Dono do Morro (Concluído)

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Amanda

Saio correndo e entro no carro, acelero nas ruas da favela com minha visão turva pelo choro. Minha garganta dói assim como minha cabeça e meu pescoço.

Não acredito que ele foi capaz disso.

Onde fui acredita que ele mudaria por mim. Ele é uma pessoa ruim, de coração ruim, e mesmo assim eu me entreguei e confiei nele pra ele me estrangular até quase me matar

Não quero nem pensar no que seria de minha se Duda não estivesse  casa, muito menos se Malvadão não tivesse lá pra fazer ele me soltar.

Agora, carregando uma criança na barriga me sinto mais presa que antes. Eu vou tirar essa criança, e me livra dele de uma vez por todas!

essa é a vontade! Cortar todos os lanços de vez com esse homem.

Só uma pessoa consegue me fazer sumir sem que ele me encontre

Pego o caco de celular que restou com as mãos tremendo, a visão turva que dificulta mais ainda por está com a tela toda quebrada

📱Ligação on 📱

— fala doutora, em que devo a honra de receber sua ligação nessa linda manhã?

— Coroa me desculpa...

— o que aconteceu Amanda?

— eu preciso sumir do mapa, nunca te pedi nada, pelo amor de Deus só me tira daqui

— o que tá acontecendo Amanda, onde vc está?

— do saindo da avenida Brasil...

— o que BM fez com vc?— não tenho coragem de falar — o que tá acontecendo Amanda porra!

— ele me agrediu   

— Porra!!

— eu tenho que ir embora Coroa, por favor, ele vai vim atrás de mim e eu...

— vem direto pra k

— eu tenho que ir em casa buscar meu dinheiro... Eu tenho um dinheiro no cofre...

— não! Vem direito pra k

— só vou buscar o dinheiro e deixar o carro, acho que ele tem rastreador, já estou em Laranjeiras

— um menino vai te busca aí, não fica no seu apartamento. Irei ligar assim que ele chegar

— obrigada!

📴Ligação off📴

Estacionamento o carro de qualquer jeito na rua e subo correndo, abro o cofre e Jogo na bolsa todo dinheiro que juntei. Pego os mais importantes e deixo tudo pra trás. Desco de elevador, a porta se abre e seu Antônio o porteiro vem na minha direção assustado

— senhora Amanda seu amigo subiu correndo...

— ah obrigada seu Antônio, irei ligar pra ele e falar que estou aqui embaixo— respondo cm meu coração na boca.

Vou em direção a garagem fugindo de seu Antônio. Sinto meu celular tocar cm a msg do Coroa.

Na frente do carro um cara me aguarda na moto e nem espera eu colocar o capacete e já acelera, mas felizmente em uma velocidade que consigo colocar o capacete. Com uma mochila nas costas, contendo meu dinheiro e meus documentos eu vôo pelas ruas do Rio de Janeiro.

Entramos em um condomínio gigante e luxuoso até parar enfrente uma mansão, o portão é aberto e o menino me deixa lá dentro.

— Obrigada!— digo fraca