Capítulo 21 - Onde Será Que Eles Estão?

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(Tiago)

Dónde estás, amor, amor? (Onde você está, amor, amor?)

Dónde no estás, amor, amor? (Onde você não está amor, amor?)

Te buscaré (Te buscarei)


Thiago

Eu acordei por volta de 6h30, estava muito cansado, pois na noite anterior eu havia demorado para dormir, pois fiquei pensando na Mar, ela é tão linda, nunca conheci uma garota como ela, é bonita, sensível, mas também de personalidade forte, e eu gosto disso, é o que a torna diferente das outras.

Pouco após acordar, eu vi que o quarto estava muito silencioso, olhei para os lados e não vi Rama e nem o Tato, acho que eles já deviam ter levantado, o que era meio estranho, já que geralmente era eu quem acordava os dois. Fui até o banheiro que havia em nosso quarto e nem sinal de ambos, o que de fato era mega estranho. Então, resolvi descer para ver se eles já estavam na cozinha para tomarem café da manhã, porém, antes de descer o último degrau, eu avistei Cielo, que parecia meio aflita.

- Viu o Rama e o Tato? - Perguntei.

- Não me diga que eles também sumiram.

- Como assim ''também''?

-A Jaz e a Mar não estão em nenhum lugar. - A loira disse bastante preocupada.

- A Mar? - Perguntei preocupado. - Tem certeza?

- Sim, não a encontro em nenhum lugar.

E nisso, Nico surgiu vindo da direção da cozinha, e também parecia super preocupado. O homem disse para Cielo:

- Péssimas notícias! Aleli, Murilo e Zeca também desapareceram.

- Ai, meu Deus! - A loira disse apavorada. - Onde será que eles estão?

- Calma, vamos encontrá-los. - O homem disse ao abraçar a mulher, provocando ciúmes em Malvina, que apareceu no momento.

Possivelmente todos deviam estar juntos, pois senão seria coincidência demais. Meu pai disse que acha que eles se esconderam para não irem ao colégio, eu não conseguia acreditar muito nisso, havia algo de muito estranho nessa história.

Acabou que ninguém foi ao colégio, e todos saimos para procurá-los, estávamos tão preocupados, eu não parava de pensar neles, principalmente na Mar, como será que ela devia estar? Será que estava se alimentando? Será que estava com frio? Será que estava com medo? Ah, e aposto que se o Rama estiver com ela, deve estar dando em cima dela, e eu nem estou lá para defendê-la, ah, como queria estar com a Mar para a proteger de tudo.

Nos dividimos em dois pequenos grupos e saimos para procurar eles pelas ruas, já que pelo abrigo não havia nenhum rastro deles. Eu havia ido com meu pai, Justina e Luz. Cielo foi com Nico, Malvina e Cristiano. A gente havia ido no carro do meu pai e fomos procurar pelo centro, já os demais foram no carro do Nico e foram procurar pelos bairros próximos. Ah, tomara que a gente os encontre logo.


                                                                                        (...)


Após algumas horas de buscas, acabamos indo pra casa, não havíamos encontrado nenhum sinal deles, e eu estava tão preocupado com isso, queria muito que a Mar voltasse logo, e os outros também, é claro.

Fui até o quarto das meninas, e me aproximei da cama da Mar, peguei o ursinho de pelúcia da garota, olhei-o um pouco, e logo o coloquei de volta em sua cama. Sentei na cama e me pus a pensar onde eles poderiam estar, mas eu não fazia ideia, e então, avisei um papel caído no chão, perto do meu pé. Peguei o papel e comecei a ler o que dizia.

-''Cielo, Nico e Tiago, aqui é a Jaz. -''Ué, que estranho, pensei que fosse da Mar, deve ter voado'', pensei. -''Eu sei que não foi uma atitude legal, mas a verdade é que resolvemos fugir, pois estávamos cansados de sermos presos, de fazermos coisas que não queríamos, e nas ruas poderemos ser livres, poderemos fazer só o que quisermos, sem ninguém para dizer o que temos ou não que fazer. Mas saibam que sentiremos muita falta de vocês, e do Cris, da Luz... Ah, prometo que cuidaremos bem da Aleli e do Murilo, inclusive, eles estão ótimos. ''

Droga! Agora eu tinha certeza de que a Mar estava com o Rama, pois Jaz foi muito clara em dizer que eles estão todos juntos.

E de repente, Nico apareceu, e sentou ao meu lado.

- Você gosta dela, né? - Perguntou.

- Muito. - Dei um leve sorriso ao lembrar de Mar.

- Ela está bem, e logo voltará. Bom, todos voltarão logo. Você vai ver. - Me fez um leve cafuné.

- Tomara! Ah, a Jaz deixou essa carta.

Entreguei a carta para o mais velho e sai do quarto. Fui até o escritório do meu pai e pedi que ele fizesse algo para encontrar a Mar e companhia, mas ele disse que estava fazendo o que podia. Droga! Eu estava muito agoniado sem notícias. Ah, onde será que ela está?

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