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Maria Eduarda

- o que foi princesa?- sinto jefinho me abraçar por trás enquanto eu choro - ei meu amor... O que ouve Maria Eduarda?

Eu choro, meu corpo treme, jefinho se desespera. Me pega no colo me leva pro quarto enquanto escondo minha cabeça no pescoço dele e tento para a crise. Ele me abraça, me aperta e fica assim até eu conseguir parar

- xiuuu passou princesa, passou...- ele beija minha testa tirando o cabelo - quer um pouco de água?

- o que houve jefinho?- a mãe dele entra no quarto

- não é nada mãe ...tá tudo bem

- vou pegar água pra ela - a mãe de jefinho sai correndo do quarto

Respiro e inspiro devagar, até voltar a tomar conta do meu corpo. O copo de água caiu como uma luva, e me sinto bem melhor

- obrigado mãe... Mãe, a senhora pode me dá licença pra eu conversar com ela?

- claro... Qualquer coisa me grita - ela sai do quarto e fecha a porta

Bebo o restante da água pra criar coragem de falar

- o que houve ? Já dá pra me contar? - jefinho é um fofo, sem palavras pro carinho que ele me trata.. por ele eu respiro fundo pra falar

- Amanda me ligou... Chamou a gente pra ir passar o natal cm eles

- isso é bom não é?

- meu irmão...- eu tento, mas começo a ficar nervosa de novo

- respira Duda... Isso é bom! Muito bom... Vc vai estar cm sua família... Respirar meu amor, respira

- eu não sei se quero... E si...

- claro que vc quer... Só está nervosa agora. Vc pede por isso todos os dias minha princesa- ele me abraça me deixando muito mais calma

- e sua mãe? Ela tá tão animada... Como vamos sair daqui?

- ela vai entender...

- eu não consigo jefinho

- sozinha... Eu vou estar cm vc. Quando se sentir mal, eu vou saber e te tirar de lá

- eu queria tanto vê minha sobrinha...

- eu sei, e vc vai... Noix vamos...

- sera que eles...

- não pensa... Vamos descer e ficar cm minha mãe o restante do dia. Logo mais, quase dando a hora a gente vai pra lá. Jae?!

- eu...

- vc quer ir?

- eu quero- ele sorrir e eu beijo ele. Esse sorriso dele é tudo pra mim

- vamos descer

Vou ao banheiro antes de ir, arrumo minha cara e desço de mãos dada cm ele. Ficamos cm a família dele até certo horário e quando deu a hora nos despedimos e fomos pra casa de Amanda

Desdo dia que sai de casa, eu estou sem falar cm meu irmão. O que eu presenciei, as coisas que ele falou pra mim depois, me levaram pra um lugar que nunca imaginei estar.

Eu amo meu irmão, ele foi mais que um irmão. Foi um pai pra mim... Ele era o meu herói, mesmo fazendo as merdas que eu sei que ele faz pra mim nunca importou.
Infelizmente muitas coisas aconteceram naquele dia...
Vê Amanda quase morta por ele, e depois presenciar ele agredindo fez meu corpo gelar de medo, eu nunca senti medo dele, nem de ursão, de ninguém.

Mas naquele dia eu travei e não consegui mais esquecer o que eu presenciei.

Eu sei que aquele não era ele. Eu tenho noção o que a cocaína faz com ele, mas nunca, nunca vi meu irmão daquele jeito.

Dono do Morro (Concluído)Where stories live. Discover now