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Oiê, e aí o que acharam da reconciliação? Eles são tudinho né?

E vamos agora de primeiro dia de aula por aqui... Comi vocês acham que a pequena vai se sair?

Volto em breve! Ou não!

Aproveitem!
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Arthur

É fato que ela me magoou, eu sempre fiz questão de deixar claro que depois dela não existe outra mulher em minha vida e se ela permitir, nunca vai existir. Mas vê ela aqui, tão frágil, admitindo todas as suas dores e me falando de suas inseguranças, me lembra todo o cuidado que eu quero e devo ter com ela, ela é a minha mulher, a mãe da minha filha, a primeira pessoa mais importante da minha vida, eu a amo e sempre vou fazer questão de sanar todas as suas inseguranças.

Acordei a pouco tempo, olhei pra nós dois e não consigo decifrar quem é quem, parecemos um só, unidos um ao outro dessa forma. Ouço batidinhas na porta e agradeço aos céus por Carla ter trancado a porta antes de entrar, ou do contrário teríamos que explicar pra mini cópia dela, que é tão curiosa quanto a mãe, o porquê dos pais dela estarem dormindo sem roupa.

C: papai? Mamãe? (Ela procura por nós) papai puquê voxe fechoi a pouta? A Clalice qué da bexinho de bum dia... (Fica um tempinho em silêncio) Mamãe? (Preciso acordar a Carla, mas ela tá dormindo tão bem)
A: amooor? (Sussurro em seu ouvido) vida, acorda! (Dou um beijo em sua orelha) tem uma pequena procurando por nós dois! (Distribui vários beijos por seu corpo)
C: papai atóda! Já tá solzim papai! É ola de levanta! (Aí meu Deus quem aguenta?)
A: vida acorda por favor! (Suplico a beijando nos lábios dessa vez e depois de muita insistência a vejo corresponder)
Ca: huuuuuum! Bom dia meu amor!
C: mamãe tá atódada? Atóda mamãe! (Carla olha pra mim e sorri)
A: tem uma princesinha na porta chamando por nós tem um tempinho já, mas eu não posso abrir a porta com a gente assim! (Aponto pra nós dois e ela gargalha, fazendo a pequena ver que a gente já acordou)
C: óia aí voxeis tão atodados, puquê não me able, eu quelo da bexinhos! (Acho que a Mara chegou)
M: que foi minha princesa, deixa seus papais dormirem, vamos assistir desenhinho com a vovó!
C: maisi, tá na ola de atóda vovó!
Ca: vamos nos vestir lindo, eu preciso apertar aquela criança! (Ela fala rindo e se levanta, nos vestimos e abrimos a porta)
A: bom dia luz da minha vida! (Me abaixo e a vejo se jogar em meus braços)
C: bum dia papai, puquê demolou pla abli a pouta?
Ca: porque a gente tava dormindo amor, acordamos com sua vozinha nos chamando! (A Carla tem uma facilidade pra explicar as coisas pra ela cara)
C: hum, a Clalice vai pla excola! Plimeilo dia! (Ela começa a bater palminhas e eu olho todo derretido, esses dias ela era só um bebê)
A: ah é? Então vamos tomar café porque não pode atrasar no primeiro dia amor!

Saímos os quatro pra cozinha, tomamos café da manhã, a Mara sai pra trabalhar, não sem antes encher a pequena de beijos e bençãos e dizer que ela é aluz da vida dela, começamos a falar isso pra ela ainda bebê e nos acostumamos, afinal de contas ela é realmente a luz da nossa vida.

Eu e Carla ficamos com a missão de a preparar pra escola e levar ela até lá, depois vou deixar a Carla no estúdio do Vinícius, eles tem umas fotos pra fazer, a primeira campanha da Carla depois que voltou, então arrumamos a pequena, uniforme, tudo certinho, cabelinho preso em um rabo de cavalo feito pela mamãe, a bolsa que ela não abre mão nunca, ela está tão linda e eu mal posso acreditar que ela já tá indo pra escola.

Escolhemos uma escola que tem a abordagem mais montessoriana, que respeita em muito a criança, faz com ela participe ativamente de todas as atividades da escola, além de auxiliar na independência. Entramos na escola e nos despedimos.

Ca: vem cá amor! (Ela estava emocionada) se em qualquer momento você quiser ir pra casa é só pedir pra tia que ela liga pra mamãe ou pro papai tá bom? (Ela balançava a cabecinha concordando com a mãe) mas vai lá, se diverte, faz coleguinhas e faz tudo que a tia disser tá bom?
C: tá boooum mamãe! A Clalice vai se compouta munto bem! Vai fazê amiguim e blinca um monte!
Ca: eu te amo meu amor, bom primeiro dia! (Ela beija e abraça nossa filha, que prende seu rosto e lhe dá um beijinho de esquimó)
A: e o beijinho do papai? (Ela solta o abraço da Carla e se joga em meus braços me beijando) não esquece que o papai te ama muito viu?
C: a Clalice tamém ti ama papai! (Ela me agarra pelo pescoço) agola souta a Clalice, eu vô fazê amigu! Bexo (ela sai mandando beijos no ar pra gente e eu puxo a Carla pra mim a abraçando de lado)
A: dá pra acreditar que ela ainda vai fazer 3 anos?
Ca: eu não sei se consigo ficar longe dela não lindo! Por que a gente colocou ela na escola mesmo?
A: porque isso vai ser ótimo pra ela amor e a gente pode trabalhar tranquilo, vai ser só um período, a gente sempre vai ter ela de manhã em casa e a noite! (Falo, mas eu também não sei se vou acostumar com isso não) agora vamos, porque hoje também é seu primeiro dia! (Sorrio e a beijo calmamente)
Ca: vamos! Tô ansiosa!

ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora