JOANA
Já tinha pelo menos trinta minutos que eu tinha escutado a voz dele no corredor da casa e depois quando subia para o meu quarto, senti o cheiro do perfume amadeirado que já era marca registrada do Gabriel.Tomei um banho, me hidratei, escovei os dentes, arrumei meu cabelo e vesti uma camisola de seda, com um decote bem cavado. Coloquei um roupão também de seda, só pra tampar caso encontrasse a dona Lindalva pelo corredor.
Eu sabia da derrota do time e queria só fazer ele relaxar um pouco, sabia que ele chega estressado dos jogos, mesmo que fosse em alguma vitória. Só iria ajudar um pouquinho. Antes que ele pudesse encontrar a filha ou a ex mulher que está hospedada no quarto de frente ao meu.
— Gabi... — Chamei baixinho já entrando no quarto e encostei a porta atrás de mim.
Quando me virei para dentro do quarto. Vi Gabriel rindo de alguma coisa que a Maya falou e a Bianca estava deitada próxima dele, por cima de um dos seus braços, o jogador estava sem camisa e com a mão livre estava alisando o braço da maquiadora.
— O que você quer aqui? — Bianca me olhou como se me desafiasse e o Gabriel percebeu minha presença, fechando o sorriso e eu fechei meu roupão, cruzando os braços em volta do corpo.
— Eu só vim falar com o Gabriel, se ele estaria precisando de alguma coisa... não sabia que vocês duas estavam aqui. Essas horas vocês já costumam está no quarto de vocês.
— Vamos dormir com o papai!!! — Maya contou alegre e eu sorri para a menina.
Eu engoli a seco e não esperei ninguém responder, já bastava o olhar que a Bianca me dava. Sai do quarto quase correndo.
BIANCA
— Me segurando pra não dá dois tapas nela, por culpa daquele dia a Maya tá assim. — Falei me ajeitando na cama.— Ela não fez porque quis. — Gabriel falou me encarando.
— Não interessa, não era nem pra ela da banho nela, não gosto de qualquer pessoa tocando na Maya. — Falei bicuda.
Ajeitei a Maya que já estava quase dormindo, ela tinha tinha uma mania terrível de ficar com as mãos dentro da minha camisola.
— Deixa mamãe. — Ela falou dengosa com a chupeta na boca.
— Maya, eu tô de moletom, também tô com frio. — Falei rindo, mais deixando ela colocar a não por baixo da minha roupa e chegar ao meu peito.
Gabriel parecia ajeitar algo do closet, meu olhos estavam pesados, eu sentia meu corpo quente mesmo.
— Quando a Maya pegar no sono eu vou tomar um banho morno, sua mãe disse que baixa a febre. — Falei quando vi ele sair do closet e deitar atrás da Maya, colando o corpo no dela que se ajeitou nos brancos dele, mas sem tirar a mão do meu peito.
— Solta essa borracha filha. — Gabriel falou rindo, se referindo ao meu silicone.
— A resposta que você merecia, a Maya não pode ouvir.
Depois de um tempinho a Maya já dormia, de longe eu ouvia a respiração dela mais pesada, parecia está com o nariz entupido.
— Gabriel. — Sussurrei e notei que ele estava no mesmo sono que a Maya.
Tirei a mão dela de dentro do meu moletom, levantei devagar procurando o soro pra tentar desentupir o nariz e da a ela uma noite tranquila.
O remédio estava no aparador ao lado do Gabriel, peguei e tentei me borrifar no nariz dela que fez caretas e manhas mesmo de olho fechado.
— Que foi? — Gabriel perguntou despertando rápido e sem entender aquele resmungo da Maya.
— O remédio. — Falei colocando de volta a chupeta nela. — Vontade de jogar essa merda fora.
— Ela só quer quando tá manhosa. — Gabriel defendeu se agarrando mais a ela que mesmo de olho fechado chamou por ele.
— Papai?
— É vida, papai, papai tá aqui. Foi só o remédio do nariz, pode dormir.
O papai da Maya realmente é um príncipe pra ela, pra mim ele foi um ogro, mas pra Maya ele era tudo.
— Ontem tava assim comigo, hoje nem quer conta. — Falei sentando na beira da cama e ajeitei as meias no pé da Maya.
— Você sabe que ela me prefere né? — Ele perguntou rindo.
Mostrei o dedo do meio pra ele.
— Você tá melhor?
— Não, tô sentindo meu corpo febril, sua mãe falou de tomar um banho morno, vou optar por isso.
— Toma ai, na banheira.
Encarei ele e apertei meus olhos.
— É sério, sem safadeza, só pra você relaxar.
— Tá bom! Mas vou preparar mesmo pra mim, se eu tivesse em casa ia fazer isso.
Entrei no banheiro e liguei a banheira pra encher, água morna, não teria coragem de tomar frio.
Gabriel tinha uma televisão no banheiro, com certeza era pra assistir filme pornô, conheço esse traste.
Ri sozinha lembrando de quão maliciosa é a mente dele. Eu tava exausta, aquele gripe tinha me deixado ainda pior.
Tirei moletom e senti o frio que vinha do ar condicionado do quarto, me arrepiei inteira.
A banheira ja estava cheia o suficiente pra entrar. Mesmo morna a água eu senti frio, me ajeitei ali e coloquei algo pra passar na tv, no YouTube.
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Labirinto | GB10
Fanfictionporque ela realmente sabe que por mais que pareça que você esteja se divertindo, ou se encontrando por aí, ela sabe que você está mais perdido que qualquer outra pessoa ao seu redor. • todos os direitos reservados. • história original • não autoriz...