Querido Robin | Robin Arellano

37°

( quem é vivo sempre aparece né? Kskskks)

Gwen- S/n? - Ela batia na porta a uns 5 minutos e eu ficava parada. Não sabia se era a hora certa de conversar com alguém depois daquilo. - S/n, eu posso entrar? - Gwen já devia saber daquilo, se eu a conheço bem ela teria dado duas batidas e entrado.

S/n- Entra - Falei e ela abriu a porta no mesmo instante.

Gwen- S/n! - Ela veio até mim e me abraçou com força - Desculpa, não queria te machucar.

S/n- Tudo bem - Ela se separou de mim e me olhou. - Tá bom, Gwen. Não precisa esconder que sabe oque aconteceu.

Gwen- Eu... - Ela olhou para baixo e depois voltou seu olhar para mim - Eu não sei oque dizer.

S/n- Não precisa dizer nada, tudo oque eu quero agora é não ficar escutando "eu sinto muito" - Fiz aspas com os dedos.

Gwen- Você tá bem?

S/n- Tamo aí.

Gwen- Sabe que pode contar comigo né? Quero te ajudar em tudo que puder.

S/n- Obrigado, mas não precisa Gwen.

Gwen- Sua mãe contou somente para mim, acho que além dos médicos e eu ninguém mais sabe.

S/n- Ainda bem. Quanto menos gente souber, melhor.

Gwen- Você vai contar pro Robin?

S/n- Não, ele não precisa saber disso.

Gwen- Vocês são namorados.

S/n- Eu sei, mas ele está numa situação pior do que a minha, então eu não vou fazer ele se preocupar com os meus problemas.

Gwen- Eu acho melhor você contar, não precisa ser agora, mas você tem que falar.

S/n- Por que? Oque isso vai mudar? Eu já fui abusada, não tem oque mudar nisso.

Gwen- S/n, não é sobre mudar oque aconteceu e sim que ele precisa saber pra ver o quão forte você foi, todo casal conta tudo um para o outro.

S/n- Se algum dia eu quiser, eu conto. - Olhei para o lado e Gwen respirou.

Gwen- Vou embora, acho que você quer ficar sozinha.

S/n- Não, Gwen! - Ela deve ter entendido que eu fui grossa para ela ir embora - Eu só estou com a cabeça cheia, você pode ficar aqui sim.

Gwen- Não, S/n. Você tem que descansar e também eu estou te atrapalhando.

S/n- Não tá não.

Gwen- Tô sim - Ela se aproxima e me dá um beijo na bochecha - Espero que você fique bem, não pensa muito nisso que aconteceu, ele está morto e vai pagar caro por tudo que fez.

S/n- Obrigada, Gwen. - Sorri.

Gwen- Amanhã eu volto, qualquer coisa pedem para me ligar que eu venho correndo.

S/n- Ok - Ri e ela saiu. Isso tudo é tão estranho, eu nunca me imaginei passando por isso e eu não posso me mostrar fraca, preciso ser forte, mais forte do que nunca.

Fiquei assistindo meu desenho até alguém bater na porta.

S/n- Entra.

Vance- É o Vance.

S/n- Então não entra não - Falei aquilo e Vance abriu a porta. Sempre fazíamos essa brincadeira em casa.

Vance- Como você tá gigante de aço?

S/n- Bem...

Vance- Dores?

S/n- Um pouco.

Vance- Mamãe tava estressada com alguma coisa, oque será que é? - Na hora lembrei de mim mas agi naturalmente.

S/n- Não sei, deve ser muito trabalho.

Vance- Verdade - Ele se sentou na poltrona do meu lado - Vou mudar de canal.

S/n- Mas eu tô vendo meu desenho.

Vance- Depois eu volto - Ele pegou o controle e mudou de canal, eu bufei até que ele parou no jornal e a minha cara congelou.

Vance- Mas que merda é essa? - Ele olhou para a tv e aumentou o volume.

"Conhecido como Grabber, Jack Michaelsen está internado no hospital da penitenciária de Denver. Muitos acreditavam que ele estava morto mas segundo os próprios médicos e a equipe toda do local, o homem está vivo. Quando ele acordar, será decidido o tamanho da pena e haverá o julgamento. Pelas informações dadas a nós, o sequestrador irá ser transferido ao hospital municipal daqui 3 horas para ficar internado até a alta médica."

Vance desligou a televisão e olhou em choque para mim.

S/n- Isso não é possível...

Vance- Vocês não tinham matado ele?

S/n- SIM! - Disse alto com os olhos lacrimejando, eu achei que tinha me livrado dele para sempre mas parecia que aquele pesadelo não tinha acabado. - O FINN QUEBROU O PESCOÇO DELE, A GENTE ESCUTOU O ESTRALO, ELE APAGOU!

Vance- Ele deve ter só deslocado - Vance se levantou e começou a andar de um lado para o outro - Ele vai vir pra cá, puta merda - Suas mãos foram para a cabeça e eu fiquei que nem uma estátua.

S/n- Vance, eu não quero ficar aqui.

Vance- Eu sei, meu amor - Ele veio até mim e me abraçou - A mamãe não vai deixar você sair daqui, isso é o pior, nenhum de vocês está bom para receber alta.

S/n- Ele vai tentar nos matar denovo.

Vance- Não vai - Ele fez carinho no meu cabelo - Ele não vai encostar um dedo em você porque eu irei te proteger todos os dias.

S/n- Ele é muito forte, e se ele escapar?

Vance- Não tem como, a polícia vai ficar vigiando e ele vai estar com algemas na cama.

S/n- Eu sei, mas só de saber que esse desgraçado ainda tá vivo...

Vance- Fica calma S/n, vai dar tudo certo. Eu só fico um pouco aliviado de ele não ter feito nada com você.

S/n- Como assim? - Minha voz saiu num sopro.

Vance- Você sabe. Ele só te prendeu, não fez nada com você, não é? - Eu fiquei quieta, estava em choque e Vance não sabia do que tinha acontecido - S/n?

S/n- Oi.

Vance- Ele fez algo com você?

S/n- Não. - Menti e o mesmo suspirou fundo aliviado.

Vance- Ainda bem, porque se não a hora que aqueles polícias virassem as costas eu separava a cabeça do pescoço dele.

S/n- Obrigado, Vance - O abracei forte - Eu te amo, obrigado por estar aqui comigo.

Vance- Isso não é nada, e eu também te amo.

S/n- Me ama mais do que os jogos do fliperama?

Vance- Sim - Ele riu e eu o apertei mais forte. Vance me passava segurança, ele é meu irmão e me protegeria a qualquer custo.