23°

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Depois de me divertir muito na casa dos tios de Robin, nós almoçamos, assistimos o jogo e fomos embora.

O tio de Robin me levou até a porta da minha casa e eu os convidei para entrar porém eles não quiseram.

Eu continuei com a minha rotina normal e fui dormir. Amanhã seria o feriado de finados e eu iria no cemitério bem cedinho para não pegar ele bem cheio.

(Gente, eu sei que o feriado já passou alguns dias porém eu quis adicionar ele aqui na fanfic)

Segunda-Feira
08:30

Eu acordei e me arrumei. Tomei um café da manhã e perguntei se a mamãe iria junto comigo para o cemitério.

S/n- Você vai junto comigo?

Laís- Não, eu preciso passar no hospital para ver seu irmão e depois vou lá.

S/n- Ok - Peguei a caixinha de fósforo em cima da mesa - Tô levando um pacote de velas ok?

Laís- Tudo bem - Ela pegou a chave do carro - Vou te levar até lá, vamos?

S/n- Sim - Saímos de casa e mamãe me levou até o cemitério.

Chegando lá eu vi que não havia muitas pessoas, ainda bem porque a pior coisa do mundo é ir num cemitério cheio de gente.

S/n- Eu volto pra casa a pé - Abri a porta do carro e saí - Tchau.

Laís- Você se lembra onde ficam os túmulos?

S/n- Sim - Fechei a porta e entrei. Uma sensação estranha passou por mim e eu respirei fundo.

O primeiro túmulo que eu fui era o do meu pai. Ele morreu quando eu tinha 8 anos de problemas no coração.

Ver a foto dele lá naquela lápide e saber que eu nunca mais iria poder ouvir a voz dele era o coisa mais horrível do mundo. Meu pai fez coisas muito ruins para eu e meu irmão porém eu sei que ele nós amava.

Acendi três velas e fiz uma oração para ele, me segurando para não chorar porém falhei. Aquilo era muito difícil pra mim, aceitar a morte do meu pai.

Fiquei lá parada chorando por alguns minutos até sair e ir para os outros túmulos. Eram os dos meus avós. Eles tinham morrido de acidente de carro há muito tempo. Minha mãe estava no carro junto e foi a única sobrevivente.

Acendi 4 velas para os dois e fiz a oração. Era estranho estar hoje no cemitério. Ele estava bem vazio e como era cedo o clima estava ensolarado com vento gelado.

Meus pensamentos estavam dominando minha cabeça e minha mente até que avistei de longe uma cabeça lisa usando bandana. Devia ser o Robin.

Fui até lá e quando cheguei perto escutei a voz dele dizendo:

Robin- Eu realmente queria que vocês dois estivessem aqui, é tudo tão difícil sem vocês por perto para me ajudar ou me dar amor, porém eu sempre tento ao máximo honrar tudo que ambos me ensinaram e... - Ele deu uma pausa e respirou fundo - eu queria que pudessem conhecer a garota que eu amo, aquela que me faz ser feliz todos os dias e que eu não consigo viver sem. Vocês iriam a amar, até porque é inevitável não a ama-la. Eu me sinto tão vazio sem a sua presença aqui que parece que nunca serei como antes... Feliz, vocês se foram e levaram junto toda a minha felicidade e força de viver - Robin colocou as mãos na cabeça e começou a chorar. Eu fiquei tão quebrada com aquelas palavras que fui chegando perto dele com os olhos lacrimejando.

Robin nunca falava sobre os pais dele, mas hoje eu vi o quando ele sofre com isso e não demonstra.

Robin- AAA - Ele pegou um dos vasos que estavam as flores e tacou no chão com toda a força que tinha.

Querido Robin | Robin Arellano Where stories live. Discover now