13.

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— Esse trabalho está uma merda. — Billie murmura.

Bem, eu sei que relações sociais não são exatamente a coisa dela, mas o trabalho está na verdade muito bom.

— Ei, não tá tão ruim! Você fez muito bem até agora e eu acredito que estamos muito perto de terminarmos. — Eu declaro.

— Sim, mas qual é o ponto de um trabalho quando você não aprende nada com isso? — Ela questiona.

Eu acho que estou corando, ou então o quarto, misteriosamente, se tornou quente.
Ela provavelmente está falando do meu comportamento.

— Eu acho que você está certa. Eu não aprendi nada do projeto. — Eu suspiro. — Mas a experiência não foi tão ruim.

Ela rola seus olhos, mas um pequeno sorriso aparece em seu rosto.
— Que seja.

Bem... É um começo.
— Sabe, eu certamente acho que meus amigos gostariam de você. Você poderia talvez... Não sei, tentar conhecê-los? Talvez você possa se sentar conosco amanhã. — Eu tento, mas seu sorriso para imediatamente.

— Você está pedindo para sentar com seus amigos no intervalo? — Ela questiona, meio surpresa, meio horrorizada.

— Acho que sim? — Eu gargalho nervosamente.

— Bem... Eu não estou interessada. — Ela responde simplista, escrevendo algo no caderno.

Minha decepção deve ser muito evidente. Ela ri e fecha o caderno de anotações.
— Não fique assim. Não estou mais brava, okay? Só não me dou bem com seus amigos.— Responde, como se fosse a explicação mais fácil para me dar.

— Você não gosta deles? Por que?

— Bem, para começo de conversa, não os conheço. — Ela começa, lentamente trançando seu cabelo azul. — Segundamente, não quero os conhecer.

Eu bufo, negando com a cabeça desacreditada.
— Não é justo.

— Sabe o que não é justo? O imediatismo dele diante os boatos e suas suposições. Nós duas sabemos que se sentarmos naquela mesa amanhã, pelo menos um deles vai nós falar merda.

Eu abro minha boca para protestar, mas não consigo discordar com ela, porque no final, ela está certa. É muito cedo para pedir como sentar na mesa com meus amigos.

— Vamos lá. Você sabe que estou certa, eu nem consigo descobrir porquê você saí comigo. — Ela bufa. — Ah, é. O trabalho.

— Ei, ei! Não é so isso. Eu queria esclarecer isso, mas não tinha a oportunidade: Eu acho que realmente podemos ser amigos depois do projeto também. Digo, se você quiser. — Eu coço meu pescoço, nervosa.

— É isso que você quer? Ou a nossa professora, seus amigos, e sua reputação, querem? — Ela pergunta, e minha boca cai aberta.

— Não é assim! Eu não sou assim!

— Viu? É isso que você faz, até comigo! De novo, vá lá e tente salvar sua reputação de boa garota!

— É isso que você pensa que estou fazendo? — Eu murmuro.

É isso que estou fazendo?

— Sim. Eu tenho certeza que é isso que você está fazendo. — Ela concede.

— Eu... Eu... —Eu estou sem palavras. Eu nem sequer pensei no porquê de todo mundo pensar que sou tão boa, a garota obediente que nunca causa problemas.— Você está certa. É exatamente isso que estou fazendo. — Eu percebo, piscando rapidamente.

Sua expressão suaviza e ela suspira.
— Sim. Parece que sim.

— Não sei o que fazer. — Eu admito.

Ela me encara por um tempo.
— É sua decisão o fazer, você pode manter essa estrutura, ou você pode, não sei, parar de se importar com que todo mundo pensa? — Ela sugere.

— Na verdade... — Eu resmungo. — Essa é uma ótima idéia.

Seu sorriso hesitante é fraco, mas ela acena com a cabeça, uma expressão de alívio montada em seu rosto inteiro.

























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traduzindo isso durante a aula de inglês, pra se a professora pegar não poder dizer que não to estudando 😁

crotchety, new, loveable - billie eilish.Where stories live. Discover now