Acordo de Sangue - A União Da Máfia

Capítulo 20 - Anelise

Mais um capítulo fresquinho e novo em folha. Nem parece que eu escrevi ontem hahaha.

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Anelise Giavazi Bennett

Dirigi pela estrada de terra enquanto minhas irmãs estavam em silêncio absoluto dentro do carro.

Fazem exatamente 24 horas que coloquei o plano gênesis em execução. E agora tenho que fazer a coisa mais difícil do mundo, me esconder e ver Petrov tomar aquilo que é meu, mas isso é necessário. Preciso mantê-lo distraído enquanto planejo meu próximo passo, e a única forma de fazer isso era entregando tudo que é meu. O plano consiste basicamente em uma retirada total, todos e tudo que fazem parte da minha máfia vão sumir, se esconder, ficar na encolha até segundas ordens, desde um simples soldados até mesmo eu. Esse plano foi idealizado por meu pai há muitos anos, mas eu nunca pensei que fosse precisar usá-lo.

Depois de organizarmos tudo o que podíamos e pegar tudo o que precisamos, saímos de casa. Tudo que temos está no carro. Dinheiro, comida, armas, roupas e tecnologia. É só do que precisamos.

Dobrei a direita na estrada deserta e mesmo de longe consegui ver a velha e conservada construção do chalé.

– Vamos ficar aqui? – perguntou Kate, quebrando o silêncio.

– Sim, temos que ficar quietas por um tempo, pelo menos até eu ter certeza do que vamos fazer. – respondi.

– Sabe que esse plano vai ter consequências desastrosas, não sabe?

Balancei a cabeça em concordância. No entanto, a verdade é que eu nem sei se vou sobreviver a esta guerra, e se por acaso eu sair inteira, as consequências do plano serão o de menos. Vamos ter problemas muito maiores.

Estacionei o carro próximo ao chalé e desliguei os motores.

– Antes que entremos nesse chalé, vocês precisam ter duas coisas em mente. A primeira é que não importa o que vocês pensem, mantenham a mente aberta, por favor. E a segunda, é que vocês não podem me odiar. – falei.

Olhei pelo retrovisor e vi que no banco de trás minhas irmãs se entreolharam.

– Por que está nos pedindo isso? – indagou Amélie.

– Vocês vão entender em alguns minutos, mas preciso ter certeza de que não vão fazer nenhuma estupidez.

– Ok, tudo bem. Não vamos fazer nada. – afirmou Kate.

Saímos do carro, pegamos as coisas mais essenciais para o momento e subimos os poucos degraus. Atravessamos a pequena varanda e eu abri a porta.

Assim que entramos, o cheiro de comida preencheu nossas narinas. Colocamos as coisas no sofá e minhas irmãs analisaram o lugar cautelosamente.

– Que lugar é esse? – perguntou Kate.

– Um refúgio.

– Aparentemente não tem nada de errado aqui, por que nos pediu aquilo no carro, então? – questionou Amélie.

– Me acompanhem e vão entender.

Elas assentiram e eu as guiei pelo corredor até a cozinha. As duas pareciam desconfiadas, no entanto, curiosas.

Assim que chegamos ao cômodo de destino, eu tive um déjà-vu. Porque de costas para mim mexendo uma panela no fogão, estava Oliver Moretti. Não pude conter o pequeno sorriso de alívio em vê-lo de pé.

Ele estava vestindo uma calça jeans e uma camisa polo. Seu braço estava apoiado em uma tipoia e eu percebi que ele apoiava o peso do corpo na perna esquerda.