52- parte 2

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Carla

A: eu lembro de uma conversa que eu vi, em que você falava que enquanto criança você desenhava um lugar assim, rodeado de montanhas, na hora eu até pensei, não é possível que essa mulher sonhou com Conduru, antes mesmo de me conhecer, (sorrio com sua constatação) depois ouvi uma outra conversa, essa você teve com a Vih e com a Cá, você falou que queria criar seus filhos correndo com o pé no chão igual nós fomos criados, que muito provavelmente não daria pra fazer isso na correria do Rio de Janeiro, então há uns três anos, eu comprei essa fazenda aqui, aquela pituquinha ali (aponta pra nossa filha que corria explorando cada canto daquele lugar) ainda estava bem aqui (ele acaricia minha barriga, depois sobe sua mão para o meu rosto e tenta enxugar minhas lágrimas incontroláveis) desde então eu venho aqui de vez em quando pra deixar ela a sua cara, porque ela é toda sua meu amor, comprei pensando nos seus sonhos, sabendo que eles também são meus, nós vamos criar nossos filhos aqui, mesmo que não venhamos morar de imediato aqui, mas será sempre o nosso lar. Coloquei tudo que sei que te fará feliz e espero que você goste. (Ele termina de falar e eu o agarro, beijo sua boca delicadamente e depois sorrio)

Ca: beijo com lagriminha! (Ele olha pra mim sorrindo) obrigada por tanto, por todo o cuidado que você tem comigo! Eu te amo tanto meu amor. E deixa eu te contar um segredo, acho que depois do Lucas, ou nossa próxima princesa, acho que eu quero desacelerar, talvez ter um aposentadoria antes da aposentadoria, quero poder ver meus filhos crescendo e correndo por aí, já fiz tudo e mais um pouco do que me propus profissionalmente, tá na hora de aproveitar aquilo que mais me importa na vida. Então esse presente será a melhor coisa da vida pra essas férias prolongadas. (Dou um selinho rápido nele e ele me observa por algum tempo)

A: vai deixar de atuar amor? Mas esse é seu maior sonho vida! (Ele acaricia minha mão esquerda)
Ca: meu maior sonho tá correndo por aí e o outro tá crescendo bem aqui! (Passo a mão por minha barriga) eu amo atuar amor, isso é um fato, não vou parar de vez, só vou dar um tempo, focar mais na minha família e com isso nós podemos ficar mais tempo por aqui! Quero poder aproveitar você e as crianças! (Fico um pouco triste com a decisão, mas sei que é algo importante agora)
A: eu não quero que você pare! (Ele segura meu rosto com as duas mãos assim como a gente faz com a Clarice, me fazendo focar totalmente nele) A gente ainda pode vir pra cá sempre que possível e ficar o máximo de tempo que der. Eu sei que eu implico com quase todo trabalho que você faz, mas é só o meu ciúmes besta (ele solta meu rosto e me encara, coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e volta a falar) eu amo ver você nas telinhas, seja na tv ou no cinema, eu amo ver você dando tudo de sim pra fazer um personagem, você é maravilhosa fazendo isso e eu não quero que lá na frente você se arrependa e se fruste, eu quero ver você radiante e plenamente feliz, em todas as áreas da sua vida, então não para não, por favor! Eles só vão ser felizes, se a gente estiver feliz também! (Ele fala acariciando a minha barriga)

Ca: eu te amo tanto, lindo! (Dou um beijo calmo nele e sorrio ao final) você é tão perfeito pra mim, não poderia ter um marido melhor, eu amo atuar também, e se é pra felicidade geral da nação, diga ao povo que fico! (Ele começa a gargalhar e eu sorrio o vendo rir, eu amo esse sorriso dele que fecha os olhinhos, parece com a nossa pequena) mas agora vamos atrás da nossa pituca, que tá muito silenciosa.

Pego sua mão e saímos em direção ao parquinho, não achamos ela, procuramos em outras partes e também não a encontramos, começo a ficar preocupada, quando entramos dentro do quarto que será o dela e lá estava ela, dormindo serenamente, em cima da cama, aliás não falei pra vocês, mas a casa está pronta pra ser habitada, então tem tudo dela aqui, ela dorme agarrada com o travesseiro, igual eu e com a boca aberta igual o pai.

Arthur me agarra por trás e nós sorrimos admirando nossa pequena, depois nos aproximamos devagar, dou um beijinho nela e Arthur também. Ligamos pra a família do Arthur pra quem venham, junto com minha mãe e Alberto pra conhecerem a casa, dormiremos por aqui hoje. A Clarice acordou alguns minutos depois, a banhamos, pedimos pra Thais e minha mãe trazer pizzas, faríamos uma noite diferente.

ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora