32°

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Acordei com a cabeça ardendo e minha visão estava totalmente embaçada.

...- Que bom que acordou - A voz daquele homem surgiu na minha frente e eu forcei a vista para tentar ver ele - Não se assuste, não vou te machucar. - Ele se sentou na minha frente e eu fiquei imóvel - Não precisa se preocupar, tudo irá ficar bem - Um riso saiu dele e eu senti o peso do colchão que estava sentada sair - Volte a dormir - Um barulho de porta se fechando foi ouvido e eu fiquei parada por alguns minutos até conseguir deitar encolhida.

Minha cabeça ardia e eu não via nada. Meus pensamentos eram totalmente distorcidos e não tinham ligação nenhuma. Após algum tempo fechei os olhos e adormeci novamente.

***

...- Acorda - Senti mãos me chacoalhando com força.

S/n- Hm? - Falei abrindo os olhos e vendo aquele homem com uma máscara na cara - SAI DE PERTO DE MIM - fui para trás e olhei ao meu redor - Cadê o Finn?

...- O outro garoto?

S/n- É, o que você fez com ele?

...- Primeiramente, meu nome é Grabber, e segundo, o menino não está aqui.

S/n- É você, o sequestrador de crianças. - Ele ficou quieto, olhou para o lado e viu que a porta estava aberta.

Grabber- Eu não iria pegar você, mas como tinha amizade com todos os garotos e por azar estava junto com o loirinho, eu te trouxe até aqui.

S/n- O que vai fazer comigo? Onde estão os meus amigos? Cadê o Robin?!

Grabber- Não faça tantas perguntas, uma hora você irá saber.

S/n- ONDE ELES ESTÃO - Gritei e o mesmo se levantou com uma faca na mão apontando para mim.

Grabber- Poupe os gritos lidinha, a hora que eu for me divertir com você não quero silêncio.

Fiquei quieta com medo e comecei a chorar.

Grabber- Se você se comportar eu posso pensar em deixar você ver o seu amigo.

S/n- O Finn tá vivo? - Disse com esperança.

Grabber- Sim.

S/n- E os outros? - Grabber ficou quieto e saiu de lá me deixando sozinha. Eu queria acreditar que Finn estava com os outros e que eles também estavam bem.

***

(Vou dar uma pulada no tempo)

Já fazem duas semanas que eu estou aqui, presa. Grabber me traz comida duas vezes ao dia e eu não tenho mais vontade de viver. Não sei quando irei sair daqui e se irei sair com vida.

Quando ele disse que iria se divertir comigo eu achei que seria para me torturar ou abusar de mim, mas na verdade era me vendo sofrer, eu não aguento mais esse lugar, quero sair e ver minha família e amigos.

Grabber- Acorda garota - Ele estava segurando uma corda e um pedaço de pano.

S/n- O que é isso? - Vi que tinha uma faca atrás dele - Não, por favor não...

Grabber- Fica quieta e deixa eu te amarrar.

S/n- Você vai me machucar - Fui para trás.

Grabber- Se você tentar fugir, sim - Ele veio em minha direção - Como se comportou e não tentou fugir eu irei te levar até o seu amigo.

Não fiz mais nada, aquela era a minha chance de ver o Finn, mas também era a minha chance de escapar. Eu não sabia se ele estava mentindo mas o meu orgulho não falou mais alto, eu precisava ver o Finn.

Querido Robin | Robin Arellano Onde as histórias ganham vida. Descobre agora