Capítulo 61 - Oliver

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Oliver Cooper Moretti

– Lucca – chamei meu primo, que atirava para todos os lados. – Temos que sair daqui, Agora!

– Vai ser um pouco difícil passar por esse bando de idiotas que estão no nosso caminho.

– Temos que passar, Enrico vai colocar fogo ou explodir tudo isso aqui! – exclamei, sabendo que o tempo está acabando.

– Oh, merda! – grunhiu meu primo. – Quase todos nós entramos para te procurar depois que você se separou de Jonh e Kate.

– Então tire todos daqui! – ordenei.

– E você? – perguntou ele.

– Eu vou atrás de Enrico.

– Não! Isso é loucura! Você condenou Anelise por ir atrás dele e agora quer fazer o mesmo?! Eu não vou permitir.

– Lucca, isso tem que acabar hoje. Não posso passar a vida caçando aquele infeliz e tendo medo de que ele venha atrás da minha família. Essa briga é entre mim e ele.

– Você é meu irmão! – gritou Lucca. – Fomos criados juntos para matar e morrer um pelo outro! Não vou deixar que você se suicide! O que espera que eu diga para Anelise quando ela acordar? Que o deixei ir?!

– Estou pedindo que proteja as pessoas que amo! Não vou permitir que ninguém mais se machuque, e não posso fazer isso sabendo que Enrico ainda está vivo.

– Essa é uma péssima ideia!

– Eu sei disso, mas uma ideia ruim é melhor que ideia nenhuma. Eu já sacrifiquei coisas demais, Lucca. Minha família não entrará para essa lista. – Afirmei.

Me ajoelhei no chão e coloquei Anelise com cuidado ao lado de Lucca.

Do outro lado da sala, Pietro me encarou, e ele viu em meus olhos o que eu faria. Ele sempre me conheceu bem.

Ele começou a negar com a cabeça, suplicando internamente para que eu não fizesse isso, mas não há escolha. Isso tem que acabar hoje.

– Oliver, não se atreva a sair daqui. – Grunhiu Lucca, no entanto, eu o ignorei.

Sai em disparada na direção oposta, ouvindo os gritos de Pietro e Lucca para que eu voltasse, mas a única coisa que fiz antes de desaparecer pelos corredores foi observar Anelise uma última vez.

Engatilhei a arma e segui pela casa, atirando em cada soldado de Enrico que eu encontrava em meu caminho. Ele escolheu um bom lugar para se esconder, grande o suficiente para me fazer andar em círculos sem chegar a lugar algum.

Ativei a frequência do comunicador e conectei na linha da única pessoa que eu sabia que estaria pronta para me dar a resposta que preciso. Assim que ativei o áudio, ouvi sua voz suplicante do outro lado.

Por favor, não me obrigue a fazer isso. – pediu Elisa, como se tivesse lido meus pensamentos.

– Quando Anelise pediu você nem sequer pensou duas vezes. – Argumentei.

E me arrependo muito disso.

– Isso tem que acabar hoje, Elisa.

Mas não precisa ser à custa da sua vida. Ele vai matá-lo, você sabe disso.

– Não vai, tenho uma promessa a cumprir.

Anelise vai me odiar se eu fizer isso.

– Todos nós vamos morrer se você não o fizer. O tempo acabou Elisa, é tudo ou nada.

Acordo de Sangue - A União Da MáfiaWhere stories live. Discover now