crotchety, new, loveable - billie eilish.

40.

Leiam as notas do final. Todas, por favor.

Boa leitura.

⟩⟨

Eu sou a cor favorita dela.

Eu gostaria de tê-la ouvido cantando. Pelo menos apenas uma vez.

Isso dói. 

Abro os olhos lentamente, ajustando-me à luz branca e nítida ardendo em meu rosto.

Eu levanto minha mão para esfregar meu rosto, mas rapidamente percebo que está conectado a algo pequeno e longo. 

Um cabo? Não. Um tubo? Onde estou?

Eu tento limpar minha visão para que eu possa finalmente ver o que está acontecendo ao meu redor. Vejo figuras, figuras escuras até que tudo clareia e minha mãe suspira audivelmente acima da minha cabeça. 

— Jade?

Sua voz soa distante como se ela estivesse me chamando de outro lugar, embora ela esteja bem acima da minha cabeça. 

— Onde estou? — minha voz soa rouca aos meus próprios ouvidos, como se não fosse usada há algum tempo. 

— No hospital. Você se lembra de alguma coisa?

Há outra pessoa bem ao lado da minha mãe. 

Uma garota loira e alta com olhos de oceano.  Sinto lágrimas ameaçando escorrer dos meus olhos e não consigo nem dizer por quê.

— Amanda? — eu sussurro.

Ela parece familiar e eu sei exatamente quem ela é, mas, ao mesmo tempo, não sei.

Ela sorri fracamente ao ouvir seu nome.

Sua camiseta está encharcada e uma cachoeira de lágrimas escorre por suas bochechas. Ela parece aliviada e assustada ao mesmo tempo.

— Estou aqui. Está tudo bem. — sua voz falha. 

Olho em volta, observando a sala branca.
Por que estou aqui? Eu desmaiei? 

— Não me lembro o que aconteceu. Eu deixei ela ir... mas ela vai voltar. Devíamos falar ao telefone logo depois que ela chegasse. Ela me ligou? Diga que não perdi a ligação...

Minha mãe e Amanda parecem absolutamente confusas. 

— Quem você deixou ir, Jade? Quem deveria ligar para você? — pergunta minha mãe.

Certo. Ela não sabe muito sobre o que aconteceu depois que eu decidi deixar Billie ir para o orfanato. 

— Billie. Minha namorada. Aquela que você desprezou, acusou manipulação e se recusou a se acomodar em nossa casa.

Amanda parece horrorizada, mas minha mãe apenas acena com a cabeça, não se incomodando para negar nada.

Ela deve estar muito satisfeita com o fato de que minha namorada não está mais por perto.
Bem quando estou prestes a perguntar à minha mãe o que aconteceu comigo, um jovem médico entra na sala, segurando uma pequena caixa redonda. 

— Graças a Deus você está aqui Dr. Host. Ela está muito confusa. Acho que essa foi a pior que ela já teve. Ela não se lembra de nada! — minha mãe diz rapidamente, tropeçando nas palavras. 

— Vou verificar isso agora mesmo. Por favor, afaste-se um pouco.

O homem se aproxima de mim e gentilmente coloca sua mão direita na minha testa. Ele é civilizado, mas tem uma expressão preocupada.