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Arthur

Assim que Carla chega chorando, meu coração já erra as batidas. Quando ela diz que a Clarice não estava onde a deixamos aí que fico nervoso, meu coração parece que vai saltar do peito pra fora de tão acelerado que fica, eu já perdi minha mulher uma vez, não vou suportar nunca perder a minha filha, minha menininha.

Começamos a procurar ela, acionamos o gerente do restaurante que faz com que todos os funcionários procurem por nossa filha, temos acesso às câmeras do estabelecimento e notamos que a pequena saiu da brinquedoteca para o banheiro e de lá não voltou mais, então entramos no banheiro procurando por ela, gritamos, observamos cada uma das cabines e ela não tava.

Ca: cadê a minha menina amor? (Ela me abraça chorando e eu choro junto)
A: calma vida, nós vamos encontrar ela! (A aperto em meus braços)

Ligamos pra polícia, não queríamos chegar a esse ponto, mas já tinha quase meia hora e nada dela aparecer, queria controlar as pessoas e evitar que isso vazasse, mas foi impossível, de repente várias páginas de fofoca noticiaram o desaparecimento da pequena e isso atrapalhou muito a procura por ela, pois inúmeros trotes foram passados a gente e a polícia.

Alguns minutos se passam e Carla começa a passar mal, não sei se foi a pressão que baixou, a hipoglicemia, só sei que sinto ela molinha em meus braços e como se não fosse o bastante não sabermos da nossa filha e todo o desespero, agora eu também tenho que me preocupar com a minha mulher.

A: vida (falo em seu ouvido) acorda meu amor! (Deixo um beijo no canto de sua boca) eu preciso tanto de você agora!
C: papai? (Por alguns segundos penso que estou sonhando) papai por que a mamãe tá dormindo no meio do restaurante? (Ela chega pertinho da gente e eu a olho, ainda com algumas lágrimas caindo) e você ta chorando por que papai? (Ela se agarra a mim) não chora (distribui beijinhos por meu rosto) a Clarice vai te dar muitos beijinhos pra não chorar mais, tá bom?
A: oi minha vidinha, o papai tava preocupado porque não achava você, onde você tava?
C: eu tava correndo papai, lá perto da lojinha!
Ca: amor?! (Ela tenta abrir o olho)
C: acorda mamãe, no restaurante não pode dormir!
Ca: filha? (Ela abre o olho e no mesmo instante novas lágrimas se formam) ah minha filha (Ela pula do meu colo e pega a Clarice no colo, distribuindo beijos) onde você tava? (Senta no chão com a Clarice em seu colo e eu fico só observando a interação das duas)
C: eu tava correndo perto da lojinha mamãe!
Ca: mas você não podia sair de perto da gente sem falar nada, sem pedir permissão meu amor! (Ela fala colocando uma mecha do cabelinho loiro da nossa filha atrás da orelha)
C: mas a coleguinha chamo eu, aí a Clarice foi.
Ca: mas a mamãe e o papai ficaram preocupados, procuramos você por toda parte e não achamos!
C: discupa mamãe! A Clarice não fez por mal. (A Carla abraça nossa filha)
Ca: tudo bem amor, a mamãe tá feliz que você tá aqui, mas não faz mais isso tá bom? Só sai de onde o papai e mamãe te deixou se a gente disse que pode sair, certo?
C: certo mamãezinha! (Ela dá um beijinho de esquimó na mãe)
Ca: eu te amo tanto mocinha!
C: eu te amo muito mais! (Ela agarra a mãe pelo pescoço e é nessa hora que me aproximo delas duas, ajudo a Carla a se levantar e pego minha filha do seu colo)
A: eu sei que a mamãe já disse que ficamos preocupados e que não é mais pra fazer isso, mas eu só queria te lembrar que nem todo mundo é bonzinho amor, por isso você não pode se afastar do papai e da mamãe, ou de quem estiver com você! Tá bom? O papai não quer nunca ficar longe de você, por que eu te amo muito!
Ca: a Clarice não vai mais afasta tá bom? Não chora mais papai! (Ela enxuga minhas lágrimas com as mãos pequenas) a Clarice não gosta quando você chora!
A: tá bom amor, papai não chora mais! (Cheiro seu pescocinho e ela se encolhe) te amo minha garotinha!
C: te amo papai grandão!
Ca: vocês são o melhor dessa vida! (Chega de lado e nos abraça)

Nem tinha mais clima pra comermos nada, então pedi pro gerente embalar tudo que iríamos levar, abri stories e falei que já estava tudo bem, que encontramos nosso pequeno furacão, também ligamos pra polícia e falamos que a encontramos, pedimos desculpa pelo ocorrido e fomos pra casa, a pequena acabou dormindo em sua cadeirinha e Carla preferiu não mandar ela pra Pocah hoje, ficou o resto do dia mimando a cria, tivemos até alguns episódios de ciúmes com os gêmeos.

Agora estamos aqui na nossa cama, os cinco, deitados e encaixados pra dormir. Minha família é tudo de mais precioso que tenho.















Oie voltei, acalmaram os nervos? Genteeee achei que iam me linchar...

Continuem comentando, eu amo a interação de vocês

Agora tudo bem com nossa familinha 🥹🥹🥹

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