo até adormecer pensando sobre como eu estava casado com um homem incrível.

Droga, eu amo tanto ele.

Pete, me tem em suas mãos, ele sabe, todos sabem, e não é algo do qual me envergonho, se eu tenho a ele por que não o deixar me comandar como seu maldito submisso?

Olha que ironia, Vegas, a gente sendo submisso de alguém que citamos um dia como nosso cachorrinho.

***

Alguém comentou que queria uma fanfic Porschay e Macau, pensei seriamente sobre isso.

Vocês leriam?

Can you love me again? -KimChay (KP)Onde histórias criam vida. Descubra agora